domingo, 29 de outubro de 2017

a ESPIRITUALIDADE do Dia 31 de Outubro de 1517

Certa vez Jesus de Nazaré contou a história de uma viúva que mesmo desprezada por um juiz do lugarejo em que vivia, permanecia pedindo pela sua causa, dia e noite - sem cessar. O ensino da história é que devemos perseverar em busca do que necessitamos e almejamos conquistar, espiritualmente. Só que a essência religiosa desta história é outra: seu tema espiritual é a Fé! Pois as conquistas espirituais pela Fé exigem que sejamos dependentes ao buscar aquilo que não conseguimos realizar por nós mesmos - no caso, somente o juiz poderia julgar a causa da viúva, e somente Deus pode abençoar sobrenaturalmente a nossa vida. A partir daí, a viúva podia dar um jeito de "resolver" a causa por ela mesma - no esforço humano, ou então, deveria continuar pedindo, aguardando assim que o juiz fizesse o que somente ele poderia fazer. Eis um desafio religioso constante da humanidade, que nos convoca pra decidir se iremos alcançar "bênçãos" de Deus pelo nosso próprio esforço, ou então, através de práticas piedosas que desenvolvem a nossa fé junto com Deus. Um assunto que já causou (muitas) boas discussões na história, acredite. Uma delas ocorreu há exatos 500 anos atrás, no dia 31 de outubro, assim que Martinho Lutero deu início às reflexões que motivaram a Reforma Protestante do Cristianismo, a partir da Alemanha. E como acontece muitas vezes na história, as transformações sociais movidas pelo Protestantismo iniciaram a partir de um despertamento interior lá no espírito do homem, assim que ele enxerga na própria alma as angústias que ali residem. E pode-se dizer que foi esta busca existencial que transformou a vida de Lutero dali pra frente, pois "ser" monge tornou-se a sua primeira opção para conseguir fugir de qualquer repentina condenação espiritual, tá entendendo? Isto porque a mais piedosa espiritualidade cristã alemã da época ensinava que somente depois de praticar boas atitudes religiosas é que o homem receberia um retorno favorável de Deus - uma doutrina que prometia livrar os homens do juízo de Deus, salvando suas vidas na eternidade. E foi por aí que Lutero tornou-se um dos mais disciplinados monges de seu tempo. Só que a alma, essa desgraçada, bem, permanecia amargurada. E bastante assustada diante de Deus e da morte que diariamente continuava levando consigo a humanidade. Lutero decidiu estudar profundamente a disciplina de Teologia na Universidade de Wittenberg a partir de 1512. Buscava acalmar e dar direção a seus dilemas espirituais, o que o fez tornar-se primeiro, um aprendiz de Agostinho de Hipona - e o resultado foi que a Bíblia se transformou na sua primeira e principal fonte de conhecimento acerca de Deus. E "dentro" da Bíblia, Lutero foi um discípulo de São Paulo - algo que o fez conhecer um projeto "religioso" único na história da humanidade, a partir dos ensinos da "justificação pela fé" da Carta aos Romanos 3.21-22: "Agora, porém, conforme prometido na lei de Moisés e nos profetas, Deus nos mostrou como somos declarados justos diante dele sem as exigências da lei: somos declarados justos diante de Deus por meio da fé em Jesus Cristo, e isso se aplica a todos que creem...". Eis o "caminho" que Martinho Lutero percorreu para tornar-se um homem "justo" com Deus, capaz de andar lado a lado com Ele. E foi desafiado a parar de buscar um contato com Deus baseado nas suas melhores obediências religiosas, para - bem ao contrário disso, ir logo direto encontrar a própria Pessoa Espiritual de Deus pela fé em Jesus Cristo! As boas obras viriam somente depois, como uma consequência dele ter encontrado Deus por primeiro - o que lhe tornaria capaz de renovar toda a sua maneira de viver a partir dali. Eis a razão porque este projeto de religião (religação) do relacionamento entre os homens e Deus através da Pessoa de Jesus Cristo, chama-se, então: Cristianismo! Veja que no Cristianismo o medo do julgamento de Deus recair sobre nossas almas por causa dos pecados é superado pela promessa do amor de Deus que perdoa - e por isso mesmo nos acolhe mesmo sendo pecadores, conforme bem ensina Jesus. Uma das mais transformadoras boas notícias (evangelho) da história dos homens, pois ao invés de prometer bênçãos como um resultado final do esforço humano do cidadão, oferece a oportunidade divina e graciosa de que a pessoa vivencie sua vida desde logo junto com Deus, a partir da fé do fiel. Pois os cristãos são salvos pela fé, como se diz. Bem, a partir daí, o resto é história... Mas uma história que continua incomodando - especialmente aos cristãos, pois desde sempre a obediência doutrinária baseada numa moralidade interessante e atividades religiosas dedicadas assume o governo da vida do fiel, que pena. Mas também é possível iniciar cada dia "em espírito e verdade" (falando de mim mesmo com sinceridade) diante de Deus, só pra pedir e suplicar, orar e rezar... o Pai Nosso de cada dia! Pois somente assim iremos "pedir" com fé, pra logo depois aprender a andar (e esperar) junto com Deus enquanto Ele realiza e movimenta bênçãos na nossa história. Por que não? Mas o dia 31 de Outubro de 1517 ficou marcado como aquele em que graves anseios espirituais iniciaram grandiosas mudanças existenciais na história da humanidade. Pois uma espiritualidade saudável requer ser assim mesmo, sempre reformando a realidade de todos nós. E quando vier, que venha sempre com Amor a Deus, e Amor ao próximo - pois destes dois mandamentos depende toda a Lei de Deus.

a Espiritualidade da Reforma PROTESTANTE, no cinema: LUTERO

Há 504 anos atrás um monge da Igreja Católica ficou mais preocupado com o espírito do homem do que com a instituição religiosa dos homens. Quando suas propostas de renovação foram rejeitadas, um grupo de fiéis "protestou"; situação que deu nome à Reforma Protestante do Cristianismo, no século 16. O filme LUTERO (Luther, 2003: Alemanha/Estados Unidos) condensa de forma objetiva o drama espiritual do homem Lutero e, os debates doutrinários e as consequências sociais, políticas e religiosas ocorridas à época. Pois o Cristianismo se organizou em Três movimentos religiosos espirituais através da História desde a vinda de Jesus Cristo ao mundo: a Igreja Católica Apostólica Romana, a Igreja Ortodoxa Oriental (1054), e a Igreja Protestante, que surgiu em outubro de 1517, sob a liderança de um monge agostiniano e professor de teologia, o alemão Martinho Lutero. O filme tem uma produção qualificada conforme requer a realização de um drama histórico, apoiado em boas interpretações e uma eficiente direção junto da marcante presença de Peter Ustinov no seu último filme. Sendo que o enredo cinematográfico vai apresentar em cenas consistentes um bom número de situações vivenciadas pelo reformador, como irei desenvolver a seguir. O protagonista Lutero surge de forma autêntica na atuação de Joseph Fiennes, que representa de forma impactante a personalidade do líder da Reforma. Uma presença personalista que comprova que até mesmo contextos históricos "prontos" para serem transformados, ainda assim, requerem lideranças humanas como agentes de renovação da realidade. Afinal, as visões de mundo da Idade Média somente foram sobrepujadas pelo Renascimento assim que alguns homens assumiram o encargo de conduzir as mudanças necessárias que o horizonte apontava. E como ocorre muitas vezes na história, as transformações culturais da Reforma Protestante iniciaram em razão de um despertamento interior lá no espírito do homem, assim que ele enxerga na própria alma os vazios e angústias que ali residem. E foi vivenciando incertezas existenciais bastante reais, que Lutero atemorizou-se diante de Deus assim que um raio caiu perto dele, na época em que iniciava seus estudos de Direito na Universidade de Erfurt. Situação que o fez meditar na realidade da morte e da condenação ao inferno, oriundos da Justiça de Deus, numa experiência religiosa que resultou na decisão de tornar-se monge. Pois cada homem age espiritualmente dentro de seu conhecimento e segundo a cultura de seu tempo. Daí a importância de buscar um melhor entendimento das verdades espirituais da humanidade para oferecer respostas benditas à nossa alma em ocasiões oportunas. E foi esta busca existencial que transformou a vida de Martinho Lutero dali em diante, pois tornar-se um monge foi sua primeira opção para fugir da condenação espiritual. Isto porque a mais piedosa espiritualidade alemã cristã da época ensinava que somente depois de praticar boas atitudes morais é que o homem receberia um retorno favorável de Deus; sendo este, então, um dos tantos projetos religiosos que prometiam livrar os homens do juízo divino para bem salvar as suas vidas, na eternidade. E dessa maneira, Lutero acabou se tornando um dos religiosos mais disciplinados de seu tempo. Só que a alma, essa desgraçada, continuava amargurada; e bastante assustada diante de Deus e da morte que continuava levando consigo a humanidade. Em meio a tais aflições e ansiedades espirituais, Lutero se dedicou mais profundamente aos estudos teológicos na Universidade de Wittenberg a partir de 1512. Buscava acalmar e dar direção a seus dilemas espirituais, o que o fez tornar-se um aprendiz de Agostinho de Hipona, e o resultado foi que a Bíblia se transformou na sua principal fonte de conhecimento sobre Deus. E "dentro" da Bíblia, Lutero se tornou discípulo de São Paulo; algo que o levou para um encontro direto com a própria Pessoa Espiritual do Deus do Universo, a partir dos ensinos da "justificação pela fé" da Carta aos Romanos 1.17: "As boas-novas revelam como opera a justiça de Deus, que, do começo ao fim, é algo que se dá pela fé. Como dizem as Escrituras: "O justo viverá pela fé". É por aí mesmo, meu amigo! Lutero foi desafiado a parar de procurar um contato com Deus baseado nas suas melhores obediências religiosas, para, ao contrário disso, ir logo encontrar Deus Pai em Pessoa pela fé através de Jesus Cristo! As boas obras viriam somente depois, como consequência dele ter experimentado aquele encontro inicial com Deus; o que lhe permitiria renovar sua maneira de viver a partir dali. Eis a razão porque este projeto de religião (religação de um relacionamento) com o próprio Deus através da Pessoa de Jesus Cristo, chama-se, então: Cristianismo! Veja que no Cristianismo, o medo do juízo divino sobre a alma dos homens em razão de seus pecados, é superado pela promessa do amor de Deus que perdoa, e acolhe os homens pecadores para os transformar, conforme ensinado no Evangelho; que por isso mesmo é chamado de as "Boas Novas" de Jesus. Essa é a mensagem espiritual mais transformadora da história, pois ao invés de prometer bênçãos divinas como um resultado do esforço humano; oferece uma vida junto da Pessoa de Deus de maneira graciosa a partir da fé do fiel. E a espiritualidade da humanidade e a organização da religiosidade de quase todo mundo seguem adiante através de boas cenas do filme, trazendo reflexões e debates, além de certas decisões pessoais, sociais e políticas importantes. Martinho Lutero vai praticar o princípio espiritual de que se deve adorar a Deus "em espírito e em verdade", pois irá negar qualquer doutrina que sua espiritualidade racional o oriente a discordar, pois pretende ter convicção do que crê! Também irá promover a tradução dos livros da Bíblia do latim para o alemão, no objetivo espiritual de que o povo germânico mais comum consiga aprender por si próprio o caminho, a verdade e a vida de Deus conforme os ensinos e as palavras do próprio Jesus Cristo. E um bom número de situações sociais e políticas iniciadas à época da Reforma Protestante de Outubro de 1517 igualmente estão no filme, revelando as boas e más atitudes que movem os homens em tempos de renovação da sociedade a partir dos anseios do espírito. Pois uma espiritualidade saudável requer ser assim, sempre renovando a realidade de todos nós. E quando vier, que venha com Amor a Deus e Amor ao próximo, pois destes dois mandamentos dependem toda a Lei de Deus. Bom filme.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

a ESPIRITUALIDADE do Dia 31 de OUTUBRO de 1517

Certa vez Jesus de Nazaré contou a história de uma viúva que mesmo desprezada por um juiz do lugarejo em que vivia, permanecia pedindo pela sua causa, dia e noite - sem cessar. O ensino da história é que devemos perseverar, sem desanimar, em busca do que necessitamos e almejamos conquistar, espiritualmente. Só que a essência religiosa desta história é outra: seu tema espiritual é a Fé! Pois as conquistas espirituais pela Fé exigem que sejamos dependentes e dedicados a buscar aquilo que não conseguimos fazer por nós mesmos - no caso, somente o juiz poderia julgar a causa da viúva, e somente Deus pode abençoar sobrenaturalmente a nossa vida. A partir disso, a viúva podia dar um jeito de "resolver" a causa por ela mesma - no esforço humano, ou então, deveria continuar pedindo (em fé), aguardando que o juiz fizesse o que somente ele poderia fazer. Eis um desafio religioso diário da humanidade, que nos convoca pra decidir se iremos alcançar "bênçãos" de Deus pelo nosso próprio esforço, ou então, através de práticas piedosas que desenvolvem nossa fé junto de Deus. Um assunto que já causou (muitas) boas discussões na história, acredite. Uma delas ocorreu há exatos 500 anos atrás, no dia 31 de outubro, assim que Martinho Lutero iniciou a Reforma Protestante do Cristianismo, na Alemanha. E sua atuação personalista comprova que até mesmo contextos históricos "prontos" para serem transformados, requerem lideranças humanas enquanto agentes de sua renovação. E como acontece muitas vezes na história, as transformações sociais movidas pela Reforma Protestante iniciaram a partir de um despertamento interior lá no espírito do homem, assim que ele enxerga na própria alma as angústias que ali residem. Pois foi em meio a reais incertezas existenciais que Lutero atemorizou-se diante de Deus assim que um raio caiu bem perto dele, na mesma época em que iniciava estudos de Direito na Universidade de Erfurt. Uma experiência que o fez enxergar a proximidade da morte e condenação ao inferno do juízo de Deus, e que resultou num voto religioso para tornar-se monge. Pois cada homem age espiritualmente dentro de seu conhecimento e segundo a cultura de seu tempo. Daí a importância de buscarmos um bom entendimento das verdades espirituais da humanidade para oferecer respostas benditas à nossa alma em ocasiões oportunas. E pode-se dizer que foi esta busca existencial que transformou a vida de Lutero dali pra frente, pois "ser" monge tornou-se a sua primeira opção para conseguir fugir de qualquer repentina condenação espiritual, tá entendendo? Isto porque a mais piedosa espiritualidade cristã alemã da época ensinava que somente depois de praticar boas atitudes religiosas é que o homem receberia um retorno favorável de Deus - sendo este, então, um dos diversos projetos doutrinários que prometiam livrar os homens do juízo divino, salvando suas vidas na eternidade. E foi por aí que Lutero tornou-se um dos mais disciplinados monges de seu tempo. Só que a alma, essa desgraçada, bem, permanecia amargurada. E bastante assustada diante de Deus e da morte que diariamente continuava levando consigo a humanidade. Lutero decidiu estudar profundamente a disciplina de Teologia na Universidade de Wittenberg a partir de 1512. Buscava acalmar e dar direção a seus dilemas espirituais, o que o fez tornar-se primeiro, um aprendiz de Agostinho de Hipona - e o resultado foi que a Bíblia se transformou na sua primeira e principal fonte de conhecimento acerca de Deus. E "dentro" da Bíblia, Lutero foi um discípulo de São Paulo - algo que o fez conhecer um projeto "religioso" único na história da humanidade, a partir dos ensinos da "justificação pela fé" da Carta aos Romanos 3.21-22: "Agora, porém, conforme prometido na lei de Moisés e nos profetas, Deus nos mostrou como somos declarados justos diante dele sem as exigências da lei: somos declarados justos diante de Deus por meio da fé em Jesus Cristo, e isso se aplica a todos que creem...". Eis o "caminho" que Martinho Lutero percorreu para tornar-se um homem "justo" com Deus, capaz de andar lado a lado com Ele. E foi desafiado a parar de buscar um contato com Deus baseado nas suas melhores obediências religiosas, para - bem ao contrário disso, ir logo direto encontrar a própria Pessoa Espiritual de Deus pela fé em Jesus Cristo! As boas obras viriam somente depois, como uma consequência dele ter encontrado Deus por primeiro - o que lhe tornaria capaz de renovar toda a sua maneira de viver a partir dali. Eis a razão porque este projeto de religião (religação) do relacionamento entre os homens e Deus Pai através da Pessoa de Jesus Cristo, chama-se, então: Cristianismo! Veja que no Cristianismo o medo do julgamento de Deus recair sobre a alma humana por causa dos pecados dos homens é superado pela promessa do amor de Deus que perdoa - e por isso mesmo acolhe os homens pecadores, conforme os ensinos de Jesus. Uma das mais transformadoras boas notícias (evangelho) da história dos homens, pois ao invés de prometer bênçãos como um resultado final do esforço humano do cidadão, oferece a oportunidade de que a pessoa vivencie sua vida desde logo junto com Deus, a partir de uma graciosa oferta divina segundo a fé do fiel. Pois os cristãos são salvos pela fé, como se diz. Bem, a partir daí, o resto é história... Mas uma história que continua incomodando - especialmente aos cristãos, pois desde sempre a obediência doutrinária baseada numa moralidade interessante e atividades religiosas dedicadas assume o governo da vida do fiel, que pena. Mas também é possível iniciar cada dia "em espírito e verdade" (falando de mim mesmo com sinceridade) diante de Deus, só pra pedir e suplicar, orar e rezar... o Pai Nosso de cada dia! Pois somente assim iremos "pedir" com fé, pra logo depois aprender a (esperar) e andar junto com Deus enquanto Ele realiza e move bênçãos na nossa história. Por que não? Mas o dia 31 de Outubro de 1517 ficou marcado como aquele em que graves anseios espirituais iniciaram grandiosas mudanças existenciais na história da humanidade. Pois uma espiritualidade saudável requer ser assim mesmo, sempre reformando a realidade de todos nós. E quando vier, que venha sempre com Amor a Deus, e Amor ao próximo - pois destes dois mandamentos depende toda a Lei de Deus.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

a Espiritualidade da Reforma Protestante, no Cinema: LUTERO.

Há exatos 500 anos atrás um monge da Igreja Católica ficou mais preocupado com o espírito do homem do que com a instituição religiosa dos homens. Assim que suas propostas de renovação foram rejeitadas, um grupo de fiéis "protestou" - evento que deu nome à Reforma Protestante do Cristianismo, no século 16. O filme LUTERO (Luther, 2003: Alemanha/Estados Unidos) condensa de forma objetiva tanto o drama espiritual do homem Lutero, quanto os debates doutrinários e suas consequências sociais, políticas e religiosas ocorridas à época. Pois o Cristianismo se organizou em Três movimentos religiosos espirituais através da História desde a vinda de Jesus Cristo ao mundo: a Igreja Católica Apostólica Romana, a Igreja Ortodoxa Oriental (1054), e a Igreja Protestante - que surgiu em outubro de 1517, sob a liderança de um monge agostiniano e professor de teologia, o alemão Martinho Lutero. O filme tem uma produção qualificada conforme requer a realização de um bom drama histórico, apoiado em interpretações consistentes e uma eficiente direção junto da marcante presença de Peter Ustinov em seu último filme. Já o protagonista Lutero surge de forma autêntica na atuação de Joseph Fiennes, que representa de forma impactante a personalidade do líder da reforma do Cristianismo. Uma presença personalista que comprova que até mesmo contextos históricos "prontos" para serem transformados, requerem lideranças humanas enquanto agentes de renovação da situação vigente. Afinal, as visões de mundo da Idade Média somente foram sobrepujadas pelo Renascimento assim que alguns homens assumiram o encargo de conduzir as mudanças necessárias que o novo horizonte lhes apontava. E como acontece muitas vezes na história, as transformações culturais da Reforma Protestante iniciaram em razão de um despertamento interior lá no espírito do homem, assim que ele enxerga na própria alma os vazios e angústias que ali residem. Pois foi vivenciando reais incertezas existenciais que Lutero atemorizou-se diante de Deus assim que um raio caiu bem perto dele, na exata época em que iniciava seus estudos de Direito na Universidade de Erfurt. Situação que o fez meditar na realidade da morte e da condenação ao inferno do juízo de Deus, numa experiência tão grave que resultou num voto religioso pela decisão de tornar-se um monge. Pois cada homem age espiritualmente dentro de seu conhecimento e segundo a cultura de seu tempo. Daí a importância de buscarmos um melhor entendimento das verdades espirituais da humanidade para oferecer respostas benditas à nossa alma em ocasiões oportunas. E pode-se dizer que foi esta busca existencial que transformou a vida de Martinho Lutero dali em diante, pois "viver" como um monge tornou-se a primeira opção para fugir da condenação espiritual, tá entendendo? Isto porque a mais piedosa espiritualidade alemã cristã da época ensinava que somente depois de praticar boas atitudes morais é que o homem receberia um retorno favorável de Deus - sendo este, então, um dos tantos projetos religiosos que prometiam livrar os homens do juízo divino para bem salvar as suas vidas, na eternidade. E foi assim que Lutero se tornou um dos mais disciplinados monges de seu tempo. Só que a alma, essa desgraçada, bem, continuava amargurada; e bastante assustada diante de Deus e da morte que continuava levando consigo a humanidade. Foi em meio a tais aflições e ansiedades espirituais que Lutero decidiu por dedicar-se mais profundamente aos estudos teológicos na Universidade de Wittenberg a partir de 1512. Buscava acalmar e dar direção a seus dilemas espirituais, o que o fez tornar-se primeiro um aprendiz de Agostinho de Hipona - e o resultado foi que a Bíblia se transformou na sua primeira e principal fonte de conhecimento acerca de Deus. E "dentro" da Bíblia, Lutero fez-se discípulo de São Paulo - algo que o levou diretamente para um encontro com a própria Pessoa Espiritual do Deus do Universo, a partir dos ensinos da "justificação pela fé" da Carta aos Romanos 3.21-22: "Agora, porém, conforme prometido na lei de Moisés e nos profetas, Deus nos mostrou como somos declarados justos diante dele sem as exigências da lei: somos declarados justos diante de Deus por meio da fé em Jesus Cristo, e isso se aplica a todos que creem...". É por aí mesmo, meu amigo! Lutero foi desafiado a parar de procurar um contato com Deus baseado nas suas melhores obediências religiosas, para - bem ao contrário disso, ir logo direto encontrar Deus Pai em Pessoa pela fé através de Jesus Cristo! As boas obras viriam somente depois, como uma consequência dele ter experimentado aquele encontro inicial com Deus - o que lhe permitiria renovar toda a maneira de viver a partir dali. Eis a razão porque este projeto de religião (religação de relacionamento) com o próprio Deus através da Pessoa de Jesus Cristo, chama-se, então: Cristianismo! Veja que no Cristianismo o medo do julgamento de Deus sobre a alma humana por causa dos pecados dos homens é superado pela promessa do amor de Deus que perdoa - e acolhe os homens pecadores, conforme ensinado pelo Evangelho (Boas Novas) de Jesus. Uma das mensagens espirituais mais transformadoras da história da humanidade, pois ao invés de prometer bênçãos divinas como um resultado do esforço humano, oferece uma vida junto de Deus como uma graça a partir da fé do fiel. Bem, a partir daí, o resto é história... Mas a espiritualidade da humanidade e a organização da religiosidade de quase todo mundo seguem adiante através de boas cenas da produção, sim. Martinho Lutero vai praticar o importante princípio espiritual de que se deve adorar a Deus "em espírito e em verdade", pois irá negar-se a afirmar qualquer doutrina que sua espiritualidade racional o oriente a discordar. Também irá promover a tradução dos livros da Bíblia do latim para o alemão no bom objetivo espiritual de que o povo germânico mais comum consiga aprender por si próprio o caminho, a verdade e a vida de Deus conforme os ensinos e as palavras do próprio Jesus Cristo. E um bom número de situações sociais e políticas iniciadas à época da Reforma Protestante de Outubro de 1517 igualmente estão no filme, revelando as boas e más atitudes que movem os homens em tempos de renovação da sociedade a partir dos anseios do espirito. Pois uma espiritualidade saudável requer ser assim mesmo, sempre renovando a realidade de todos nós. E quando vier, que venha com Amor a Deus, e Amor ao próximo - pois destes dois mandamentos depende toda a Lei de Deus. Bom filme.

domingo, 15 de outubro de 2017

a Espiritualidade no Cinema: dos SONHOS à Realidade: PASSAGEIROS

Como bem definiu minha esposa, PASSAGEIROS (Passengers, 2017) é um filme prazeroso de assistir porque além de ter um início interessante e um enredo envolvente, também tem um final de verdade pra chamar de seu. Algo importante de valorizar já que filmes com ideias criativas comumente acabam sem nunca terminar as suas histórias. Fazer o que, né... Enfim, eis outra boa razão pra assistir o filme. Segue uma breve sinopse (site: adorocinema) deste romance aventuresco com Jennifer Lawrence e Chris Pratt: "O ponto de partida desta ficção científica é interessantíssimo. A bordo de uma espaçonave transportando seres humanos para a vida em outro planeta, um homem e uma mulher acordam no meio do percurso, e ainda têm 90 anos para viverem – e morrerem – durante o trajeto...". Bem, ficamos por aqui na análise até porque o crítico Bruno Carmelo (site) entendeu que o potencial do enredo não foi bem aproveitado pelo diretor. Mas, enfim, isso já é uma outra história, pois o nosso tema é somente a espiritualidade do filme, certo? Neste sentido, o que rápido se remexe lá na alma assim que assistimos "Passageiros" é um denso drama existencial que rápido nos conduz para uma ansiosa reflexão espiritual, mais até do que seria da nossa vontade sentir e pensar. Pois "Passengers" traz de volta o antigo ideal adolescente de que um dia iriamos mudar (e ganhar) o mundo, à nossa maneira, lembra? Uma realidade que se revela bem complicada para a maioria da população, até porque muitas daquelas boas ambições nem sempre acontecem conforme o combinado assim que as conquistamos. E agora, José? O que fazer pra (bem) conviver com este drama interior de uma vida que às vezes parece não estar indo nada bem? O interessante é que o filme responde esta questão de maneira bem satisfatória, pois o mais idealista dos protagonistas abraça com risos e satisfação, uma existência bem diferente daquela que um dia sonhara pra si próprio, de verdade. Por isso mesmo, assistir de boa paz a esta aventura romântica é oferecer uma bela oportunidade pra alma entender que nossa particular história tem valores e (boas) razões de ser exatamente o que se tornou, ainda que seja diferente do que um dia planejamos. Eis o primeiro bom motivo pra acompanhar satisfeito e feliz a este romance surpreendente envolto em um desenrolar bastante (in)comum, que não deixa também, de ser atraente. Mas, ainda tem mais. Pois foi o rei e poeta Davi quem melhor escreveu sobre aqueles que cuidam de suas vidas sem se deixar dominar por vaidades e sonhos (irreais) demais pra ser mentira: "Senhor, meu coração não é orgulhoso, e meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com questões grandiosas ou maravilhosas demais para minha compreensão. Pelo contrário, acalmei e aquietei a alma..." (Salmo 131). É isso! A satisfação interior da alma e a realização existencial do espírito tem mais a ver com a descoberta do valor que há nos projetos mais diários da vida - familiares e profissionais, de amizade e cidadania, do que com as outras grandes conquistas que o mundo sugere. Até porque estas conquistas somente serão verdadeiras em nossa história se acontecerem junto daquelas pessoas, não é mesmo? É por isso que o tema mor de "Passageiros" é uma velha máxima da boa espiritualidade: pense globalmente e viva localmente! Bom filme.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

a Espiritualidade da CRIAÇÃO da Humanidade: MÃE! com Jennifer LAWRENCE

"No princípio, Deus criou o céu e a terra (...) Deus disse: "Luz!". E a luz apareceu." O filme MÃE! (MOTHER! 2017) é a maior alegoria explicativa das origens existenciais espirituais da CRIAÇÃO do mundo e das razões da PAIXÃO de Cristo que já se viu neste planeta, cinematográfico. Pois afinal, se você nunca entendeu porque Jesus de Nazaré foi torturado até morrer na cruz como a maior consequência dos pecados praticados pela humanidade "com" este mundo; bem, agora, já dá pra começar a saber o tamanho do problema. O diretor Darren Aronofsky já está jogando no time dos autores cinematográficos Roman POLANSKI e Stanley KUBRICK, e com mais uns dois filmes deste naipe ele pode vestir a camisa de titular pra sempre. A técnica cinematográfica como um método autoral que desenvolve a história enquanto muito aprofunda seu drama sempre foi uma tensão narrativa em Polanski e uma inovação constante em Kubrick - e Aronofsky realizou um filme digno e de boa qualidade dentro desta perspectiva artística. Acerca da visão espiritual do enredo do filme, trago o título e um pouco do texto da crítica de cinema Isabela Boscov (Revista VEJA): "No Tumulto da Criação - Estranho, atormentado, extenuante e também formidável: em MÃE!, o diretor Darren Aronofsky ancora na estupenda atuação de Jennifer Lawrence uma alegoria de Gênesis (...) do paraíso que Mãe está moldando para Deus à chegada de Adão e Eva, à tentação do fruto proibido... e à queda do homem, avançando pelo nascimento de Cristo e pela literalidade com que seu sangue e sua carne são consumidos." E o filme segue mesmo por aí, gente. Pois antes e além das particulares visões existenciais do diretor, que são totalmente outras - o fato é que até noventa por cento de MÃE! apresenta a real história (inicial) do mundo segundo a verdade judaico-cristã espiritual da humanidade. Algo que o enredo realiza de uma maneira jamais antes contada, pois é com explosiva intensidade que aproxima temas cosmológicos profundos do mais simplório cotidiano habitual da vida de qualquer um de nós: nossos lares. E mesmo que os 10 minutos finais do filme logo adiante ao nascer do sol, pouco ou nada tenham a ver com o que se sabe de saudáveis espiritualidades - não dá para negar que a conclusão do diretor é digna da torrente de ideias e sensações que ele ousou pensar (filmar) neste estupendo drama que merece, sim, ser assistido. Mas só por adultos, e daqueles bem tranquilos. O negócio é que pra bem representar sua peculiar visão da mais universal história cosmológica dos homens, Aronofsky decidiu "encarnar" na vida cotidiana de um casal afastado das metrópoles sua "simplória" narração objetiva do Alfa e Ômega espiritual da eternidade. Pois na história de MÃE!, embora o Deus bíblico pareça surgir aqui e acolá na pessoa e atitudes da própria, tal perspectiva não se faz a única do filme, não. Isto porque o filme A CABANA, que tão bem resgatou a Trindade divina pra humanidade, torna possível (bem) perceber que a pretensa Mãe natureza do filme, em verdade mesmo, é o próprio Jesus. Ele que tão bem anunciado foi, pelo filósofo e evangelista João, logo no primeiro século: "Antes de tudo, havia a Palavra, a Palavra presente em Deus (...) A Luz da vida brilhou nas trevas; e as trevas nada puderam fazer contra a luz." E olhe que em MÃE!, Deus disse "Luz!", já criando vida no planeta, não apenas uma, mas por duas vezes. E em ambas as situações a luz surge, logo iluminando e se encarnando, assim como o Filho único de Deus na terra, Jesus de Nazaré. Mas se o Deus da Trindade está no filme, a humanidade também não poderia faltar, e esta toma vida em todos os seus tipos e caras no restante do elenco, como se fora uma torre de Babel arruaceira que aparece de todos os lados e buracos pra confundir até a alma dos (cada vez mais) atentos espectadores, no cinema. Em meio a tamanha confusão existencial, eis que a corrupção da vida da humanidade logo provoca, claro, uma urgente chegada do Apocalipse ao nosso mundo (lar da Mãe), posto que a Ira divina (bíblica) reage, sim, à toda corrupção (pecado) dos homens. Juízo eternal que fará todo mal recair exatamente sobre o Filho. Eis a Paixão, então, que significa sofrimento. Tudo no objetivo de que os seres humanos tenham, ainda e sempre, um salvador para eles! Pois quando seu próprio redentor morre, logo lhes oferecendo, assim, a sua própria carne e sangue - então eles próprios já não precisam mais morrer por si mesmos, tá entendendo? Eis a razão pela qual Mel GIBSON pode estar muito bravo (ou então, feliz demais) pela chegada ao cinema deste A Paixão de Cristo 2: MÃE!, que apresenta de novo, como nunca se viu antes, o texto espiritual mais famoso da história da eternidade: "Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna." Boa meditação!

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

a Espiritualidade no Cinema: MÃE!, com JENNIFER LAWRENCE

O diretor Darren ARONOFSKY juntou seus dois últimos filmes, NOÉ e CISNE NEGRO pra realizar MÃE! (MOTHER! 2017), que é uma instigante pancada no estômago; por isso, cuidado! Isto porque MÃE! é a maior alegoria comunitária explicativa das origens espirituais da Criação da humanidade e da PAIXÃO de Cristo que já se viu neste planeta, cinematográfico. Pois afinal, se você nunca entendeu porque Jesus de Nazaré foi torturado até morrer na cruz "desgraçada" como consequência dos pecados praticados pela humanidade "com" este mundo; bem, agora, já dá pra começar a saber (sentir) o tamanho do problema. O diretor Aronofsky já está jogando técnica e criativamente no time dos diretores Roman POLANSKI e Stanley KUBRICK, e com mais uns dois filmes deste naipe ele pode vestir a camisa de titular pra sempre. A técnica cinematográfica como método autoral que desenvolve a história enquanto aprofunda sua dramaticidade sempre foi uma tensão narrativa em Polanski e uma inovação constante em Kubrick - e Aronofsky realizou um filme digno e de boa qualidade dentro desta perspectiva artística; e que lhe venha mesmo o Oscar, por isso. E pra você saber um pouco mais do aspecto "cinema" de MÃE!, indico as críticas de "Aline Pereira" e de Rodrigo Torres (www.adorocinema.com), e aproveito pra incluir aqui o título e parte do texto com que Isabela Boscov (Revista VEJA) tão gravemente expõe a visão espiritual do enredo do filme!: "No Tumulto da Criação - Estranho, atormentado, extenuante e também formidável: em MÃE!, o diretor Darren Aronofsky ancora na estupenda atuação de Jennifer Lawrence uma alegoria de Gênesis (...) do paraíso que Mãe está moldando para Deus à chegada de Adão e Eva, à tentação do fruto proibido... e à queda do homem, avançando pelo nascimento de Cristo e pela literalidade com que seu sangue e sua carne são consumidos." E o filme segue mesmo por aí, gente. Pois antes e além das particulares visões existenciais do diretor, que são totalmente outras - o fato é que até noventa por cento de MÃE! apresenta a real história do mundo segundo a verdade judaico-cristã espiritual da humanidade. Algo que o enredo realiza de uma maneira jamais antes contada, pois é com explosiva intensidade que aproxima temas cosmológicos profundos do mais simplório cotidiano habitual da vida de qualquer um de nós: nossos próprios lares. E mesmo que os 10 minutos finais do filme logo adiante ao nascer do sol, pouco ou nada tenham a ver com o que se sabe de saudáveis espiritualidades - não dá para negar que a conclusão do diretor é digna da torrente de ideias e sensações que ele ousou pensar (filmar) neste estupendo drama que merece, sim, ser assistido. Mas só por adultos, e bem tranquilos. O negócio é que pra bem representar sua peculiar visão da mais universal história cosmológica dos homens, Aronofsky decidiu "encarnar" na vida cotidiana de um casal afastado das metrópoles; mas jamais da realidade, sua "simplória" narração objetiva do Alfa e Ômega espiritual da eternidade. Pois na história de MÃE!, embora o Deus bíblico pareça surgir aqui e acolá na pessoa e atitudes da própria, tal perspectiva não se faz a única do filme, não. Isto porque o filme A CABANA, que tão bem resgatou a Trindade divina pra humanidade, torna possível (bem) perceber que a pretensa Mãe natureza do filme, em verdade mesmo, é o próprio Jesus. Enquanto isso a humanidade igualmente toma vida em todos os seus tipos e caras no restante do elenco, como se fora uma torre de Babel arruaceira que aparece de todos os lados e buracos pra confundir até a alma dos (cada vez mais) atentos espectadores, no cinema. Após a chegada do Apocalipse ao nosso mundo (lar da Mãe), que ocorre no filme em meio a uma criatividade cotidiana inteligentíssima, eis que a Ira divina (bíblica) em reação à corrupção (pecado) dos homens, acaba por recair exatamente sobre o Filho. Tudo no objetivo de que os seres humanos tenham, ainda e sempre, um salvador para eles! Pois quando o próprio redentor deles morre, logo lhes oferecendo, assim, a sua carne e sangue - então eles próprios já não precisam mais morrer por si mesmos, tá entendendo? E até uma ideia bem próxima desta acontece no filme, mais instigante e surpreendente do que só imaginativa e blasfema, entendo eu. De qualquer maneira, a visão mais bíblica existe somente até pouco antes dos 10 minutos finais, lembra? Eis a razão pela qual Mel GIBSON pode estar muito bravo (ou então, feliz demais) pela chegada ao cinema deste A Paixão de Cristo 2: MÃE!, que apresenta de novo, como nunca se viu antes, o texto espiritual mais famoso da história da eternidade: "Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna." Bom filme! Mas, tenha cuidado, hein.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

a Espiritualidade das DOENÇAS da ALMA

"As pessoas saudáveis não precisam de médico, mas sim os doentes.", disse o Profeta Jesus. "Enquanto recusei a confessar o meu pecado, meu corpo definhou, e eu gemia o dia inteiro.", logo explicou o Rei Davi. É isso! Veja que a espiritualidade judaico-cristã entende que alguns dos maiores dramas da nossa alma são, na verdade, enfermidades que nascem assim que entramos em confronto com a própria Pessoa de Deus. Afinal, Jesus deu esta famosa declaração exatamente ao ser questionado da razão de andar perto e ao lado de seres humanos tão... pecadores; ou seja, gente que vivia brigando com Deus. Pessoas que Ele descreveu como sendo aquelas que permanecem em conflito com Deus pelo fato de guardarem consigo algumas enfermidades que surgem primeiro lá no coração (alma) do homem: "... Mas as palavras vêm do coração, e é isso que contamina o homem. Pois do coração vêm maus pensamentos, homicídio, adultério, imoralidade sexual, roubo, mentiras e calúnias. São essas coisas que os contaminam. Comer sem lavar as mãos não os contaminará." Esta declaração surgiu durante uma discussão com alguns líderes religiosos da época que ensinavam que as "mãos sujas" é que eram a principal causa das doenças dos homens e de brigas com Deus; mas Jesus não pensava desse jeito, não. Para ele, a maior das enfermidades espirituais era aquela que vêm direto da alma da gente, e que depois avança pela nossa vida de tal forma que até os nossos ossos faz gemer. Interessante demais é o complemento de Davi pra tudo isso: "Dia e noite, tua mão pesava sobre mim; minha força evaporou como água no calor do verão." Ora, o que o poeta bíblico está explicando é que a própria culpa que está na consciência dos homens e se torna um cansaço existencial no coração das pessoas não é nada mais, nada menos, que a própria voz de Deus avisando que estamos, de verdade mesmo, morrendo espiritualmente enquanto a vida escapa de nós a cada novo dia. Fique atento, então, aos avisos de Deus de que as doenças da alma estão crescendo dentro de você. Não menospreze a voz da sua consciência e jamais fuja de suas culpas, pois elas são como que remédios (divinos) que iniciam a cura das mais graves doenças físicas e espirituais de que se tem notícia: as suas! Pois as doenças da alma que só conseguimos enxergar quando se tornam visíveis pela nossa prática dos pecados do coração, também revelam um estado de vida desgraçado do homem. Isto porque o mesmo Jesus que disse:"procuro misericórdia, não religião"; ainda afirmou: "conhecereis a verdade, e a verdade libertará vocês": pois todo aquele que leva sua vida mantendo em seu corpo as enfermidades do coração, torna-se um escravo do espírito maligno. Logo ele, que é o maior inimigo das nossas almas. Cuidado!