terça-feira, 15 de agosto de 2017

a Espiritualidade da AUTORIDADE, no Cinema: PLANETA DOS MACACOS, A GUERRA

Se "cada um é eternamente responsável por aquilo que cativa", imagina, então, a responsabilidade que temos com aqueles que criamos? Eis o desafio espiritual que surge no cotidiano assim que lideramos alguém, que já chega aguardando aprender conosco o que fazer nesta vida pra nela dar certo. É isso! Falamos aqui da Espiritualidade da Autoridade - uma responsabilidade existencial daquelas pra nós que somos os seres racionais mais amadurecidos da região. Nem que seja da região lá de casa, afinal. Eis o tema maior pelo que o instigante filme PLANETA DOS MACACOS, A GUERRA mobiliza sentimentos e reflexões acerca da nossa real capacidade e pretensa condição de sermos boas autoridades "de vida" neste planeta. Pois, como já dizia meu professor de docência, "é preciso dar conta!"; pois agir com responsabilidade é a essência da personalidade daquele que assume ser autoridade de alguma coisa perante o outro. Enfim, eis que o terceiro (e melhor) filme da série Planeta dos MACACOS bem nos apresenta como a GUERRA e a opressão se tornam - de novo e quase sempre, a mais rápida escolha e decisão daquele que "precisa" governar o próximo. Pois é por aí que se move a superioridade humana na hora de decidir dar conta da "igual" presença existencial em nosso planeta de macacos inteligentes, que agora são. Uma análise crítica que indico é a de Mario Bastos: "Um épico de nosso tempo. Um trabalho que discute a natureza humana, temas políticos e profundas relações entre os seres, e desses seres com o mundo" (pocilga). E destaco alguns bons pensamentos da análise de Natalia Bridi: "Ironicamente, Planeta dos Macacos é uma das franquias mais humanas da cultura pop. Sua discussão sensível sobre evolução, intelecto e dominação toca fundo nas falhas da humanidade. A ascensão dos símios e a decadência dos homens leva à reflexão sobre esses erros e a uma torcida sincera contra a própria espécie.(...) A influência de filmes como Apocalipse Now, A Ponte do Rio Kwai e Os Dez Mandamentos é explícita. Nessa amálgama de gêneros, Reeves, que assina o roteiro com Mark Bomback, conta uma história épica sem cair em maniqueísmos e vai muito além da promessa de guerra do título. O Coronel não é mero vilão na sua oposição a César, assim como o herói não é perfeito ou infalível. O encontro dos dois expõe a natureza complexa que determina a “humanidade” na busca pela sobrevivência.(...) Planeta dos Macacos: A Guerra é uma experiência cinematográfica de qualidade técnica e alcance dramático. É o retorno do cinema clássico em embalagem tecnológica, feito para entreter, mas sem menosprezar seu público. A história de César não vai embora com o rolar dos créditos."(omelete) Mas afinal, e finalmente, de que maneira nossa racional espiritualidade coerente e nossa espiritual racionalidade razoável irão nos dar a condição de, enquanto autoridades sapiens, praticar uma responsabilidade bendita sobre aqueles que dominamos por aí? Tá entendendo? Pois a humana raça racional permanece sendo a única espécie "cabeça" deste mundo e criação - pelo menos aqui embaixo, na terra. O que faz da nossa convivência social uma relação cheia de autoridades, aqui, lá e em todo lugar; seja como pais e professores, chefes e policiais, juizes e governantes. Pois são eles (nós) que carregam o bastão de "autoridade" uns dos outros planeta adentro, só pra conduzir a humanidade até a maioridade. Que coisa, hein! Bem melhor que a anarquia, penso eu. Mas, será que o espírito nosso de cada dia tá pronto, pra tanto? Ou as vaidades da ira física e emocional seguirão, ainda e adiante da humanidade, esmagando os espíritos de nossos "filhos"? Tanto os naturais como os relacionais, não importa quais. Bem, é a partir daqui que os Espirituais se movem pra frente com uma melhor amplitude existencial, se é que me entende. Pois o reconhecimento de que somos todos, pessoas espirituais, é o que possibilita saber que nossa razão não é um mero "instinto" animal desenvolvido, mas sim, a essência da nossa personalidade físico-espiritual, humanoide. Portanto, sempre dá pra melhorar - de autoridade. Buscando princípios e experiências que nos tornem maiores que o "meio" em que vivemos, e melhores que os ídolos que temos. E na história dos aprendizados da Espiritualidade destaca-se o Profeta Jesus, que ensinou que a boa Autoridade tambem se constrói como se fora um serviço disponibilizado ao outro. Em um relacionamento de maior presença e sinceridade que se contrapõe ao governo das ordens sempre dadas à distância, tanto a física, quanto também a da pior das distâncias, que é a relacional. Pois responsavelmente escuta e absorve pra então orientar e exemplificar, "servindo" assim aos outros enquanto junto se vive. Eis como se cria uma relação de autoridade através de conselhos e abraços, afirmações e atitudes, fazendo às vezes de um garçom, sim, só que de alimentos existenciais, pra vida. Tudo construído com bastante afinidade e interesse, que é o que torna real entre nós a tal da boa Autoridade. Uma postura ética de ensino existencial prático que Jesus abraçava com tal honestidade que o tornou reconhecido entre os homens como um homem de autoridade, enquanto ensinava vida! Não é fácil, nem simples; mas já existe, de verdade, no meio da humanidade. Cuide-se, melhor, então, pois é possível dar conta. Sim!

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

a Espiritualidade da ETERNIDADE na Humanidade

Será que a angústia do ser humano com a morte tem a ver somente com a questão do dia em que iremos falecer na Terra? Eis uma boa e interessante pergunta, até porque quando o Sábio Salomão analisou o vai e volta da natureza e da história humana, entendeu que o motivo de quase tudo ser praticamente "sem sentido" pra nós, era porque nada de novo parecia acontecer debaixo do céu por aqui. Mas não foi apenas isso que ele viu e anotou, não. Salomao percebeu que também havia tempo pra tudo debaixo do sol aqui na terra, como hora de viver e de morrer, hora de abraçar e afastar, e que Deus até colocou no homem um "senso de eternidade." É isso! Veja que esse tal "senso" de eternidade é, de verdade mesmo, uma sensação real que o nosso espírito carrega bem lá dentro de (todos) nós acerca da nossa existência que vai adiante do espaço e do tempo que vemos por aqui. Eis, então, uma verdade espiritual de quase todo mundo que expõe a razão de certa ansiedade constante e preocupação permanente que temos a respeito da morte humana (nossa) de cada dia. E agora, José? Bem, ponto para os Espirituais, pois quando acreditam que há um espírito no homem, também visualizam vida além do que se enxerga, ora bolas. E pra não ficar só na (interessante) idéia de que somos mais que um (bom) pedaço de carne entre ossos, importa logo descobrir a existência desse "senso" de eternidade enquanto ainda estamos por aqui. Nem que seja só pra aumentar nossa tranquilidade assim que pensamos (e vemos) a morte diária da humanidade. Penso nisso como algo fundamental, pois só descobrindo sinais da vida eterna hoje é que iremos bem nos preparar pra eternidade que será nossa um dia. Neste sentido, o que o Sábio Salomão chama de "senso de eternidade" é a mesma coisa que teólogos definem como "senso de religiosidade", sendo também, algo que o Apóstolo São Paulo declarou ser a "consciência moral" no homem. O que significa que tudo "isso" junto, e mais algumas coisas, são sensaçoes nossas que, sim, tem a ver com o espírito que respira no ser humano. Agora e sempre, até a eternidade. Portanto, alguns (razoáveis) bons primeiros passos pra você tratar essa sua ansiedade quase depressiva existencial, enquanto, ao mesmo tempo, desenvolve sua espiritualidade eterna natural, passa exatamente por dar uma boa olhada em si mesmo no que se refere à sua religiosidade e consciência moral. Ao investigar propostas e praticar experiências relacionadas a estas suas sensações e pensamentos, você irá se envolver de maneira coerente com seu "senso de eternidade". Inicie por aí, e boa viagem na sua espiritualidade.