sábado, 28 de dezembro de 2019

a ESPIRITUALIDADE no Cinema e Tv: DOIS PAPAS, de Fernando Meirelles

"A verdade pode ser vital, mas, sem amor, ela é insuportável.": eis a frase do livro de Bento XVI, "Caritas in Veritate", que Francisco I recorda ao final da longa conversa que desenvolvem no instigante drama de ficção Dois Papas, filmado num estilo documentarista por Fernando Meirelles, 2019, disponível pela Netflix. O Papa Bergoglio cita para o Papa Joseph as palavras do próprio livro deste, num contexto em que ambos confessam as culpas que carregam na alma devido a conflitos vivenciados quando tiveram de escolher entre atender as demandas da gerência da instituição ou do pastoreio da comunidade, durante suas carreiras sacerdotais na Igreja Católica. São palavras poético-teológicas explicativas da graça cristã que estimulam o arrependimento sincero do homem diante de Deus, pois somente assim o ser humano será capaz de experimentar o perdão divino amoroso que cura os humildes de espírito, ao invés de condenar os soberbos da vaidade. Trata-se de uma verdade espiritual fundamental do Cristianismo que surge numa situação apropriada no filme, apresentando no contexto devido um dos princípios doutrinários essenciais desta religião. A dinâmica narrativa do filme foi exposta de forma objetiva pelo articulista Francisco Russo, como segue: "o diretor Fernando Meirelles aqui entrega um filme bem mais ambicioso: discutir os bastidores da Igreja a partir de um encontro entre o atual e o futuro papa, no qual tal transição é não apenas comunicada, mas também justificada. (...) A bem da verdade, Bento e Bergoglio não são inimigos e é prazeroso ver o respeito que nutrem um pelo outro em tempos de tanta intransigência e egoísmo. A grande beleza do roteiro está justamente em estabelecer tão bem as características de cada um e, a partir delas, apresentar ao espectador diferentes facetas sobre a mesma questão." (www.adorocinema.com) A Espiritualidade de "Dois Papas", que conta com as belíssimas atuações de Jonathan Pryce como Francisco I e Anthony Hopkins como Bento XVI toma vida através da personalidade destes dois homens religiosos, que representam em si mesmos as quase sempre distantes e distintas faces da mesma moeda única chamada religião: a defesa da verdade doutrinária da instituição e a comunicação de sua verdade existencial ao mundo das pessoas. Enquanto Bento XVI amadureceu na Igreja e se fortalece espiritualmente enquanto guardião das doutrinas e mandamentos mediante os quais a instituição deseja ensinar ao mundo a importância da religião para que os homens consigam se relacionar com Deus; Francisco I abraça como sacerdote a vivência das atitudes amorosas de que necessitam os seres humanos carentes da misericórdia e da justiça de Deus neste mundo pecaminoso. E conforme vemos na realidade da história e também no desenrolar do filme, trata-se de dois aspectos da religião cristã que comumente encontram-se afastados um do outro. Pois os que se dedicam a ensinar ao mundo o modo como os homens se afastam de Deus ao negarem seus mandamentos, posto que já se sabe que os pecados humanos impedem as pessoas de encontrarem a presença divina em suas vidas; parecem ter dificuldades em apresentar esta verdade religiosa mantendo no coração uma sensibilidade para com a dor e sofrimentos dos humanos rebeldes, que padecem as múltiplas consequências do pecado debaixo de suas próprias fraquezas e das debilidades da sociedade. E vice-versa. Ou seja, a verdade religiosa essencial não se faz acompanhar da fundamental compaixão ao próximo, enquanto que as atividades de misericórdia acabam desprezando a ministração das verdades eternas acerca do caráter de Deus. Eis o dilema espiritual cristão que vemos exposto como um osso fraturado religioso da civilização contemporânea na narrativa de Dois Papas. O filme dirigido por Francisco Meirelles apresenta uma narrativa em que o contexto religioso e cultural mais amplo relacionado ao pensamento e vivências espirituais de cada um dos Papas pode ser reconhecido, com certa liberalidade, talvez; mas que peca gravemente por indicar que foi baseado em fatos reais, sendo que tais conversas e, especialmente, o desenvolvimento e perspectiva relacional dos diálogos se revelam absolutamente inverossímeis. No entanto, o diretor do magistral "O Jardineiro Fiel" continua fortalecendo a técnica autoral que observa o melhor da cinematografia clássica norte-americana junto do essencial do naturalismo europeu. E quanto ao crucial tema da Espiritualidade, bem, já que estamos tratando do Cristianismo, o melhor é recorrer ao Messias desta religião, Jesus de Nazaré; que orientou toda essa questão em dois encontros que tratavam de um mesmo pecado: o adultério. Segundo John Stott, para chegar perto da Mulher Samaritana a fim de abençoa-la com a misericórdia de Deus, Jesus superou três preconceitos que a desqualificavam socialmente: ela era mulher, era samaritana, e ainda cometia um grave pecado social, que era o adultério. A cura espiritual para a sua vida pode ser resumida no diálogo que Jesus teve junto de uma segunda mulher, também adúltera, que estava prestes a ser apedrejada; algo que ele impediu ao afirmar que só deveriam atirar a primeira pedra aqueles que nunca tivessem cometido pecado. E assim, o Profeta se virou para ela e disse: "Onde estão seus acusadores? Nenhum deles a condenou?" "Não, Senhor", respondeu ela. E Jesus disse: "Eu também não a condeno. Vá e não peque mais." (João 8.10-11). Os Cristãos doutrinários devem unir a moralidade da Santidade com a compaixão da Graça e os Cristãos humanitários devem manter esta graça sem desprezar aquela santidade. FELIZ ANO NOVO! Autor. Ivan S Rüppell Jr é Professor de Teologia e Ciências da Religião, e Capelão Escolar e Social.

domingo, 15 de dezembro de 2019

a Espiritualidade de JESUS, a LUZ do Mundo! Feliz Natal!

"Em primeiro lugar, Deus criou o céu e a terra - tudo que se vê e tudo que não se vê. A terra era como uma massa sem forma, um vazio sem fim, uma escuridão quase palpável. O Espírito de Deus pairava sobre o abismo das águas. Deus disse: "Luz". E a luz apareceu." (Gênesis 1.1-4) Há 3.500 anos atrás Moisés anotou pela primeira vez na história aquilo que Deus disse lá no princípio dos tempos, anunciando de maneira poética e absoluta a doutrina da Trindade e seus atos na origem deste mundo; pois lá estava Deus (Pai) criando os céus e a terra, enquanto que o (Deus) Espírito pairava sobre o abismo, até que Deus disse: "Luz", e o (Deus Filho) fez a vida chegar no planeta. E foi assim que começamos a ouvir falar em Deus Pai, Filho e Espírito Santo; logo aprendendo que cada um deles é igualmente Deus e também uma Pessoa distinta uma da outra. Moisés também aproveitou pra descrever como o Deus único começou a transformar a desordem em ordem e o caos em cosmos, sendo que enquanto Deus Pai dizia seus planos, o Deus Espírito cobria a superfície da terra derramando movimento na existência, ao mesmo tempo em que Deus Filho trazia Luz, atuando como o agente principal da criação e fonte da vida dos homens. Observe que os atos de Deus apresentam tanto a presença singular de cada uma das Pessoas da Trindade na criação do mundo, como também, as obras diferentes de cada um deles, revelando a atuação divina iniciada no princípio e que se mantém constante desde aquela época na Terra. Pois até hoje Deus sustenta todas as coisas, dando-nos vida, fôlego e tudo mais, já que nele vivemos, nos movemos e existimos, como já diziam os poetas antigos. Eis uma verdade celestial transformada em melodia que procura acomodar as atividades de Deus para os limites do entendimento humano mediante as narrações estilísticas de Moisés, dando-nos o conhecimento da criação na perspectiva divina, já que Deus é "quem faz o sol brilhar e a chuva cair, alimenta os pássaros e protege as flores, sendo algo que pode ser poético, mas também é verdadeiro", conforme bem esclarece o Mister, John Stott. O negócio é que lá no princípio das origens do gênesis o Deus Filho assumiu seu lugar na criação pra trazer luz para as trevas, ou seja, fez acontecer toda Vida de Deus neste planeta jamais esquecido; criando pra cá a claridade e o dia, a escuridão e a noite, e depois as águas separadas dos céus, e também a terra distante das águas. Sem esquecer das sementes e árvores, frutos e flores, estrelas e astros, animais marinhos e aves celestes, até que finalmente, vieram o homem e a mulher. Ufa! E foi assim que Deus Pai olhou para o Deus Filho e disse, na presença do Deus Espírito Santo; que sim, tudo tinha ficado muito bom! E para aprofundar o nosso conhecimento acerca do significado do Natal, eis que há quase 2 mil anos atrás o Apóstolo João anotou os detalhes de como a Luz apareceu de novo na história exatamente nesta data, agora como um ser humano: "O que veio à existência foi a Vida, e a Vida era a Luz pela qual se devia viver. A Luz da Vida brilhou nas trevas; (...) A Palavra tornou-se carne e sangue, e veio viver perto de nós... João apontou para ele e disse: "Este é o Messias!". (João 1.4-15) O fato é que a realidade existencial desastrosa que temos visto aqui, lá e em todo lugar é o resultado dos atos de uma humanidade que resolveu viajar na maionese pra viver longe de Deus, transformando tudo que era luz em trevas e condenação, pois Caim matou seu irmão Abel e a terra dos homens ficou cheia de egoísmo e vaidade. Até que Deus viu que a maldade humana estava descontrolada, lamentou-se e ficou triste, e ainda decidiu se livrar desta criação corrompida através do dilúvio. Mas, Deus também chamou Noé e Abraão, Isaque e Jacó, Moisés e Davi, Elias e Isaías, José e Maria... pra renovar sua relação com a humanidade, "em espírito e em verdade"; que é o plano divino pra resgatar o homem desde que este apareça diante d´Ele apresentando tudo que carrega dentro de si, com sinceridade. Pois logo que a Luz eterna chegou ao mundo na Pessoa do Deus Filho nascendo criança numa manjedoura em Belém, bem; foi quando as trevas em que nos tornamos começou a ser tratada como Deus queria: de dentro pra fora! Afinal, desde que se afastou de Deus e da Luz, a humanidade não teve condições de aprender na história a viver o perdão e a compaixão, a sabedoria e a mansidão, a fraternidade e solidariedade, o temor e a fé, a esperança e o amor, a alegria e a pureza que são, enfim, o jeito como a própria Pessoa de Deus existe eternamente! Veja que só conseguimos visualizar neste mundo o verdadeiro sentimento de perdão dado por Deus, quando Jesus chamou Pedro três vezes pra perdoa-lo por negar seu nome, convidando-o imediatamente para continuar andando juntos; pois o perdão real pressupõe a continuidade do relacionamento que foi quebrado pelo pecado. Os únicos sentimentos que temos conseguido desenvolver por aqui são aqueles envoltos em paixões, algo que se torna um arremedo de vida na nossa escuridão existencial travestida de "luz". Mas agora, a Luz de Deus chegou pra ficar, e está inteira toda num homem só - que é o primeiro cidadão da nova criação; o próprio Jesus Cristo de Nazaré. Um conhecimento que foi bem explicado pelo Apóstolo Paulo, como segue: "Do princípio ao fim ele está lá, elevado acima de tudo e de todos. Ele é tão sublime que tudo que é de Deus encontra um lugar apropriado nele, sem nenhum conflito. Além disso, todas as peças quebradas e deslocadas no Universo - pessoas e coisas, animais e átomos - estão agora consertadas em vibrante harmonia...". (Colossenses 1.18-20) Tá entendendo? Ora, no momento em que o Deus Filho Jesus encarnou-se humano em Belém, a Luz divina voltou com força para o cotidiano do nosso planeta, e começou a brilhar no mundo de uma vez pra sempre, capacitando a espécie humana pra receber na personalidade da alma as qualidades vivenciais do Messias. Ou seja, da mesma forma que o Deus Filho tornou realidade em nosso mundo lá no início, a bendita Luz da vida de Deus, criando claridade e escuridão, peixes e pássaros, homens e mulheres, instintos e consciências, sensações e emoções - que acabamos perdendo no decorrer dos séculos, incapazes de movê-las pelo rumo certo. Então, agora no Natal celebramos a data em que o Deus Filho voltou ao mundo como homem a fim de transferir a Luz eterna diretamente nas pessoas, no propósito de resgatar primeiro a nossa raça da condenação, para depois, finalmente, criar os novos céus e terra quando já estivermos preparados pra lá viver toda a Verdade, de verdade. É isso! E um Feliz Natal do Messias pra todo mundo. "Pois Ele estava no mundo, e o mundo existe por causa dele; mesmo assim o mundo não o acolheu... Mas houve os que o quiseram de verdade, que acreditaram que ele era o que afirmava ser e que fez o que disse ter feito. Ele fez deles seu povo, os filhos de Deus. Filhos nascidos de Deus...". (João 1.10-13)´(*Os textos bíblicos deste texto foram extraídos da Bíblia, A Mensagem, de Eugene Peterson)

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

a Espiritualidade da Igreja de Deus!

A espiritualidade da Igreja é sempre uma relação sacerdotal no planeta terra, no objetivo de realizar uma tarefa de mediação entre o Reino de Deus e o mundo dos homens. Pois o Apóstolo Paulo avisou os cristãos que eles iriam se relacionar diretamente com o Deus vivo a partir da vinda de Jesus, já que o próprio Deus em pessoa iria aparecer no dia a dia deles com atitudes transformadoras da existência. O negócio é que Deus Pai informou que iria se manifestar grandemente na personalidade e nas situações da vida dos humanos através das visitas do seu Espírito Santo; que estava vindo até a terra pra morar na alma da gente. Portanto, Deus veio abençoar os humanos com conhecimento e coragem, consolo e paz, curas e discernimentos espirituais, milagres e sabedoria, e por aí vai. Só que Deus decidiu realizar estas boas obras utilizando as pessoas dos cristãos, pois cada um deles iria receber um dom e talento pra abençoar o próximo. Eis o modo como a espiritualidade da Igreja de Deus é uma religião sacerdotal junto ao mundo dos homens porque os cristãos são reunidos por Jesus de Nazaré pra intermediar as visitas de Deus na terra através das manifestações do seu Espírito Santo. É algo bem simples de entender, na verdade. Veja a explicação: "Existem tipos diferentes de dons espirituais, mas o mesmo Espírito é a fonte de todos eles. Existem tipos diferentes de serviço, mas o Senhor a quem servimos é o mesmo. Deus trabalha de maneiras diferentes, mas é o mesmo Deus que opera em todos nós. A cada um de nós é concedida a manifestação do Espírito para o benefício de todos." (1 Coríntios 12.4-7). No entanto, a espiritualidade sacerdotal da Igreja começou a complicar assim que os Cristãos mais antigos definiram que Deus só iria visitar a terra através deles para ensinar e aconselhar, instruir e explicar as verdades de Jesus; e pouco mais do que isto. Os Cristãos do início do século passado não ficaram atrás e decidiram que Deus somente iria visitar os irmãos que falassem as línguas dos anjos, o que só piorou as coisas, "pois quem fala em línguas fala apenas com Deus, pois ninguém mais o entende...". (14.2). E pra confundir de vez a situação, os neo Cristãos resolveram que Deus só passaria pela terra pra expulsar demônios e dar dinheiro, e ainda começaram a cobrar pela fé, tudo aquilo que Deus oferece de graça. E assim segue a carroça na frente dos bois... Porém, São Paulo buscou restabelecer o senhorio de Jesus avisando que assim que a Igreja estivesse reunida em dois ou três, logo haveria oportunidade pra Deus aparecer de diversas formas e com bênçãos variadas; pois um abençoado iria cantar e outro iria ensinar; um falaria em línguas se houvesse outro pra interpretar, e dois ou três iriam profetizar expondo o Evangelho a partir do Antigo Testamento, com cada um falando de uma vez, já que Deus não é Deus de desordem, mas de paz. O problema é que a tchurma não consegue passar muito tempo juntos ao redor de Deus Filho pra permitir que Deus Pai envie o Deus Espírito Santo pra manifestar bênçãos na vida do povo; mas o inspirado Apóstolo Paulo não desistiu, não, e saiu com essa: "Agora, porém, vou lhes mostrar um estilo de vida que supera os demais (...) o amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem presunçoso. Não é orgulhoso, nem grosseiro. Não exige que as coisas sejam à sua maneira. Não é irritável, nem rancoroso. Não se alegra com a injustiça, mas sim com a verdade. O amor nunca desiste, nunca perde a fé, sempre tem esperança e sempre se mantém firme (...) Três coisas, na verdade, permanecerão: a fé, a esperança e o amor, e a maior delas é o amor." (1 Cor 12.31-13.13). É isso! O mestre Paulo indicou a maneira como o povo poderia superar o orgulho a fim de se submeter ao senhorio de Jesus nas reuniões da igreja pra conseguir ficar juntos uns dos outros, pois conviver com pecador não é fácil, não. Ou seja, pra experimentar a espiritualidade abençoadora da Igreja a humanidade vai precisar primeiro largar a vaidade do primeiro Adão pra receber a humildade do segundo; e assim todos iremos conhecer a Deus! Pois Deus é amor, e quem não ama não conhece a Deus. E também não recebe as suas visitas abençoadoras na terra. Afinal, Deus não tem um plano "b" pra visitar a terra, somente aquele que está nas Escrituras!

terça-feira, 5 de novembro de 2019

a Espiritualidade da Justiça de Deus! Solus Christus

"Mas agora há algo novo no horizonte: aconteceu o que Moisés e os profetas anunciaram por tanto tempo! Deus resolveu agir para acertar as coisas sobre as quais lemos nas Escrituras por meio do que Jesus fez por nós. (...) Com isso, Deus se mostrou justo, condenando o pecado, e justificador, declarando justo o pecador que crê em Jesus." (Carta do Apóstolo Paulo aos Romanos, capítulo 3, versos 21-22, 26). Em outras palavras, Deus Pai Todo Poderoso veio colocar ordem e fazer aquela limpeza no barraco em que transformamos o planeta. Afinal, Deus criou o mundo bom e o homem na sua excelente imagem e semelhança, tudo cheio de pureza e integridade, com bastante retidão e uma moralidade saudável que dá gosto de ver Jesus viver. E após a confusão que fizemos em razão de sermos independentes de Deus e desobedientes de suas leis, eis que sobrou o caos; sim, botamos fogo no cabaré! Mas Deus não desiste da gente e veio cumprir a boa promessa de realizar sua Justiça na terra; pois preparou um tribunal pra colocar os pingos nos is e logo convidou a humanidade pra se dirigir até... a cadeira dos visitantes! Deus Pai assumiu o púlpito do Juiz e chamou Deus Filho encarnado homem pra logo se assentar... no banco dos réus! E foi ali mesmo que Deus manteve a justiça mediante a qual Ele sustenta o mundo, batendo o martelo pra declarar a humanidade culpada da desobediência e blasfêmia que arruinaram a existência, convocando Jesus de Nazaré pra receber a condenação, de morte. Enquanto isso, Deus Espírito Santo passeava pelo recinto judiciário virando os olhos e as almas da raça humana visitante para que pudessem enxergar o ato justificador de Deus Pai que condenou o Deus Filho Messias no lugar dos homens; pois, afinal, todo aquele que invocar o nome do Senhor Jesus também será salvo! Pronto. Justiça seja (foi) feita. Agora os seres humanos já podem seguir a vida contando com o perdão divino para receber de graça a amizade de Deus Pai a fim de conseguirem existir na luz da verdade da vida, eterna. Foi o jeito como Deus manteve a Justiça (e a criação e os homens) cumprindo as leis (da ordem e progresso) espirituais que dão ao mundo (e universo) a condição de existir agora, e para sempre! Entendedores entenderão. E você também, por que não?

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

a Espiritualidade da Bíblia! Sola Scriptura

A Espiritualidade da Bíblia são aqueles princípios existenciais ensinados somente nas Escrituras judaico-cristãs e que explicam a maneira como a humanidade deve se preocupar com a alma na hora de viver a vida! A partir daí, a origem bíblica da nossa história no mundo informa que "o Senhor Deus plantou um jardim no Éden... e ali colocou o homem que havia criado." Viver no jardim junto com Deus era tudo de bom, pois ali havia um rio que regava todas as folhagens e praticamente todas as árvores do jardim tinham alimentos saudáveis pra todo mundo se alimentar. Infelizmente, nosso primeiro representante comeu da "árvore do conhecimento do bem e do mal", e desde então a humanidade tem experimentado desejos e interesses que não podemos compreender e nem controlar. E foi assim que nos tornamos uma espécie viciada pelo "crack" de conhecimentos que não dominamos, vivendo cheios de angústias e ansiedades, numa torrente de insatisfações e medo. Essa condição de vida em que desejamos o que faz mal e ficamos apaixonados pelo que não satisfaz foi denominada de "ilusão" pela maioria das filosofias e religiões do mundo desde o século VI antes de Cristo. Ocorre que Jesus ensina exatamente na Bíblia a maneira em que todos sairemos desta ilusão pra conseguir viver melhor: "Vocês são verdadeiramente meus discípulos se permanecerem fiéis a meus ensinamentos. Então conhecerão a verdade, e a verdade os libertará". É isso, a palavra bíblica nos liberta da ilusão existencial mediante o conhecimento da verdade espiritual, ponto! O negócio todo começa a melhorar assim que o cidadão acredita que Jesus é o homem que sempre viveu com Deus e que com Deus ainda continua vivendo! Daí que é só chamar a pessoa do Filho Jesus pra você também experimentar a presença de Deus Pai, mais ou menos como ocorria lá no jardim, no início dos tempos. A promessa de Jesus de Nazaré é que todo aquele que invocar o seu nome pensando na pessoa de Deus Pai, logo estará também com os dois "em espírito e em verdade", o que vai permitir que vivenciemos boas experiências do "jardim" bem no meio do "espinheiro" em que nosso planeta se tornou. A dificuldade é que iremos continuar experimentando as vontades enganosas do espinheiro, no entanto, também teremos a oportunidade de vivenciar os desejos reais do jardim. Ou seja, a personalidade integral humana que comporta todos os sentimentos e pensamentos que carregamos em nosso ser físico e espiritual, se tornou capaz de experimentar neste mundo tanto o jeito de viver que já estamos acostumados; o da ilusão, como também, o novo estilo de vida que Jesus viveu; o da verdade. Eis a essência da Espiritualidade da Bíblia, que são as verdades reveladas por Deus aos homens a fim de que consigamos "superar" o incontrolável conhecimento do bem e do mal, pois homens movidos pelo Espírito Santo anunciaram da parte de Deus as profecias que estão nas Escrituras pra gente aprender a ser! Sim, é preciso saber viver. Daí a importância de que a espiritualidade da humanidade seja orientada primordialmente pela Bíblia; Sola Scriptura, sempre.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

A Oração mais importante da história!

Ao redor do meio dia da sexta-feira da paixão, quando toda a terra ficou em trevas numa escuridão que seguiu até as três horas da tarde, ouviu-se um pedido do criminoso que também fora crucificado no monte da caveira em Jerusalém: "Jesus, lembre-se de mim quando o Senhor entrar no seu Reino!" A resposta de Jesus de Nazaré foi bastante objetiva: "Hoje mesmo você irá comigo para o paraíso"; falando com uma firmeza surpreendente na voz pra quem já respirava com dificuldades após passar algumas horas pregado na madeira. Veja que Jesus estava confirmando que levaria o criminoso para o paraíso, o que não era pouca coisa, não; pois alguns anos depois o Apóstolo Paulo iria visitar de passagem o terceiro céu pra ouvir palavras lúdicas acerca do Evangelho, enquanto que Israel sabia ser este o lugar da habitação dos mortos justos, o mesmo local em que Jesus iria reservar uns aposentos para os discípulos, conforme prometera na noite anterior. Algo que o Apóstolo João enxergou com os próprios olhos numa visita aos céus no final do primeiro século, o que ele descreveu como sendo um lugar em que o rio da Água da vida vinha direto do trono de Deus para o meio da rua, com uma Árvore da Vida plantada em cada um dos lados das margens, produzindo folhas pra curar as nações num lugar em que não haveria maldição e nem noite, pois o brilho da presença de Deus Pai seria toda a luz dos habitantes. E não se deve esquecer que "paraíso" na língua persa significa jardim, aquela região em que começou a história de Deus com a humanidade na terra, numa localidade parecida com a que seria o destino do criminoso naquela mesma tarde de sexta-feira. Então, por tudo isto e mais um pouco, certamente que este pedido de oração foi o mais importante da história, pois além de resolver as graves questões existenciais que os gregos e persas, indianos e chineses estavam pesquisando sobre a origem e destino da humanidade desde o século VI a.C., ainda colocava de ponta cabeça os princípios terrenos que indicavam a maneira como alguém iria conseguir viver melhor na eternidade do que vive por aqui. Sim, pois a ideia geral de toda filosofia e religião dos homens era de que os bons iriam desta pra melhor e os ruins deveriam ir logo desta pra pior, direto para o inferno mesmo. Mas eis que um criminoso bem ladrão mudou a história da espiritualidade sapiencial dos homens, simplesmente porque ao invés de tentar ser "um justo" a fim de chegar por si mesmo aos "céus"; o bandido, vejam só, resolveu "pedir pra Jesus Cristo" um quarto lá na casa eterna de Deus. E não apenas pediu, como também levou! Eis as Boas Novas do Evangelho do Messias; pois o justo viverá com Deus pela fé, afinal. E você, já fez o pedido de oração mais importante da história?

terça-feira, 15 de outubro de 2019

O Cristianismo e a atuação política do cidadão.

A orientação da religião cristã para os fiéis se relacionarem com as Autoridades do Governo Civil ensina que estas devem ser tão respeitadas em sua área de atuação quanto a própria Pessoa de Deus em sua soberana autoridade celestial. Jesus Cristo deixou isso claro ao definir que era necessário obedecer ao César romano nas questões civis, assim como se obedecia a Deus nas questões existenciais do ser; as quais, incluem, sim, as próprias questões cidadãs da humanidade. "Então deem a César o que pertence a César, e deem a Deus o que pertence a Deus." (Mateus 22.21). O Apóstolo Paulo acolhe este princípio de autoridade entre os homens e esclarece seu fundamento ao ensinar que tanto o princípio da hierarquia comunitária, como a personificação da autoridade em certas pessoas é uma determinação de Deus que deseja promover um convívio social benigno entre os homens. "Todos devem sujeitar-se às autoridades, pois toda autoridade vem de Deus, e aqueles que ocupam cargos de autoridade foram ali colocados por ele." (Romanos, 13.1). O Apóstolo também amplia este princípio de autoridade e hierarquia para todas as relações sociais, desde os pais até os patrões, incluindo as autoridades da vida comunitária, sejam os guardas nas ruas e professores nas escolas, motoristas de ônibus no transporte público e proprietários de qualquer estabelecimento que visitamos: "Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor... Servos, obedeçam a seus senhores terrenos... Senhores, assim também tratem seus servos." (Efésios 6. 1-9). Agora, observe que a maneira pela qual todas as Autoridade de Governo e Familiares e Civis devem atuar com responsabilidade social em nossas vidas ocorre, principalmente, através da orientação e da disciplina acerca do que é certo e errado, a partir da definição do que é legal e ilegal, conforme bem esclarece São Paulo: "Pois as autoridades não causam temor naqueles que fazem o que é certo, mas sim nos que fazem o que é errado." (Rm 13. 3); e ainda, segundo o Apóstolo Pedro; que ensina: "Por causa do Senhor, submetam-se a todas as autoridades humanas... sejam os oficiais nomeados e enviados por ele para castigar os que fazem o mal e honrar os que fazem o bem." (1 Pedro 2.13-14). E no propósito de que a religião cristã possa orientar e amadurecer nossa vida cidadã, se faz necessário esclarecer qual seria esta "verdade" capaz de definir o certo e errado na sociedade dos homens. Ou seja, quais seriam os princípios sociais dos cristãos que devem orientar as autoridades governamentais a cumprirem seu papel jurisdicional disciplinar no propósito de bem regular nosso convívio civil a fim de que a sociedade não se transforme num caos, existencial! Isto porque o propósito divino de orientar a vida comunitária a partir do princípio hierárquico de autoridade de uns para com os outros origina de uma bênção graciosa geral oferecida ao mundo para que a vida na Terra se torne não apenas possível, como também, satisfatória pra humanidade. A partir daí, eis que o modo bíblico pelo qual as Autoridades de Governo dirão o que é correto e o que é errado para a vida em sociedade, definindo o que é legal e ilegal, está descrito para o cristão exatamente nos 10 Mandamentos, dados pelo Profeta Moisés e cumpridos integralmente por Jesus de Nazaré. E de maneira mais específica, nos Mandamentos de número Cinco a Dez, pois são estes que ensinam o que deve ser administrado pelas autoridades civis na vida social dos homens. Pois os Mandamentos de Um a Quatro apresentam o que será disciplinado pelas próprias autoridades eclesiais na esfera religiosa particular das pessoas, pois embora todos os Dez coloquem o Cristão diante de Deus, os mandamentos "religiosos" tratam da maneira como o homem cristão desenvolve a sua submissão relacional junto da Pessoa de Deus. Mas, então, de que maneira podemos acertadamente definir que seriam estes "Dez Mandamentos" os tais preceitos bíblicos capazes de apontar a verdade maior acerca do certo e errado a fim de que os Cristãos amadureçam como cidadãos entre os homens? Bem, porque são exatamente os 10 mandamentos das Escrituras que cumprem plenamente a Lei dos Cristãos; resumida em apenas duas por Jesus: "Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a sua mente... Ame o seu próximo como a si mesmo. Toda a lei e todas as exigências dos profetas se baseiam nestes dois mandamentos." (Mateus 22. 37-40). Trata-se de um resumo da Lei dado por Jesus, o qual foi relacionado integralmente aos mandamentos pelo Apóstolo Paulo: "Quem ama seu próximo cumpre os requisitos da lei de Deus. Pois os mandamentos dizem: "... Não mate. Não roube. Não cobice. Esses e outros mandamentos semelhantes se resumem num só: "Ame o seu próximo como a si mesmo". O Amor não faz mal ao próximo, portanto o amor cumpre todas as exigências da lei de Deus." (Rm 13. 8-10). Eis a perspectiva religiosa bíblica acerca das Autoridades de governo civil e sobre as leis da vida em sociedade que permitirão aos Cristãos a condição de tanto Amar a Deus quanto Amar o próximo, enquanto vivem em sociedade na Terra. Pois é através destes princípios que tanto obedecemos a Deus socialmente, como também, edificamos o progresso dos homens conforme foi planejado por Deus a partir da autoridade divina dada aos homens. E já concluindo nossa reflexão, o próximo passo para um Cristão promover corretamente sua cidadania civil é tornar-se tanto um Eleitor que vota em candidatos e partidos que desejam respeitar e desenvolver na sociedade estes preceitos, como igualmente, é necessário ser um Representante no Legislativo ou Executivo que irá defender a própria legitimidade social destes valores perante a humanidade. Eis a razão bíblica que orienta um Deputado Cristão a legislar criando e protegendo leis sociais relacionadas aos 10 mandamentos. Eis, ainda, o motivo pelo qual um Governador Cristão irá enviar ao Legislativo projetos de lei e irá determinar às Secretarias de governo o desenvolvimento de programas relacionados aos Mandamentos sociais de Deus. Pois os Cristãos que agirem desta forma irão verdadeiramente dar a Deus o que é de Deus, e logo dar a César o que é de César, conforme determinou Jesus de Nazaré, o único Profeta autorizado da religiosidade civil dos cristãos diante dos governos humanos do mundo. Até porque os "não cristãos" irão (com todo direito) apresentar pra sociedade seus próprios preceitos com os quais desejam fazer as leis acerca do que é "certo" e "errado" em sua cosmovisão. E que assim seja, cada qual tendo a democrática oportunidade de votar, legislar e governar socialmente a partir dos preceitos (filosóficos e espirituais) que considera serem os melhores para a cidadania civil da humanidade. Sem desprezar que a democracia se constrói na boa convivência civil entre os diferentes através da essencial liberdade religiosa e de pensamento, num Estado Laico que organiza suas leis e programas de governo enquanto oferece oportunidade de atuação a todos. Pois o contrário de um Estado democrático de Direito é sempre uma governança exercida de maneira autoritária e ditatorial, mediante leis religiosas e ideológicas que impedem a liberdade de opinião e a expressão diversa do conhecimento; como se vê na Escola com Partido único, por exemplo.

terça-feira, 24 de setembro de 2019

A Espiritualidade da Misericórdia

"Eu procuro misericórdia, não religião"; disse Jesus, quando os mais dedicados religiosos do primeiro século reclamaram que ele estava "andando" com os "pecadores". As andanças de Jesus Cristo junto aos homens e mulheres de sua época acabavam quase sempre numa atitude de arrependimento ou humildade daqueles que se encontravam com ele, pois os olhares e atos, palavras e ensinos misericordiosos de Jesus sempre iniciavam mudanças na vida das pessoas a partir de seus espíritos. Enquanto isso, as chamadas atitudes "religiosas" dos homens quase sempre desejavam mudar as pessoas numa perspectiva mais exterior e judicial, pois anunciavam as leis já afirmando as condenações oriundas da desobediência. São maneiras distintas de se entender as pessoas e de se relacionar com elas, pois enquanto Jesus se esforça para compreender as dificuldades morais dos seres humanos, e por isso nos chama de "doentes que precisam de médicos"; os que colocam a religião antes da misericórdia estão mais interessados em sentenciar as fraquezas morais dos homens, razão pela qual já definem os que não estão do seu lado como sendo "pecadores", dos quais devemos nos distanciar. Jesus sempre soube que a humanidade toda era pecadora diante de Deus, pois é incapaz de viver a moralidade santa e saudável, satisfatória e pura que se encontra no coração e no Espírito da pessoa do Deus eterno. No entanto, Jesus veio como emissário das Boas Novas (o Evangelho) para oferecer perdão ao invés de condenação! Ora, é impossível anunciar ou oferecer, debater ou meditar sobre o perdão se nossa atitude e interesse é simplesmente definir o certo e o errado, já aplicando a condenação para o que entendemos ser uma falha na vida do próximo. Como bem destaca o bom religioso cristão John Stott; "de fato, pecadores são as únicas pessoas que Jesus acolhe. Se não acolhesse, não haveria esperança para nós!" Enfim, quando colocamos as expectativas da (boa) religião adiante e acima do sentimento de misericórdia para com a humanidade, nós não apenas valorizamos a administração eclesiástica dos homens em detrimento da governança de Deus sobre a religião, mas, bem mais complicado que isto, usurpamos o lugar de Jesus de Nazaré no senhorio único que somente Ele tem sobre a dispensação do Evangelho de Deus. Sim, a espiritualidade de Jesus Cristo é de Misericórdia, sempre!

terça-feira, 17 de setembro de 2019

A Espiritualidade do futuro da humanidade

"Para começar, vocês não devem pensar como pessoas que não têm esperança, como se a sepultura fosse o fim da linha. Uma vez que Jesus venceu a morte, Deus sem dúvida trará de volta à vida os que morreram em Jesus." A preocupação e a dúvida, a dor e o medo de não sabermos o que vai acontecer com as pessoas importantes da nossa história após a morte é uma angústia sempre presente no coração dos homens, de tal maneira que o Apóstolo Paulo já orientava os cristãos do primeiro século em uma carta do ano 50, acerca da Ressurreição da humanidade no fim dos tempos; e início dos dias eternos. E após recordar esta verdade espiritual referente ao futuro dos homens, o apóstolo aproveitou pra aconselhar: "Por isso, encorajem uns aos outros com essas palavras". Isto porque o bom missionário sabia que as pessoas precisavam de consolo acerca de uma das inquietações mais difíceis da vida, que é não saber direito o destino e nem o que irá ocorrer com as pessoas que conhecemos nesta vida, após a morte deles e de todos nós. Afinal, haverá algum reencontro, ou as amizades mais queridas e nossos familiares são pessoas que iremos conhecer apenas uma vez, e pronto? Saberemos quem somos quando nos encontrarmos de novo? Iremos recordar a vida que tivemos juntos? Bem, conforme o que Jesus de Nazaré ensinou e a partir do que entendeu como Apóstolo do Evangelho, Paulo de Tarso anunciava que sim, haveria um reencontro para todos os que haviam vivido na terra, e também, a continuidade de todos os relacionamentos que tivemos por aqui. A dúvida que havia no coração dos cristãos de Tessalônica era bastante objetiva, e daí a resposta direta dada pelo apóstolo: "Quanto à pergunta a respeito dos que já estão mortos, não queremos que vocês continuem na ignorância. Para começar, vocês não devem pensar como pessoas que não têm esperança, como se a sepultura fosse o fim da linha. Uma vez que Jesus morreu e venceu a morte, Deus sem dúvida trará de volta à vida os que morreram em Jesus." É isso! A Páscoa da Ressurreição de Jesus Cristo no domingo ainda é a mais clara e sincera verdade espiritual pra solucionar nossos medos mais íntimos, pois Deus irá trazer pra viver de novo todos aqueles que já conhecemos, ou que ainda iremos conhecer. O importante é viver com Cristo hoje pra acordar em Jesus no futuro! (Carta aos Tessalonicenses, capítulo 4. 13-18)

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Uma Espiritualidade "em espírito e verdade"!

Uma das frases mais famosas de Jesus orientando o modo como a humanidade deve desenvolver a religiosidade (religação espiritual) anuncia que havia chegado o tempo em que os homens iriam se relacionar com Deus "em espírito e em verdade". Afinal, Deus é um ser espiritual, portanto, é necessário que os seres humanos aprendam a encontra-lo espiritualmente. Jesus Cristo estava explicando a maneira como iria ocorrer um novo relacionamento entre os homens e Deus, já que após Ele ressuscitar e logo depois, subir aos céus, também iria enviar de lá o Espírito Santo para conviver com os homens, por aqui. Então, já que o Deus Espírito estava prestes a vir ao planeta terra; ora, os homens deveriam se preparar pra encontrar espiritualmente a Pessoa de Deus. A partir disso, as pessoas que desejam amadurecer espiritualmente seguindo Jesus são desafiadas a buscar a presença de Deus "em espírito", iniciando no seu "ser interior", e "em verdade", do modo mais sincero possível. Então, você precisa desenvolver uma espiritualidade bastante consciente diante de Deus, pois somente as pessoas que compreendem o que sentem e falam conseguem ser sinceras em qualquer relacionamento de sua existência. Além do fato de que não há nada mais espiritual em você do que a sua consciência, pois você a recebeu do Deus que é uma Personalidade Espiritual, assim que foi criado à imagem e semelhança d´Ele. Veja que Deus não está pedindo nada demais para as pessoas, pois, na verdade, o que Ele deseja mesmo é que a gente aprenda a ser sincero com a vida desde o nosso espírito; que é a personalidade mais completa e real que temos. Portanto, o quão mais atento e presente, humano e consciente você for nas suas atividades religiosas, melhor pra você! E não precisa ficar preocupado em ser verdadeiro acerca de sua intimidade diante de Deus, pois, afinal, a "nova aliança" de Jesus oferece o perdão a todo aquele que se arrepende; então, é só ser humilde e partir para aquele abraço, espiritual. Uma boa maneira pra iniciar esta "relação" espiritual consciente diante de Deus é utilizar cada uma das petições da oração do "Pai Nosso" pra conversar de forma sincera com Ele; pois é aí que vocês vão começar a se entender, de verdade. A partir disso, é só começar a perceber como tudo que você falou para Deus de forma sensível e real na sua oração; logo vai se tornar algo que Deus vai transformar no dia a dia da sua vida; "pois todo aquele que pede, recebe!"

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

A SABEDORIA PESSOAL DE DEUS!

Sabedoria é saber o que, quando e como fazer algo necessário em uma determinada situação da vida. A sabedoria é um discernimento tão valioso que aqueles que adquirem esse entendimento consideram que se tornaram uma nova pessoa. Algo percebido como um conceito tão realista, que os sábios consideram que se trata de um conhecimento "personificado", como se uma pessoa viesse acompanha-los em suas decisões. E acredite, há uma razão espiritual para termos esse discernimento em nossos corações. O Cristianismo entende que o alvo de sua religião não é um conhecimento conceitual, mas uma pessoa compreensível; a Pessoa de Jesus de Nazaré. As características do conteúdo da sabedoria cristã são as atitudes que Jesus realizou em favor da humanidade. E os seus elementos são os resultados morais das obras dele em nossas vidas. O Apóstolo São Paulo apresenta estes elementos quando explica as diferenças entre os conceitos da sabedoria espiritual de Deus e da sabedoria cognitiva dos homens: "Foi por iniciativa de Deus que vocês estão em Cristo Jesus, que se tornou a sabedoria de Deus em nosso favor, nos declarou justos diante de Deus, nos santificou e nos libertou do pecado." (1 Coríntios 1.30) Naquela época, os religiosos judaicos entendiam que a sabedoria que iria transformar as suas vidas deveria vir acompanhada de sinais e realizações milagrosas no objetivo de libertar o povo da opressão romana. Como já ocorrera em sua história através dos atos do Profeta Moisés, no Egito. Enquanto isso, os gentios - gregos e romanos da época, que eram místicos e filosóficos, estavam atentos a qualquer argumento que tivesse a condição de esclarecer a origem e o destino da existência humana. O fato de Jesus ter sido considerado o Cristo exatamente a partir do momento em que foi crucificado, se tornou um escândalo para os judeus e uma tolice para os gentios. A sabedoria, inclusive, foi o tema da conversa de Jesus com o governador da Judeia, Pilatos, na manhã da sexta-feira da Páscoa. Quando Pilatos perguntou a Jesus se ele era o rei dos judeus, Jesus respondeu que seu reino não estava baseado na maneira como os governantes alcançam conquistas nesta dimensão da existência. Ao que Pilatos respondeu: "Então você é rei?". E Jesus concluiu: "De fato, nasci e vim ao mundo para testemunhar a verdade. Todos que amam a verdade ouvem a minha voz." Então, Pilatos perguntou: "Que é a verdade?" A verdade para o Cristianismo é a própria sabedoria de Deus, que vejam só, se tornou uma pessoa Sacerdotal para a humanidade, Jesus. Pois todo sacerdote é um homem escolhido para representar outras pessoas nas coisas referentes a Deus. E o modo como entendemos que a sabedoria e o poder de Deus não são forças abstratas, mas qualidades pessoais do Messias" surgem através da vida, morte e ressurreição de Jesus. Tá entendendo? Eis a razão para que a palavra para descrever o resultado da sabedoria cristã para a humanidade é "reconciliação": a reconciliação completa entre terra e céus. Tudo no objetivo de que os limites temporais e espaciais da existência humana terrena sejam superados pelas vivências eternas da ressurreição celestial da nossa espécie; que já está disponível para os homens desde o domingo de Páscoa. Portanto, para realmente saber o que, quando e como fazer algo de maneira sábia na vida, é preciso "grudar" espiritualmente na pessoa de Jesus Cristo. Ele faz a reconciliação entre céus e terra, sendo tanto aquele que demonstra a sabedoria com que Deus visita os homens, como aquele que oferece a sabedoria de Deus para nós. E assim, se faz possível receber pessoalmente de Deus o conselho e sentimento apropriado pra cada situação e experiência da vida. Uma visita sábia de Deus que se realiza pelo mover do Espírito Santo consolador entre nós. Haja sabedoria! Autor. Ivan S Rüppell Jr é Professor de Teologia e Ciências da Religião, Capelão Escolar e Social.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Das Crises e das Caminhadas da Espiritualidade.

As religiões e a filosofia utilizam o termo livre-arbítrio para designar a vontade de livre escolha do ser humano no momento da tomada de decisões existenciais, de tal maneira que a pessoa não seria condicionada a escolher uma determinada opção, sendo absolutamente livre para definir seus interesses. No entanto, segundo o Cristianismo, o livre-arbítrio não é uma opção pra espécie humana, pois o nosso atual estado espiritual sempre orienta as escolhas que fazemos na vida. O Apóstolo São Paulo faz analises acerca da natureza humana que podemos relacionar a esse tema, em sua carta aos Romanos, que foi escrita na Grécia ao redor do ano 55 depois de Cristo, reconhecendo que a humanidade vivencia, ao menos, três tipos de experiências, das quais ninguém pode escapar: primeiro, há um desvio espiritual que nos torna incapazes de querer o bem, situação em que agimos sem valores morais; depois, há uma crise ética vivencial que surge quando a pessoa deseja fazer o bem, mas, muitas vezes, só consegue praticar o mal; e, por último, existe a lei do Espírito da vida, de Deus Pai. A questão fundamental é que as três experiências acima são bastante direcionadas por "leis" naturais e espirituais instaladas na personalidade humana, de tal maneira que não somos livres em nossas escolhas; o que também significa que não temos livre-arbítrio! A crise existencial surge quando notamos a doença essencial que nos impede de fazer o bem, mesmo quando desejamos praticar boas atitudes. Pois há uma lei "dentro" de nós que luta contra as escolhas da nossa mente, tornando-nos pessoas escravas de uma incapacidade ética constante. Por outro lado, existe a caminhada de amadurecimento moral da espiritualidade cristã, na qual o Espírito nos condiciona para que pratiquemos as justas exigências divinas. Trata-se de uma vivência baseada no poder da lei do Espírito Santo, que submete e conduz a todos que se entregam a Deus, pela fé. Portanto, seja na crise existencial ou na caminhada de amadurecimento moral, o fato é que não há livre arbítrio pra humanidade, mas sim, o que existe é uma experiência de vida determinada por "leis" que habitam a nossa natureza; ao mesmo tempo em que também somos responsáveis pelo que nos tornamos. E acerca das duas primeiras experiências de vida que aqui destacamos, seja a da crise espiritual sem valor moral, seja a da crise ética dos que desejam o bem sem conseguir pratica-lo; são vivências que poderão vir a ser bastante influenciadas pela negação, o que vai resultar numa tentativa de fuga desta realidade, ou na hipocrisia, que é quando sabemos o que jamais praticamos. Enfim, segundo o Apóstolo Paulo, o fato é que já existe no planeta Terra uma condução coercitiva capaz de nos fazer praticar satisfatoriamente as leis morais divinas; sendo que o primeiro homem que conseguiu viver plenamente esta caminhada de amadurecimento espiritual foi Jesus de Nazaré, razão pela qual ele foi reconhecido como sendo o Messias. Boa semana!

quarta-feira, 3 de abril de 2019

a ESPIRITUALIDADE da TOLERÂNCIA e DEMOCRACIA, no Cinema!

A Espiritualidade da Democracia tem nos filmes "Boa Noite e Boa Sorte" (de George Clooney, com David Strathairn, 2006) e "Jornada pela Liberdade" (de Michael Apted, com Albert Finney, 2008) dois de seus mais instigantes defensores na sétima arte, sendo filmes gravemente indicados aos jornalistas e políticos do século 21. Afinal, os filmes abordam a partir de fatos históricos a boa questão levantada pela Gazeta do Povo na matéria sob título: "Sem liberdade de expressão não há democracia!". Pois, "sem respeito aos direitos fundamentais e uma sociedade civil rica e vibrante, uma democracia será sempre incompleta ou mesmo uma fachada...". Afinal, "entre os direitos essenciais a um ambiente democrático saudável, está a liberdade de expressão." (gazetadopovo/justiça/ethos-2019). É isso! Direitos fundamentais e Liberdade de expressão são alguns dos conteúdos essenciais da democracia de quase todo mundo, e também são os temas da Espiritualidade natural que conduz a narrativa dos inspirativos filmes históricos dos diretores Clooney e Apted assim que estes se ocupam dos valores interiores da igualdade da alma (espécie) humana e das boas conversações entre os seres (racionais) humanos. "Boa Noite e Boa Sorte" (Good Night and Good Luck) narra um período da vida do jornalista Edward R. Morrow que em meio às disputas ideológicas entre a esquerda e a direita norte-americanas, busca anunciar princípios e apresentar fatos que revelem a verdade dos dois lados em conflito. Estamos nos EUA da América na década de 1950 e o Senador Joseph McCarthy Jr promove uma caça às bruxas atrás dos comunistas da nação, enquanto E. Morrow e sua equipe de jornalistas tem dificuldades pra fazer reportagens que deem a todos os envolvidos a oportunidade de apresentarem seus argumentos. Trata-se de um posicionamento em defesa da liberdade de expressão que foi muito importante na época e que se torna relevante hoje, pois vivenciamos um momento bastante autoritário entre jornalistas, acadêmicos e políticos brasileiros. "Jornada pela Liberdade" (Amazing Grace) apresenta a história do político William Wilberforce que junto do Primeiro Ministro William Pitt buscaram abolir a escravidão dos negros na Inglaterra do século 18, numa disputa parlamentar que os posicionou contra a sociedade da época e os congressistas que não desejavam encarar as perdas econômicas dessa decisão. W. Wilberforce carregava conflitos interiores acerca de qual seria o melhor meio para praticar sua fé e amadurecer a espiritualidade, sendo apoiado pelo ex-escravo Rufus Sewel e pelo ex-traficante de negros John Newton a levar para a Câmara dos Comuns inglesa os debates acerca da lei abolicionista. No passar dos anos e das disputas políticas, William Wilberforce ficou cada vez mais doente, mas viveu para ver a aprovação da lei que pôs fim à escravidão no Império Britânico em 26 de julho de 1833, o que inaugurou um novo período para os direitos humanos na Europa ocidental. A Espiritualidade judaico-cristã da Democracia dos Direitos fundamentais e da Liberdade de expressão da humanidade é tanto aquela que anuncia que os seres humanos foram todos criados por Deus, já que a nossa espécie inteira recebeu igualmente o fôlego da vida pra conseguir ser gente; como também, afirma que é preciso edificar a sociedade através de uma convivência razoável entre os homens, já que fomos instalados neste mundo pra cultivar e guardar tudo que aqui existe e se cria - um mandato cultural que nos convoca a transformar conjuntamente as comunidades da terra. Trata-se de um princípio espiritual que nos desafia a superar as diferenças raciais e étnicas, sociais e econômicas, ideológicas e políticas em prol de uma existência mais profícua, pois o propósito divino é para que passemos mais tempo juntos a fim de que possamos "aprender" a expressar nossas diferenças culturais mediante um diálogo sincero. É isso! Somente o diálogo contínuo oportunizado por um debate livre permitirá à sociedade experimentar uma existência comunitária que supere o autoritarismo ideológico mediante a solidariedade democrática, pois ainda que tais debates revelem nossas contrariedades e as discussões provoquem irritação; bem, não há outra realidade através da qual seres tão diferentes consigam (bem) existir conjuntamente - exceto nas tiranias do fascismo e comunismo, nas ditaduras da direita e da esquerda, e no autoritarismo ideológico social e acadêmico, onde sempre chora menos quem submete o outro primeiro... Até que o revés da história posiciona acima os que hoje colocamos abaixo, que é o principal fruto da infantilidade democrática e da soberba política, sempre. Enfim, parece que precisamos praticar bastante uma Espiritualidade mais vibrante a fim de nos capacitar interiormente pra aprender a conviver externamente com aqueles que pensam e falam, vivem e sentem a existência diferente da gente! E mesmo que esse convívio social seja bastante complicado, ainda é a melhor sociedade democrática que existe, tá entendendo? Boa noite e boa sorte!