terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

A PÁSCOA E O DEUS DA ALIANÇA. Estudo de Pequenos Grupos da Igreja Presbiteriana Olaria, 01 a 05 de março, 2021

Texto bíblico base: Êxodo 3.7-9: "Então o Senhor lhe disse: "Por certo, tenho visto a opressão do meu povo no Egito. Tenho ouvido seu clamor por causa de seus capatazes. Sei bem quanto eles tem sofrido. Por isso, desci para libertá-los do poder dos egípcios e levá-los do Egito a uma terra fértil e espaçosa... Sim, o clamor do povo de Israel chegou até mim." As orações do povo de Israel pedindo a misericórdia de Deus, num período em que estavam oprimidos debaixo das mãos do Faraó no Egito, nos ajudam a refletir sobre a importância dos cristãos clamarem a Deus em tempos difíceis da vida. E ao recordar a maneira como o Senhor estava atento ao clamor de seu "povo de fé" na primeira Páscoa, lembro como neste último ano um grande número de parentes e amigos estava interessado em pedir orações e receber mensagens sobre a Bondade de Deus, revelando como as pessoas estão fragilizadas neste período de Pandemia e necessitadas da intervenção divina. COMPARTILHAR: 1. O que chama a sua atenção neste relato histórico em que Deus visitou o povo de Israel no Egito, cumprindo as promessas de sua Aliança? 2. Conte um pouco da sua experiência de "esperar" e de "buscar" o cuidado de Deus em situações complicadas da sua vida? 3. De que maneira a história de fé do povo de Israel no Egito pode ajudar você e seus conhecidos, diante das dificuldades que estamos passando atualmente? PEDIDOS DE ORAÇÃO e Intercessão Final pela Igreja e celebração dominical. Boa semana!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

A Decomposição do Cristianismo e a Supremacia da Cruz de Cristo.

"Pois decidi que, enquanto estivesse com vocês, me esqueceria de tudo exceto de Jesus Cristo, aquele que foi crucificado." (Apóstolo Paulo)*. "O cristianismo está em decomposição e dentro de algum tempo será engolido pelo paganismo politéista, a religião natural do homem." O filósofo Luiz Felipe Pondé utiliza esta forte declaração para expressar sua recente avaliação de movimentos da religiosidade cristã no Brasil, com a seguinte explicação: "hoje a decomposição do Cristianismo implica a dissolução do seu núcleo teológico (um Deus ao mesmo tempo único e trino, a ética, a recusa da mágica como herança do judaísmo) em formas contemporâneas de paganismo", sendo que o filósofo dá exemplos destes novos formatos religiosos que tem orientado algumas vivências cristãs, como: "Ecocristianismo (...), hibridismo com religiões de matriz africana, um Jesus que combate a ganância dos capitalistas, como um Apolo que defende uns gregos contra outros, enfim, são muitos os sinais e sintomas do paganismo." Neste contexto, vemos que a necessária participação dos cristãos na vida secular também tem produzido alguns destes formatos de paganismo no cristianismo, afinal, toda aproximação gera influência sobre ambos os agentes do encontro, e não seria diferente entre os fiéis de Cristo. Assim, é possível anotar o modo como a ética profissional protestante secularizada e, especialmente, o ativismo político e social de cristãos conservadores e progressistas/socialistas junto da sociedade brasileira tem desenvolvido um convívio que, por ora, parece que mais espalha os fiéis ao paganismo do que ajunta a cultura para os valores cristãos. Recordo que, ao estudar numa Universidade confessional protestante anos atrás, certos professores entendiam que sua fé cristã era bem vivenciada a partir do momento em que eles eram profissionais éticos e dedicados, atuando com integridade e boa técnica, e pronto! Percebe-se então, que esta mesma experiência se repete neste século 21 entre os cristãos interessados na missão integral e numa atuação política e social mais frutífera diante das mazelas da sociedade. Pois entendem que praticam enfaticamente a vontade de Deus e dão bom testemunho do Amor de Cristo assim que defendem causas humanitárias, sociais e políticas urgentes, através de uma postura caridosa em favor da justiça e retidão em nome do próximo, e pronto! É isso. O fato é que a Cruz de Cristo e o Evangelho que salva os que se arrependem de seus pecados, como uma Mensagem falada pra ser compartilhada frequentemente nas relações pessoais (responsáveis por quase 90% das conversões); bem, já se tornou uma experiência bíblica estranha ao povo de Deus bastante preocupado com a sociedade e mundo, e pouco com a Humanidade e o Céu! Daí, que a falta de um estilo de vida cristão bíblico evangelista pra salvar pecadores na Terra, fatalmente irá abrir espaço para considerarmos essencial um modelo existencial pautado somente em obras éticas profissionais e sociais. Ao mesmo tempo, a postura de ignorar o valor de uma comunhão com Deus voltada a nos capacitar pra anunciar o Evangelho, fatalmente nos fará praticar atividades sociais como se fossem vivências religiosas, já que estas práticas do paganismo são obras naturais que não teremos dificuldade de realizar; e daqui sobrevém o engano maligno da alma. Enfim, para que sejamos capazes de "fazer estas coisas, sem omitir aquelas", vale a pena recuperar o ensino da ética cristã protestante sobre a doutrina da "Vocação", em que o teológo reformado João Calvino orienta como viver na sociedade para a Glória de Deus: "Quando o Senhor nos abençoa, também nos convida a seguirmos seu exemplo e a sermos levados para com o nosso próximo. As riquezas do Espírito não são para serem guardadas para nós mesmos, mas sempre que alguém as recebe deve também passá-las a outrem. Isto deve ter uma aplicação especial aos ministros da Palavra, mas também uma aplicação geral a todos os homens, a cada um em sua própria esfera." (p 221). "Não amem o mundo, nem as coisas que ele oferece, pois, quando amam o mundo, o amor do Pai não está em vocês." (1João 2.15). Boa semana! Referências: *1Coríntios 2.2; Gazeta do Povo, 01/02/2021, Luiz Felipe Pondé, texto: A decomposição do Cristianismo; Mateus 23.23; Calvino, João. A Verdadeira Vida Cristã, 2006. Bíblia Sagrada NVT, editora Mundo Cristão, 2016. p/ Ivan S. Rüppell Jr, pastor presbiteriano e professor de ciências da religião.