sexta-feira, 26 de abril de 2024

Meditação. VIVENDO NA MISERICÓRDIA DE DEUS.

Quando falamos para Deus Todo Poderoso que Jesus é o Messias da História e o Cristo que leva embora os pecados dos homens, somos recebidos na hora na Presença de Deus Pai sem a culpa e a condenação dos pecados. Nesta situação, nós somos recebidos lá porque nos tornamos um pecador perdoado e com acesso a Deus, ao invés de um pecador condenado a ficar distante da Pessoa de Deus. Pois é dessa forma que Jesus age como Mediador entre Deus e os homens, levando com Ele os pecados que afastam a gente de Deus. Tá entendendo? Veja que esse relacionamento direto com Deus Pai que o cidadão pecador perdoado recebe pra desenvolver na vida é uma Misericórdia de Deus, já que os cristãos recebem isto pela graça e favor divinos, que entregou Jesus pra morrer pelos nossos pecados, sem que a gente mereça isto. A partir daí, o desafio diário aos cristãos é acreditar nestas misericórdias divinas e então correr para o abraço com Deus Pai num encontro de oração em espírito e em verdade. Esse relacionamento bendito ocorre quando levamos toda a nossa personalidade pra ser curada, cuidada e transformada através do saudável relacionamento religioso cristão que o Espírito Santo promove em nossa pessoa. Dá uma olhada: "Portanto, com a ajuda de Deus, quero que vocês façam o seguinte: entreguem a vida cotidiana - dormir, comer, trabalhar, passear - a Deus como se fosse uma oferta. Receber o que Deus fez por vocês é o melhor que podem fazer por Ele. Não se ajustem demais à sua cultura, a ponto de não poderem pensar mais. Em vez disso, concentrem a atenção em Deus. Vocês serão mudados de dentro para fora. Descubram o que ele quer de vocês e tratem de atenďê-lo. Diferentemente da cultura dominante, que sempre os arrasta para baixo, ao nível da imaturidade, Deus extrai o melhor de vocês e desenvolve em vocês uma verdadeira maturidade." (Carta aos Romanos, cap. 12. 1-2, Bíblia A Mensagem). ORAÇÃO. "Tem misericórdia de mim, ó Deus, por causa do teu amor... Purifica-me de minha impureza e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais branco que a neve. Devolve-me a alegria e a felicidade!... Restaura em mim a alegria de tua salvação e torna-me disposto a te obedecer. Então ensinarei teus caminhos aos rebeldes, e eles voltarão a ti." (Salmo 51. 1 - 13). Autor. Ivan S Rüppell JR é professor, advogado e ministro da Igreja Presbiteriana, atuando na capelania da Repas e gestão de parcerias de ações sociais de igrejas.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

SÍMBOLOS DE FÉ. CITAÇÕES. Sem. Presb. do Sul. 2024.

Esse texto contém apenas citações de um livro dedicado ao conteúdo informativo sobre a história e temas teológicos da Igreja Presbiteriana do Brasil. Este resumo de citações é de uso exclusivo para utilização em aulas do SPS, no objetivo de definir contextos e entendimentos importantes acerca da Disciplina Símbolos de Fé de Westminster. "QUEM SOMOS. A Igreja Presbiteriana do Brasil - IPB - é uma federação de igrejas que tem em comum uma história, uma forma de governo, uma teologia, bem como um padrão de culto e de vida comunitária. Historicamente, a IPB pertence à família das igrejas reformadas ao redor do mundo, tendo surgido no Brasil em 1859, como fruto do trabalho missionário da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. Suas origens mais remotas encontram-se nas reformas protestantes suiça e escocesa, no século 16, lideradas por personagens como Ulrico Zuinglio, João Calvino e João Knox. O nome "igreja presbiteriana" vem da maneira como a igreja é administrada, ou seja, através de "presbíteros" eleitos pelas comunidades locais. (...) Quanto à sua teologia, a Igreja Presbiteriana do Brasil é herdeira do pensamento do reformador João Calvino (1509-1564) e das notáveis formulações confessionais (confissões de fé e catecismos) elaboradas pelos reformados do século 16 e 17. Dentre estas se destacam os documentos produzidos pela Assembléia de Westminster, reunida em Londres na década de 1640. A Confissão de Fé de Westminster, bem como os seus Catecismos Maior e Breve, são adotados oficialmente pela IPB como os seus símbolos de fé ou padrões doutrinários." (p. 9-10, Nascimento e Matos, 2007). "REFORMADOS. O presbiterianismo derivou da Reforma Protestante do século 16. Pouco depois que o protestantismo começou na Alemanha, sob a liderança de Martinho Lutero, surgiu uma segunda manifestação do mesmo no Cantão de Zurique, na Suiça, sob a direção de outro ex-sacerdote, Ulrico Zuinglio (1484-1531). Para distinguir-se da reforma alemã, esse novo movimento ficou conhecido como Segunda Reforma ou Reforma Suiça. O entendimento de que a reforma suiça foi mais profunda em sua ruptura com a igreja medieval e em seu retorno às Escrituras, fez com que recebesse o nome de movimento reformado e seus simpatizantes ficassem conhecidos simplesmente como "reformados". Inicialmente, o movimento reformado esteve mais ligado à pessoa de Zuinglio. Porém, com a morte prematura deste, o movimento veio a associar-se com seu maior teólogo e articulador, o francês João Calvino (1509-1564). (...) Portanto, o movimento reformado é o ramo do protestantismo que surgiu na Suiça, no século 16, tendo como líderes originais Ulrico Zuinglio, em Zurique, e João Calvino, em Genebra. (...) Até hoje, as igrejas ligadas a essa tradição no continente europeu são conhecidas como Igrejas Reformadas (da Suiça, França, Holanda, Hungria, Romênia e outros países). Porém, o termo reformado é mais que a designação de uma tradição teológica ou eclesiástica. É um conceito abrangente que inclui todo um modo de encarar a vida e o mundo a partir de uma série de pressupostos, dentre os quais se destaca a soberania de Deus." (p. 10-11). "CALVINISTAS. O calvinismo, como o nome indica, é o sistema de teologia elaborado pelo mais articulado e profundo dentre os reformadores, João Calvino. Esse sistema, contido especialmente na obra magna de Calvino, a Instituição da Religião Cristã ou Institutas, resulta de uma interpretação cuidadosa e sistemática das Escrituras, e tem como um de seus principais fundamentos a noção da absoluta soberania de Deus como criador, preservador e redentor. (...) Todo calvinista é reformado, mas nem sempre a recíproca é verdadeira." (p. 12). "PRESBITERIANOS. O termo presbiteriano foi adotado pelos reformados nas ilhas britânicas (Escócia, Inglaterra e Irlanda). Isso se deve ao contexto político-religioso em que o protestantismo foi introduzido naquela região, no qual a forma de governo da igreja teve uma importância preponderante. Os reis ingleses e escoceses preferiam o sistema episcopal, ou seja, uma igreja governada por bispos e arcebispos, o que permitia maior controle da igreja pelo Estado. Já o sistema presbiteriano, isto é, o governo da igreja por presbíteros eleitos pela comunidade e reunidos em concílios, significava um governo mais democrático e autônomo em relação aos governantes civis. Das Ilhas Britânicas, o presbiterianismo foi para os Estados Unidos e dali para muitas partes do mundo, inclusive o Brasil." (p. 12). "Em conclusão, ao dizermos que somos reformados, calvinistas e presbiterianos, ficam implícitos outros dois elementos igualmente importantes da nossa identidade (...) somos cristãos e somos evangélicos." (p. 13). "EUROPA CONTINENTAL. Logo após o início da carreira de Calvino, o movimento reformado começou a difundir-se em muitas regiões da Europa, notadamente na França, no vale do Reno (Alemanha e Países Baixos), no leste europeu e nas Ilhas Britânicas. (fatores de difusão: a imprensa divulgando as ideias teológicas de Calvino; o deslocamento de refugiados entre as nações; e a condição de Genebra, local em que "eram treinados (homens e mulheres) nos preceitos da fé reformada e retornavam aos seus países imbuídos das novas ideias.) (...) Em 1559, reuniu-se o primeiro sínodo da Igreja Reformada da França representando centenas de comunidades locais. Pela primeira vez, o presbiterianismo era organizado em âmbito nacional. Esse sínodo aprovou uma importante declaração da fé reformada, a Confissão Galicana. (em razão da proximidade, houve penetração no sul da Alemanha, sendo que "nos Países Baixos, a fé reformada surgiu inicialmente em Antuérpia, em 1555", sendo formadas mais 300 igrejas, que adotaram a "declaração de fé, a Confissão Belga, escrita por Guido de Brés em 1561"). (p. 19-20). "ILHAS BRITÂNICAS... Nessa região é que surgiu o outro nome histórico associado ao movimento: "presbiterianismo". Esse nome tinha ao mesmo tempo conotações teológicas e políticas. (Os reis da Escócia e Inglaterra desejavam uma igreja episcopal com liderança de bispos o que daria maior controle do Estado sobre a religião, enquanto os "reformados da Escócia e Inglaterra (buscavam) uma igreja governada por presbíteros, eleitos pelas congregações e reunidos em concílios, era uma reinvidicação de independência da igreja em relação ao poder público. Tal foi a origem histórica do termo "presbiteriano" ou "igreja presbiteriana".) (p. 20). "O PROTESTANTISMO REFORMADO FOI LEVADO PARA A ESCÓCIA POR GEORGE WISHART, que estudara na Suiça e foi morto na fogueira em 1546. As primeiras igrejas reformadas surgiram no final da década seguinte. Os eventos se precipitaram com o retorno do líder John Knox (1514-1572), que passou alguns anos em Genebra como refugiado, estudou aos pés de Calvino e regressou ao país em 1559. No ano seguinte, o Parlamento aboliu o catolicismo, adotou a fé reformada e criou uma igreja nacional presbiteriana. Sua declaração doutrinária ficou conhecida como Confissão Escocesa. (A Escócia presbiteriana foi governada pela Rainha Católica Maria Stuart entre 1561 e 1567, enquanto que os reis escoceses seguintes buscaram "impor o anglicanismo e perseguiram os presbiterianos - especialmente Carlos II, entre 1660-1685). "Somente em 1689 o presbiterianismo foi estabelecido definitivamente." (p. 20-21). "NA INGLATERRA, surgiram fortes influências reformadas e calvinistas durante o reinado de Eduardo VI (1547-1553). No reinado de Carlos I (1625-1649) ocorreu um evento marcante na história do presbiterianismo. Esse rei precisou convocar a eleição de um parlamento, o que, para sua surpresa, resultou em uma maioria parlamentar puritana. Dissolvido o parlamento, foi feita nova eleição, que tornou a maioria puritana ainda mais expressiva. Esse parlamento puritano convocou a célebre Assembléia de Westminster (1643-1648), que produziu os "padrões presbiterianos" de culto, governo e doutrina. Quando esses documentos foram aprovados pelo parlamento, a Igreja da Inglaterra deixou de ser episcopal e tornou-se presbiteriana. Porém, depois que Carlos II assumiu o trono em 1660, houve a restauração do episcopado e seguiram-se vários anos de repressão contra os presbiterianos. Com o tempo, os padrões de Westminster tornaram-se os principais documentos teológicos adotados pelas igrejas reformadas ao redor do mundo." (p. 21). "ESTADOS UNIDOS. O calvinismo chegou à América do Norte com os puritanos ingleses que se radicaram em Massachusetts no início do século 17. O primeiro grupo fixou-se em Plymouth em 1620 e o segundo fundou as cidades de Salem e Boston em 1629-1630. Nas décadas seguintes, mais de 20 mil puritanos cruzaram o Atlântico em busca de liberdade religiosa e novas oportunidades. Todavia, esses calvinistas optaram pela forma de governo congregacional, e não pelo sistema presbiteriano. A Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos foi criada pelos escoceses-irlandeses que emigraram em grande número para a América do Norte no século 18, e pelos seus descendentes. O primeiro presbitério surgiu em 1706 e o primeiro sínodo em 1717, ambos em Filadélfia, na Pensilvânia. Finalmente, em 1789 foi organizada a Assembléia Geral da nova denominação. Os presbiterianos foram um dos grupos mais destacados na luta pela independência da nova nação... Outros grupos reformados que se estabeleceram nos Estados Unidos foram holandeses, alemães e franceses. (A guerra civil trouxe divisão para a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, surgindo a igreja do norte, PCUSA e a igreja do sul, PCUS. "Os missionários pioneiros dessas duas igrejas chegaram ao Brasil respectivamente em 1859 (Ashbel G. Simonton) e em 1869 (Edward Lane e George Nash Morton)." (p. 21-22). "NOSSOS SÍMBOLOS DE FÉ (...) A Confissão foi aprovada pelo Parlamento somente em 1648, com o seguinte título: "Artigos da religião cristã, aprovados e sancionados por ambas as casas do Parlamento, segundo o conselho da Assembléia de teológos ora reunida em Westminster por autoridade do Parlamento". (...) Como declaração da doutrina reformada e como afirmação do calvinismo do século 17, a Confissão de Fé é um documento extremamente moderado e judicioso. O autor William Beveridge concluiu: "Devemos agradecer a Deus por essa declaração sábia, completa e equilibrada de nossa fé, que chegou até nós como uma preciosa herança da Assembléia de Westminster." Com o auxílio dos escoceses, as forças parlamentares lideradas por Oliver Cromwell esmagaram o rei Charles e seus exércitos. Cromwell e o exército inglês eram partidários do congregacionalismo; assim sendo, os presbiterianos foram expulsos do Parlamento em 1648. O rei foi decapitado na Torre de Londres em janeiro de 1649, sendo então criada a Comunidade (Commonwealth), tendo Cromwell como Lorde Protetor da Inglaterra e da Escócia. Cromwell morreu em 1658 e dois anos depois foi restaurada a monarquia, com Carlos II no trono dos dois países. O episcopado foi restaurado, sendo aprovadas rígidas leis que impunham submissão ao governo e ao culto da Igreja da Inglaterra. Cerca de dois mil ministros presbiterianos foram expulsos de suas igrejas e residências. Seguiu-se um longo período de intolerância e cerceamento. Somente no século 19 foi organizada a Igreja Presbiteriana da Inglaterra (1876). Na Escócia, os Padrões de Westminster foram prontamente adotados pela Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana, substituindo os antigos documentos que vinham desde a época de John Knox. Isso é notável se lembrarmos que a Assembléia de Westminster era composta de 121 ministros puritanos ingleses e apenas quatro ministros escoceses. Os presbiterianos escoceses agiram assim por causa dos méritos intrínsecos dos Padrões de Westminster e em especial devido ao seu desejo de promover a unidade entre os presbiterianos das Ilhas Britânicas. Através da imigração e do esforço missionário dos presbiterianos escoceses, esses padrões foram levados para a Irlanda do Norte, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Brasil e muitos outros países ao redor do mundo." (p. 74). "RELEVÂNCIA ATUAL. A Confissão de Fé de Westminster é considerada uma das melhores e mais equilibradas exposições da fé reformada. Suas definições doutrinárias foram cuidadosamente elaboradas por alguns dos homens mais cultos e piedosos do século 17... Temos de reconhecer que a maior parte das suas formulações continuam plenamente válidas para os dias atuais. Embora seja um documento muito importante e valioso para os reformados, ela não está no mesmo nível das Escrituras, ficando subordinada à mesma. Que essas considerações estimulem os leitores a conhecer melhor esse documento histórico que é parte essencial da nossa identidade presbiteriana." (p. 73-74). NASCIMENTO, Adão Carlos, e MATOS, Alderi Souza de. O que todo presbiteriano inteligente deve saber. Santa Bárbara do Oeste, SP : SOCEP Editora, 2007. Autor. Ivan S R Jr é professor do Seminário Presbiteriano do Sul, extensão Curitiba, e ministro da IPB, atuando na gestão de ações sociais de igrejas. RESENHA TEMÁTICA. "A Igreja Presbiteriana do Brasil - IPB - é uma federação de igrejas que tem em comum uma história, uma forma de governo, uma teologia, bem como um padrão de culto e de vida comunitária. Historicamente, a IPB pertence à família das igrejas reformadas ao redor do mundo, tendo surgido no Brasil em 1859, como fruto do trabalho missionário da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. (...) O presbiterianismo derivou da Reforma Protestante do século 16. Pouco depois que o protestantismo começou na Alemanha, sob a liderança de Martinho Lutero, surgiu uma segunda manifestação do mesmo no Cantão de Zurique, na Suiça, sob a direção de outro ex-sacerdote, Ulrico Zuinglio (1484-1531). Para distinguir-se da reforma alemã, esse novo movimento ficou conhecido como Segunda Reforma ou Reforma Suiça. O entendimento de que a reforma suiça foi mais profunda em sua ruptura com a igreja medieval e em seu retorno às Escrituras, fez com que recebesse o nome de movimento reformado e seus simpatizantes ficassem conhecidos simplesmente como "reformados". (...) O calvinismo... é o sistema de teologia elaborado (por)... João Calvino. Esse sistema... resulta de uma interpretação cuidadosa e sistemática das Escrituras, e tem como um de seus principais fundamentos a noção da absoluta soberania de Deus como criador, preservador e redentor. (...) O termo presbiteriano foi adotado pelos reformados nas ilhas britânicas (Escócia, Inglaterra e Irlanda). Isso se deve ao contexto político-religioso em que o protestantismo foi introduzido naquela região, no qual a forma de governo da igreja teve uma importância preponderante. (...) Logo após o início da carreira de Calvino, o movimento reformado começou a difundir-se em muitas regiões da Europa, notadamente na França, no vale do Reno (Alemanha e Países Baixos), no leste europeu e nas Ilhas Britânicas. (fatores de difusão: a imprensa divulgando as ideias teológicas de Calvino; o deslocamento de refugiados entre as nações; e a condição de Genebra, local em que "eram treinados (homens e mulheres) nos preceitos da fé reformada e retornavam aos seus países imbuídos das novas ideias.) (...) As primeiras igrejas reformadas surgiram no final da década seguinte (década de 1550, na Escócia). Os eventos se precipitaram com o retorno do líder John Knox (1514-1572), que passou alguns anos em Genebra como refugiado, estudou aos pés de Calvino e regressou ao país em 1559. No ano seguinte, o Parlamento aboliu o catolicismo, adotou a fé reformada e criou uma igreja nacional presbiteriana. Sua declaração doutrinária ficou conhecida como Confissão Escocesa. (...) Na Inglaterra, surgiram fortes influências reformadas e calvinistas durante o reinado de Eduardo VI (1547-1553). No reinado de Carlos I (1625-1649) ocorreu um evento marcante na história do presbiterianismo. Esse rei precisou convocar a eleição de um parlamento, o que, para sua surpresa, resultou em uma maioria parlamentar puritana. Dissolvido o parlamento, foi feita nova eleição, que tornou a maioria puritana ainda mais expressiva. Esse parlamento puritano convocou a célebre Assembléia de Westminster (1643-1648), que produziu os "padrões presbiterianos" de culto, governo e doutrina. Quando esses documentos foram aprovados pelo parlamento, a Igreja da Inglaterra deixou de ser episcopal e tornou-se presbiteriana. Porém, depois que Carlos II assumiu o trono em 1660, houve a restauração do episcopado e seguiram-se vários anos de repressão contra os presbiterianos. Com o tempo, os padrões de Westminster tornaram-se os principais documentos teológicos adotados pelas igrejas reformadas ao redor do mundo." (...) O calvinismo chegou à América do Norte com os puritanos ingleses que se radicaram em Massachusetts no início do século 17. O primeiro grupo fixou-se em Plymouth em 1620 e o segundo fundou as cidades de Salem e Boston em 1629-1630. Nas décadas seguintes, mais de 20 mil puritanos cruzaram o Atlântico em busca de liberdade religiosa e novas oportunidades. (...) A Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos foi criada pelos escoceses-irlandeses que emigraram em grande número para a América do Norte no século 18, e pelos seus descendentes. O primeiro presbitério surgiu em 1706 e o primeiro sínodo em 1717, ambos em Filadélfia, na Pensilvânia. Finalmente, em 1789 foi organizada a Assembléia Geral da nova denominação. Os presbiterianos foram um dos grupos mais destacados na luta pela independência da nova nação... Outros grupos reformados que se estabeleceram nos Estados Unidos foram holandeses, alemães e franceses. (A guerra civil trouxe divisão para a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, surgindo a igreja do norte, PCUSA e a igreja do sul, PCUS. "Os missionários pioneiros dessas duas igrejas chegaram ao Brasil respectivamente em 1859 (Ashbel G. Simonton) e em 1869 (Edward Lane e George Nash Morton)." (...) A CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER foi aprovada pelo Parlamento somente em 1648, com o seguinte título: "Artigos da religião cristã, aprovados e sancionados por ambas as casas do Parlamento, segundo o conselho da Assembléia de teológos ora reunida em Westminster por autoridade do Parlamento". (...) Como declaração da doutrina reformada e como afirmação do calvinismo do século 17, a Confissão de Fé é um documento extremamente moderado e judicioso. O autor William Beveridge concluiu: "Devemos agradecer a Deus por essa declaração sábia, completa e equilibrada de nossa fé, que chegou até nós como uma preciosa herança da Assembléia de Westminster." Com o auxílio dos escoceses, as forças parlamentares lideradas por Oliver Cromwell esmagaram o rei Charles e seus exércitos. Cromwell e o exército inglês eram partidários do congregacionalismo; assim sendo, os presbiterianos foram expulsos do Parlamento em 1648. (...) Na Escócia, os Padrões de Westminster foram prontamente adotados pela Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana, substituindo os antigos documentos que vinham desde a época de John Knox. Isso é notável se lembrarmos que a Assembléia de Westminster era composta de 121 ministros puritanos ingleses e apenas quatro ministros escoceses. Os presbiterianos escoceses agiram assim por causa dos méritos intrínsecos dos Padrões de Westminster e em especial devido ao seu desejo de promover a unidade entre os presbiterianos das Ilhas Britânicas. Através da imigração e do esforço missionário dos presbiterianos escoceses, esses padrões foram levados para a Irlanda do Norte, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Brasil e muitos outros países ao redor do mundo." (...) A Confissão de Fé de Westminster é considerada uma das melhores e mais equilibradas exposições da fé reformada. Suas definições doutrinárias foram cuidadosamente elaboradas por alguns dos homens mais cultos e piedosos do século 17... ela não está no mesmo nível das Escrituras, ficando subordinada à mesma. Que essas considerações estimulem os leitores a conhecer melhor esse documento histórico que é parte essencial da nossa identidade presbiteriana." FIM.

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Meditação. EM ESPÍRITO E EM VERDADE.

Para Adorar a Deus em espírito e em verdade, o cidadão precisa comparecer com toda a sua personalidade e cheio de sinceridade na presença de Deus Pai. Isto porque o Reino dos Céus é uma manifestação da Graça e Poder de Deus no planeta Terra que inicia no espírito do ser humano, até avançar pelo nosso corpo e assim tomar conta dos ambientes em que vivemos. Portanto, nós precisamos entregar para Deus o nosso pensar e o sentir nas orações, para que o Reino dos Céus ocupe espaço nos lares e negócios através de nossas atitudes benditas até que a família e sociedade sejam abençoadas. Tá entendendo? É isso! O Reino dos Céus já está no meio de nós aqui no mundo físico em que vivemos, e agora é preciso abraçar a Pessoa do Espírito de Deus direto lá em nossos corações. Isto ocorre quando nascemos da água e do espírito - através de um arrependimento inicial muito simples na consciência da personalidade: é preciso crer e declarar que Jesus é o Messias de Deus Todo Poderoso, já que não há outro a quem se deve amar e temer para ser capaz de estar na Presença de Deus Pai. ORAÇÃO. "É assim que eu quero que vocês façam: encontrem um local tranquilo e isolado, de modo que não sejam tentados a interpretar diante de Deus. Apenas fiquem lá, tão simples e honestamente quanto conseguirem. Desse modo, o centro da atenção será Deus, não vocês, e vocês começarão a perceber sua graça (...) Na oração, há uma conexão entre o que Deus faz e o que você faz. Por exemplo, você não pode obter perdão de Deus se não perdoa os outros. Se recusar a fazer sua parte, você estará separado de Deus." (Evangelho de Mateus, cap. 6, versos 6 - 15, Bíblia A Mensagem). Autor. Ivan S Rüppell Jr é professor e advogado, capelão da Repas e ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil, atuando na gestão de parcerias de ações sociais de igrejas.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

Meditação. COMO POSSO ENXERGAR O REINO DOS CÉUS?

É preciso nascer de novo para enxergar o Reino dos Céus aqui no planeta Terra, como bem explicou Jesus. O ser humano precisa nascer da água e do espírito, ao invés de ter que voltar ao ventre de sua mãe, como pensou sem pensar, o bom fariseu Nicodemos no evangelho de João, cap. três. Ora, nascer da água e do espírito são palavras que representam as atividades religiosas transcendentes que a humanidade precisa vivenciar como pessoas fiéis diante de Deus Pai, ou seja, gente que pratica a religião cristã de verdade. No caso, tem que se arrepender e se converter! Isto é assim porque o Reino dos Céus é uma dimensão divina celestial tomando forma e ocupando espaço no planeta Terra através da vida, corpo e mente dos seres humanos. Tá entendendo? Então, vai ser necessário ocorrer um movimento religioso - de religação entre o Deus dos céus junto aos humanos aqui da terra. Neste sentido, vemos no capítulo quatro de João, o modo como a mulher samaritana pensou direito pra conversar sobre o tema fundamental para ser capaz de enxergar o Reino dos Céus. Dá uma olhada: "A mulher então lhe disse: - Agora eu sei que o senhor é um profeta! Nossos pais adoravam neste monte, mas vocês dizem que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. Jesus respondeu: - Mulher, acredite no que digo: vem a hora em que nem neste monte nem em Jerusalém vocês adorarão o Pai... Mas vem a hora - e já chegou - em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. Porque são esses que o Pai procura para seus adoradores. Deus é Espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e verdade." (João, cap. 4. 19-24). É isso! Para enxergar o Reino dos Céus é preciso prestar toda atenção na Pessoa de Deus, levando junto o ardente desejo do coração de se relacionar de forma espiritual e sincera junto da Trindade. ORAÇÃO. "Abençoados são vocês, que nada mais têm para oferecer. Quando vocês saem de cena, há mais de Deus e do seu governo. Abençoados são vocês, que sofrem por terem perdido o que mais amavam. Só assim, poderão ser abraçados por aquele que é o amor supremo. Abençoados são vocês, que se contentam com o que são - nem mais, nem menos. Assim, vocês se verão como orgulhosos donos de tudo que não pode ser comprado. Abençoados são vocês, que sentem fome de Deus. Ele é comida e bebida - é alimento incomparável." (Evangelho de Mateus, cap. 5. 3-6, Bíblia A Mensagem). Boa semana! Autor. Ivan S Rüppell JR é professor, advogado e ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil, atuando na gestão de ações sociais cristãs.

sábado, 6 de abril de 2024

Meditação. ONDE ESTÁ O REINO DOS CÉUS?

O Reino dos Céus está no meio de nós! Jesus de Nazaré explica que os seres humanos são capazes de participar do Reino dos Céus vivendo as suas vidas aqui na Terra mesmo, em nosso corpo físico e na dimensão deste mundo, desde agora. Essa mensagem é surpreendente porque estamos acostumados a pensar que uma vida espiritual valiosa e próspera é algo que virá somente no decorrer de um longo período de tempo, ou então só vai acontecer em outra vida ou noutra dimensão. Por isso, fique atento, pois quando Jesus Cristo ensina que o reino celestial já está no meio de nós, também nos convoca e desafia para entrar nele desde agora. Isto significa que a realidade da nossa existência pessoal como seres humanos pode ser transformada e vivenciada de uma maneira absolutamente diferente e inovadora hoje mesmo, tendo Jesus como Mestre e Messias. Tá entendendo? Uma pequena renovação de princípios também vai se tornar uma transformação ética que fará eu e você vivenciarmos os valores do reino de Deus agora mesmo em nossa existência. "Certo dia, os fariseus perguntaram a Jesus: "Quando virá o reino de Deus?" Jesus respondeu: "O reino de Deus não é detectado por sinais visíveis. Não se poderá dizer: "Está aqui!" ou "Está ali!", pois o reino de Deus já está entre vocês". (Evangelho de Lucas, cap. 17, versos 20-21). ORAÇÃO. "Nosso Pai do céu, Revela-nos quem tu és. Dá um jeito neste mundo. Faz o que é melhor - tanto aí em cima quanto aqui em baixo. Conserva-nos vivos com três boas refeições. Preserva-nos perdoados por ti e perdoando os outros. Guarda-nos de nós mesmos e do Diabo. Tu estás no comando! Tu podes fazer tudo o que quiseres! Tua beleza é fascinante! Amém. Amém. Amém." (Evangelho de Mateus, cap. 6, versos 12-13, Bíblia A Mensagem). Boa Semana! Autor. Ivan S R Junior é professor, advogado e ministro da Igreja Presbiteriana, atuando na gestão de parcerias de ações sociais de igrejas.