domingo, 19 de abril de 2020

Como EU sei que tenho FÉ?

"A fé mostra a realidade daquilo que esperamos; ela nos dá convicção de coisas que não vemos." (Hebreus 11.1). Ter fé é uma experiência que parece apontar sempre para o futuro distante, pois quem tem fé está certo que vai receber lá na frente o que foi prometido. É uma experiência que se preocupa com as outras dimensões da vida, pois quem tem fé está certo de que aquilo que não enxerga, é real e existe agora. No entanto, a fé bíblica também cuida dos momentos atuais e situações terrenas mais próximos, indicando pra nós que ter fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo é uma experiência para o dia de hoje, sem esquecer dos próximos meses até a eternidade. Resumindo: ter fé é saber que o Deus invisível que não enxergamos irá fazer algo bom pelas pessoas que forem atrás d´Ele pela fé. Pois a espiritualidade da Fé é um desafio e convite pra receber na minha vida humana as bondades e verdades da vida divina de Deus! Daí que a primeira coisa que se deve saber sobre a fé é entender que ainda não temos algo que somente a fé vai trazer pra nossa vida. Leia de novo! Também é importante descobrir que ter fé não é uma experiência irracional. Afinal, as bênçãos divinas foram prometidas através das palavras dos Profetas, Apóstolos e Jesus. O que significa que temos fé somente porque acreditamos exatamente no que entendemos, por isso, a fé não é um ideal incompreensível, mas sim, um conhecimento possível. Agora, o principal aspecto pra alguém começar a viver com fé e a questão mais difícil pra tratar acerca da fé será sempre aquela peça atrás do volante, ou do computador e celular. Sim, você mesmo, ou a humanidade inteira, autossuficiente! Há uma frase de um bonito filme da década de 1970, "O Céu pode esperar", em que a protagonista Julie Christie diz algo mais ou menos assim, logo após ter sido ofendida e receber um pedido de desculpas: "Não há problema, não te conheço o bastante pra que eu seja magoada por você!" Veja que essas palavras representam uma certa espiritualidade global que aponta um amadurecimento da gente a partir de um distanciamento do ser interior, numa postura que vai fortalecer minha personalidade para os embates do cotidiano. A essência dessa espiritualidade é tanto um recolhimento dos sentimentos pra nos proteger da realidade, como a manutenção do meu entendimento pessoal pra enfrentar algo que se opõem a mim. Só que a Fé bíblica em Deus é diferente. Sua orientação é pra que eu fique mais junto das pessoas e busque viver o dia a dia com o coração e pensamentos livres, pois quando vierem as decepções e alegrias comuns da vida social; então, o Reino (modo) de Deus fazer as coisas virá sobre mim pra tratar (amadurecer) minha alma! Tá entendendo? Ou seja, sou convocado por Deus pra viver as situações diante de mim com mais vontade, confiando (fé) que Ele existe e está perto pra tratar o que está acontecendo, enquanto espero (fé) que Ele também venha tratar as consequências futuras que virão. Só que pra isso acontecer na minha vida, algo novo deverá ocorrer lá no meu espírito até que a mão de Deus consiga alcançar a minha pessoa inteira. O negócio é que ao invés de proteger meu ser interior das sensações da vida, eu devo mesmo é abrir minha personalidade espiritual pra Deus durante as minhas orações, sendo este o único jeito em que irei começar a "viver" com Deus pela fé. Daí que ao invés de decidir por mim mesmo o que irei fazer da vida, eu devo aprender a submeter meus pensamentos ao que Deus diz e faz! Estas decisões são tão importantes que já começam a ser tratadas logo no primeiro verso da oração do Pai Nosso: "Venha o seu reino e seja feita a sua vontade." Pois ao entregar minha personalidade espiritual pra Deus neste pedido, estou natural (sobrenaturalmente) invocando pela Fé que Deus seja maior do que eu e que a sua vontade seja superior ao meu estilo de vida. Ah sim, e sobre a pergunta do título deste texto? Simples: como a Fé bíblica não é algo que devo fazer, mas sim uma Pessoa que devo buscar, então quem tem fé é alguém que acredita que Deus existe e por isso mesmo invoca seu nome em orações e clamores até ser abençoado! "Mas, quando o Filho do Homem voltar, quantas pessoas com fé ele encontrará na terra?" (Lucas 18.8; parábola da viúva que orava sem cessar).

terça-feira, 14 de abril de 2020

Algumas BÊNÇÃOS espirituais da Oração do PAI NOSSO

A oração do Pai Nosso é um encontro direto do espírito humano com a Pessoa de Deus. Um contato transcendente que a pessoa de Deus inicia conosco diretamente em nosso espírito interior. Pois um relacionamento "transcendental" é exatamente uma experiência entre espíritos vivos de dimensões existenciais diferentes; no caso, entre nós e o Espírito de Deus. Essa é uma das razões que torna esse relacionamento em algo diferente de outras experiências também "espirituais" da vida. Pois como Deus vai "mover" os pedidos desta oração a partir de bênçãos enviadas diretamente ao nosso espírito, então, as sensações deste encontro irão iniciar na nossa personalidade mais profunda, até chegar depois ao nosso corpo, pensamentos e emoções. Isto é algo importante pra aprender, sendo um aspecto que explica a força existencial desta oração, e a maneira como ela vai produzir grandes transformações em nós e nossas vidas. Uma outra característica deste encontro espiritual é que Jesus Cristo será o conselheiro principal deste relacionamento, ou seja, trata-se de uma pessoa bastante confiável pra mover algo tão íntimo e forte na sua vida, certo? Veja que o primeiro pedido orientado por Jesus pra você fazer na oração do "Pai Nosso" é para que "Venha o Reino de Deus sobre nós"; então, fica tudo mais fácil e verdadeiro a partir desta petição simples, e também ampla e grandiosa. Pois Deus Pai tem sabedoria para agir da melhor maneira em tudo que existe e acontece, e assim Ele não fica limitado ao nosso pouco conhecimento das coisas ou ao nosso sentimento inconstante do dia a dia. Deus vai agir direto na veia espiritual e pessoal de cada um de nós, pra mover o seu governo e valores universais superiores sobre o nosso espírito e tudo que acontece. Daí a importância de você desenvolver a sua espiritualidade através deste encontro direto junto da Pessoa de Deus; que é algo que ocorre logo que você pratica a Oração do Pai Nosso. E jamais esqueça que o grande valor deste encontro espiritual através da oração do "Pai Nosso" é que todos os seus pedidos serão benditos, pois serão orientados pelo Deus Filho, governados pelos princípios de Deus Pai, sendo que o seu contato será diretamente com a pessoa consoladora do Deus Espírito Santo. Quê são as Três razões pra afirmar que a Oração do Pai Nosso será sempre uma prática espiritual saudável pra humanidade. É isso. Agora, o negócio é praticar e perseverar, pois da mesma forma que cada dia traz consigo o seu próprio mal, Deus também oferece para nós a possibilidade de termos um encontro diário e abençoador com Ele através do "Pai Nosso" pra remediar e melhorar todas as coisas. Então, faça logo as suas orações diárias e tenha fé, pois, afinal, sem fé é impossível agradar a Deus!

sábado, 11 de abril de 2020

a RESSURREIÇÃO da Páscoa e a RELIGIÃO dos Cristãos: Bíblia e Cinema

A Ressurreição de Jesus de Nazaré num domingo do século 1 é o primeiro dia do resto de nossas vidas, a humanidade. Conforme ensina o Apóstolo João, logo "cedo de manhã, no primeiro dia da semana... Maria Madalena foi ao sepulcro e viu que a pedra havia sido removida da entrada (...) Enquanto chorava, abaixou-se para olhar dentro do sepulcro e viu dois anjos sentados ali, vestidos de branco... Eles disseram a ela: "Mulher, porque você está chorando?". "Eles levaram meu Senhor", ela disse... Jesus disse: "Maria...". Virando-se para olhar para ele, ela exclamou em aramaico: "Raboni!", que quer dizer "Mestre!" (...) Mais tarde, no mesmo dia, os discípulos estavam reunidos... De repente, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: "Paz seja com vocês!". E mostrou a eles suas mãos e seu lado. (...) Passados oito dias, os discípulos estavam outra vez naquela sala. Dessa vez, Tomé estava presente. Jesus passou pelas portas fechadas, foi para o meio deles e disse: "Paz seja com vocês!" Ele voltou-se para Tomé e disse: "Examine minhas mãos. Toque meu lado. Não seja descrente. Creia!" Tomé disse: "Meu Senhor! Meu Deus!". Jesus disse: "Você crê porque viu com os próprios olhos. Bênçãos maiores ainda estão reservadas para os que creem sem ver." (João 20. 1-29). Alguns destes eventos históricos são representados no drama cinematográfico "Ressurreição", EUA, 2016, com Joseph Fiennes. Segue a resenha do filme: "Às vésperas de um levante em Jerusalém, surgem rumores de que o Messias judeu ressuscitou. Um centurião romano agnóstico e cético (Joseph Fiennes) é enviado por Pôncio Pilatos para investigar a ressurreição e localizar o corpo desaparecido do já falecido e crucificado Jesus de Nazaré, a fim de subjugar a revolta eminente. Conforme ele apura os fatos e ouve depoimentos, suas dúvidas sobre o evento milagroso começam a sumir." (site: adorocinema). A inclusão do oficial romano em algumas cenas que os discípulos vivenciaram com Jesus nos 40 dias em que Ele permaneceu neste mundo após a Ressurreição, ajudam-nos a pensar na maneira como o Cristianismo deveria se desenvolver como religião organizada: pois o propósito da religião é "religar" algum ser humano até a presença do ser divino. E o modo como o incrédulo, mas interessado oficial se aproxima do grupo dos cristãos, ao mesmo tempo em que deseja proteger a mente e coração das ideias de Deus, é revelador da experiência de grande parte das pessoas que estão sempre olhando pra Jesus, sem assumir o Cristianismo. De outro lado, vemos como os discípulos de Jesus demonstram interesse pelo tribuno romano, ao mesmo tempo em que se fecham em sua pequena comunidade, embora lutem consigo mesmos pra obedecer as orientações de Jesus sobre amar o próximo. A partir disso, "Ressurreição" é um dos mais reflexivos filmes que assisti acerca de religião, pois se torna um drama capaz de revelar as dificuldades dos cristãos em serem piedosos como determina sua fé. O filme nos ajuda a perceber certas razões que fizeram o teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer afirmar que as bases humanas e terrenas da religião eram incapazes de conduzir o homem num relacionamento verdadeiro com Deus. Bonhoeffer declarou que aguardava o tempo da chegada de uma religião cristã "sem religião"; o que não significava que "Deus estava morto" ou que a Igreja não deveria existir, mas sim, que a essência da relação entre os seres humanos e Deus deveria surgir e se manter a partir da Pessoa de Jesus Cristo, e não das organizações e atividades eclesiais. Daí a importância da Ressurreição de Jesus conforme a vemos no filme do diretor Kevin Reynolds, pois entendemos que os discípulos superaram as barreiras grupais e teológicas até conseguir conviver com um não cristão interessado na religião, somente porque havia mais alguém junto deles naquela ocasião. Sendo que as cenas em que o oficial romano consegue conviver bem com os discípulos são aquelas em que ocorrem as atividades mais comuns da religião de Deus e dos homens: durante uma refeição que alimenta o corpo e junto de uma conversa sobre a verdade que alimenta o espírito. Pronto, está feito! A religião que existe só pra religar os homens a Deus atingiu seu objetivo, posto que Jesus ressuscitou também pra capacitar os discípulos a viver estas duas experiências: a comunhão da fraternidade e o meditar nas palavras da vida eterna. Uma obra religiosa que Jesus Cristo realiza na Terra desde a sua Ressurreição, já que prometeu estar junto de seus seguidores em espírito até o fim dos tempos. Feliz Páscoa!

quinta-feira, 9 de abril de 2020

a PAIXÃO da Páscoa de Jesus CRISTO, na Bíblia e no cinema

A Páscoa de Jesus Cristo é o fato histórico em que Deus soluciona e explica (um pouco) sobre a questão dos sofrimentos da humanidade neste mundo. O Profeta Isaías anunciou 700 anos antes da vinda de Jesus, algumas características do Servo Sofredor de Deus: "Meu servo cresceu em sua presença... Não havia nada de belo nem majestoso em sua aparência... Foi desprezado e rejeitado, homem de dores, que conhece o sofrimento mais profundo. Demos as costas para ele e desviamos o olhar; ele foi desprezado, e não nos importamos. Apesar disso, foram as nossas enfermidades que ele tomou sobre si, e foram as nossas doenças que pesaram sobre ele... Sofreu o castigo para que fôssemos restaurados e recebeu açoites para que fôssemos curados. Todos nós nos desviamos como ovelhas: deixamos os caminhos de Deus para seguir os nossos caminhos. E, no entanto, o Senhor fez cair sobre ele os pecados de todos nós... Quando, porém, sua vida for entregue como oferta pelo pecado, ele terá muitos descendentes. Terá vida longa, e o plano do Senhor prosperará em suas mãos." (Isaías 53. 2-10). Os comentários da Bíblia de Genebra esclarecem os temas da profecia: "Os espectadores pensavam que Cristo estava sofrendo somente o que merecia, mas a sua experiência de dor e angústia era por seu povo. Os sofrimentos de Cristo removem a pena que seu povo teria de pagar... A própria morte será anulada finalmente." Veja que o juízo divino é sempre um sofrimento por substituição, no contexto da Páscoa; pois um cordeiro morre no lugar dos filhos de Israel escravos no Egito. E desta maneira Jesus também morre, só que no lugar dos homens de fé em Deus Pai. Uma condenação única de alcance permanente na história da humanidade. Daí a dificuldade pra entender o quanto Deus abomina a maldade humana, pois fica difícil enxergar a sentença do juízo santo de Deus... quando a condenação recai sobre um inocente! No entanto, as detalhadas cenas de tortura e o assassinato de Jesus no filme A PAIXÃO DE CRISTO indicam o tamanho do juízo com que Deus Pai condena a humanidade por termos trazido ao mundo as maldades oriundas da corrupção do pecado. Pois as realidades eternas e espirituais da Paixão de Jesus ganham no admirável filme do diretor Mel Gibson (2004) uma terrena e temporal representação mediante as fortes cenas de condenação e morte do Cristo. A direção de Mel Gibson é excelente, digna de uma obra sobre o Messias de Deus. Algumas cenas cruciais são significativas em seu esplendor espiritual devido a atuação instigante do elenco, como quando somos atemorizados pela cena da tentação de Jesus, que é conduzida pelo demoníaco ser espiritual Satanás, simbolizado na pessoa de uma mulher pálida como se fora um zumbi, que tudo que toca suga pra si. A recordação de Maria ao lembrar da queda do menino Jesus, ao ver o Messias dos homens cair sob o peso da cruz sobre si, aquece e ilumina até o mais frio coração dos homens. Finalmente, eis que a lágrima do próprio Deus Pai se derrama como gota cortante e amplificada dos céus junto ao corpo morto de seu único filho, Jesus. São situações históricas que a obra nos permite partilhar através de uma sinceridade vibrante mediante cenas sabiamente filmadas. Jim Caviezel representa Jesus Cristo no filme e traz pra esse complexo Homem-Messias da história uma humanidade existencial iluminada. Ele preenche de sinceridade as cenas mais triviais e comuns, e traz realidade há algumas situações transcendentes que o Filho de Deus vivenciou junto aos homens no planeta. O doloroso olhar de Jesus que alcança o Apóstolo Pedro em sua terceira negação do Cristo acaba se tornando um olhar sobre todos nós, a humanidade inteira. E ensina mais do amor de Deus do que qualquer explicação que possamos afirmar. É um olhar carregado de dores devido ao desprezo do amigo, mas que se mantém pleno de compaixão, pois origina da eterna afeição divina pra conosco, a espécie humana. Sim, Jesus permanece solidário até quando é atraiçoado. Coisas de Deus, afinal. A cena final que revela o modo como a morte foi superada por um ser humano aqui na Terra; a aguardada Ressurreição da nossa raça, é linda demais! Somos conduzidos caverna mortuária adentro e como que guiados pela luz do dia, vemos que os panos que envolviam o morto se encontram, agora, largados e vazios na pedra fria do sepulcro. E de repente, quase sem perceber, partilhamos da descoberta mor da existência, ao verificar que aquele que na sexta-feira morreu, já respira de novo e vivo está na manhã de domingo! Enfim, se há muitas coisas interessantes pra se fazer nesta Páscoa, que uma delas seja, também, assistir o filme A Paixão de Cristo. Feliz Páscoa espiritual, pra todo mundo.

terça-feira, 7 de abril de 2020

DEUS! ajuda-nos a VIVER os nossos dias!

"Ensina-nos a contar os nossos dias." (Salmo 90.12). Uma outra (boa) versão deste pedido de oração de Moisés seria; "Ajuda-nos a entender como a vida é breve, para que vivamos com sabedoria." Moisés passou 40 anos da vida vagando no deserto junto com os israelitas, e neste salmo ele estava orando por todo seu povo envolto naquela situação. O profeta destaca que os nossos 70 anos de vida parecem muito, mas que não são nada diante da eternidade com Deus. Salomão também queria saber o que deveria fazer para a vida valer a pena, e por isso ele escreveu o livro de Eclesiastes, a fim de aconselhar os que acreditam em Deus para que continuem a segui-lo, mesmo quando os caminhos da vida estão difíceis e conturbados. O seu melhor conselho foi bastante simples: seja feliz e desfrute a vida ( Eclesiastes 3.12). E para explicar isso, Salomão escreveu uma segunda seção de conselhos pra tratar do tema das atividades e trabalhos que realizamos neste mundo. Foi quando ele percebeu que toda conquista nesta vida será cancelada no dia da nossa morte. Eita. No entanto, sempre será possível aproveitar bem os nossos dias, isto porque Deus nos chama para desfrutar as bênçãos mais simples da vida disponíveis hoje, que são: as vantagens da amizade, coleguismo e companheirismo junto das pessoas ao nosso redor; e também, desfrutar da satisfação no trabalho. Eis o sentimento que devemos ter pra sermos capazes de receber alguns dos presentes que Deus nos dá nesta vida. O negócio é que tanto Salomão em Eclesiastes, como Moisés no Salmo 90 descobriram que somente a presença de Deus consegue trazer algum valor e sentido para as nossas vidas; que é o jeito como Deus vai nos ensinando a "contar os nossos dias", enquanto constrói significados eternos no dia a dia dos que andam com Ele. Pensando nisso, fique atento para o significado atemporal que Deus traz para a mesmice de muitos de nossos dias. Portanto, vamos acatar os conselhos dos sábios de Israel e aproveitar a companhia da família e amigos, além de prestar atenção nos ensinos da celebração do Natal de Jesus de Nazaré e de um Novo Ano. Sim, separe estes dias iniciais do ano de um jeito que se torne um tempo de sabedoria pra você, vivenciando bastante temor e honra dentro da alma diante de Deus, pois o conselho final de Eclesiastes pra transformar qualquer época da vida numa experiência eterna é simples e direto: "Esta é minha conclusão: tema a Deus e obedeça seus mandamentos, pois esse é o dever de todos." (Ec. 12.13).

domingo, 5 de abril de 2020

Alcançando a PAZ da PÁSCOA na Quarentena

"Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso." (Mateus 11.28). Fique atento porque o convite de Jesus é oferecido para as pessoas cansadas, e não para os fortes. Jesus usa a linguagem das tradições de Sabedoria, convocando todos que estão oprimidos pra que se coloquem na sua presença até receber paz! Só que a Paz de Jesus vêm sempre com algumas curas e desafios: "Eu lhes deixo um presente, a minha plena paz. E essa paz que eu lhes dou é um presente que o mundo não pode dar. Portanto, não se aflijam nem tenham medo." (João 14.27). Shalom! Esta era uma saudação hebraica comum usada nos momentos de cumprimento e despedida. Jesus quer aprofundar nosso entendimento da realidade espiritual no objetivo de transformar nossa existência hoje, pois a Paz que Ele oferece é a verdadeira reconciliação da humanidade pra perto da Pessoa de Deus; uma bênção da Páscoa pra todo aquele que n´Ele crer! Essa é uma bênção que nós experimentamos sempre que oramos a Deus pedindo o que precisamos em momentos de angústia, e rápido recebemos a paz divina, que logo vem guardar o nosso coração e mente. (Filipenses 4.6). Daí a importância de parar um pouco pra perceber o que engana o coração e nos deixa ainda mais angustiados. Fala Davi: "Senhor, meu coração não é orgulhoso, e meus olhos não são arrogantes... Ó Israel, ponha sua esperança no Senhor, agora e para sempre!" (Salmo 131). O rei e profeta Davi afirmou seu sentimento de confiança em Deus com esta simples e profunda oração. O modo como ele busca tratar suas inquietações ocorre através de uma tripla negação de nosso orgulho: do coração, dos olhos e das atitudes. O Apóstolo João nos ajuda a entender um pouco mais sobre esse orgulho e de como suas cobiças nos deixam ansiosos: "Não amem este mundo, nem as coisas que ele oferece, pois, quando amam o mundo, o amor do Pai não está em vocês." (1 João 2.15). Aqui é importante esclarecer que o "mundo" é o sistema de rebelião que as pessoas erguem na alma, em seu desejo de afastar Deus e o seu reino pra longe do nosso lar e sociedade. É isso. A paz espiritual de Jesus alcança você sem que seja necessário você conquistar a paz do "sistema" do mundo, além de ser uma grande oportunidade pra você tratar esse tipo de "paz" sorrateira em que muitas vezes nos deixamos levar. Veja que João orienta que não devemos amar o mundo, o que não quer dizer que a gente não deve se alegrar com a natureza e a cultura, com as pessoas e os relacionamentos, com a profissão e com a comunidade... Ele só declara que não devemos amar o sistema do mundo; esse que anuncia que a paz e a satisfação da nossa alma estão nas compras e conquistas sem fim, e na riqueza e no sucesso sem propósitos. Por isso, cuidado! Observe que o reino de Deus é o domínio territorial e espacial, espiritual e transcendental que Deus desenvolve assim que se aproxima integralmente de alguém, conforme Ele fez ao entrar no mundo dos homens em Jesus; a Luz do mundo. Jesus trouxe a completude do reino celestial pra terra enquanto vivenciava integralmente as verdades de Deus aqui como um ser humano, sendo algo que nós, quase sem saber, pedimos muitas vezes na primeira súplica do "Pai Nosso". E que a paz da Páscoa esteja sobre você nesses períodos de incerteza, e que sigam na sua alma pra sempre! Shalom! (*esse texto utilizou comentários extraídos da Bíblia de Genebra*)

quinta-feira, 2 de abril de 2020

a ESPIRITUALIDADE do II Mandamento de JESUS!

Não dá pra amar a Deus que não vemos, se não amarmos aqueles que vemos. Nenhum homem é uma ilha, e jamais será! Só se for pra ver o outro dele se afastando e logo chegando, como as marés que retornam à praia pra abraçar de novo a terra. Essa realidade existencial é um elemento fundamental da boa Espiritualidade. Pois não há espiritualidade saudável sem o outro, sem gente como a gente, e que esteja por perto. Não que seja fácil, mas é necessário. Assim como saímos da atividade para o descanso, devemos também escapar do sofá até a presença de alguém. Especialmente nesses dias de quarentena, em que alguns "próximos" de nossa vida estão (sempre) por perto. É isso. Não há ânimo e satisfação; a tal realização pessoal que nos faz seguir adiante, se não for possível manter as relações com outras pessoas. A ideia é simples: a minha espiritualidade humana não pode sobreviver sem... a humanidade espiritual dos outros. Pois não há vida na preguiça da distância, mas só na perseverança da aproximação. E não apenas pra se esquentar, mas acima de tudo, pra conviver; que será sempre o nosso melhor existir! "Existir" assim com a família e parentes, colegas e vizinhos; e importante, com os desconhecidos sociais da cidade, assim que a hora chegar, é claro. Saiba que não há ninguém que não seja interessante pra nós, espiritualmente falando. Sim, às vezes é difícil, mas eis algo fundamental ao nosso aprendizado espiritual. Pois o esforço pra escapar do outro e o desinteresse em dele se aproximar são graves enganos espirituais da vida, já que semeiam o vazio relacional e criam uma história sempre egoísta, superficial. Indicam um cuidado exagerado com nós mesmos que irá se revelar fatal, já que é o exato oposto das boas experiências do espírito, dos humanos e de Deus. Lembre-se: a Espiritualidade da gente só amadurece junto de gente, como a gente. "Jesus respondeu: Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a sua mente. Este é o primeiro e o maior mandamento. O segundo é igualmente importante: "Ame o seu próximo como a si mesmo". Toda a lei e todas as exigências dos profetas se baseiam nesses dois mandamentos." (Evangelho de Mateus, 22.37-40)