sábado, 28 de novembro de 2020

JESUS ABENÇOA AS CRIANÇAS! p/ Ivan Santos Rüppell Júnior

"Certo dia, trouxeram crianças para que Jesus pusesse as mãos sobre elas, mas os discípulos repreendiam aqueles que as traziam... Então tomou as crianças nos braços, pôs as mãos sobre a cabeça delas e as abençoou." (Evangelho de Marcos, cap. 10.13-16). A interpretação protestante da Igreja Presbiteriana sobre essa passagem das Escrituras indica que, ao receber e abençoar as crianças, o Senhor Jesus "está expressando a noção típica de solidariedade da aliança do Antigo Testamento. Estas crianças pertencem ao reino, inicialmente por causa da fé que seus pais possuem, ainda que devam exercer sua fé pessoalmente, tão logo tenham condições. (...) Receber a bênção de Deus significa ser chamado pelo nome de Deus e ser incluído nas bênçãos da aliança." (Bíblia de Genebra, p 1164,65). Eu vou destacar algumas palavras deste testemunho bíblico sobre a relação de Jesus com os pequeninos, especialmente no fato de ele não ter impedido as crianças de se aproximarem quando trazidas pelos pais, e na sua atitude de colocar as mãos sobre as crianças para abençoa-las. O entendimento doutrinário dos protestantes presbiterianos sobre essa experiência bíblica está descrito nas palavras, "solidariedade da aliança do Antigo Testamento", que explica o modo como o povo de Deus incluía cerimonialmente os seus filhos, para dentro da aliança na qual andavam com o Senhor na terra. E agora, vamos comentar algumas frases doutrinárias que apresentam o significado da expressão, "solidariedade da aliança". Observe que as alianças bíblicas são acordos de compromisso solene que ligam as pessoas num relacionamento permanente, sendo que Deus é quem estabelece as condições das alianças que Ele faz com os homens. A aliança no Sinai feita por Deus com o povo que Ele havia libertado do Egito foi a sua constante Aliança da Graça, pois os seus mandamentos estavam sendo dados a um povo que o Senhor havia redimido e libertado, para chamar de seu; e isto é Graça! Esta aliança Graciosa de Deus favorável aos homens recebe um novo capítulo nas obras de Jesus de Nazaré, pois agora o compromisso do povo em seguir sua "Vida com Deus numa Aliança" é algo que vai ocorrer com os mandamentos sendo escritos no coração e mente dos homens. Jesus cumpre o seu Ministério celestial de nos manter na Presença de Deus através do Sacerdócio e Mediação que Ele realiza nesta nova aliança, e nós cumprimos os nosso votos "em espírito e verdade". A "economia" ou a gerência administrativa deste relacionamento de Aliança com Deus na vida dos seres humanos ocorre em nossas vidas através da "solidariedade da aliança", sendo algo que traz a circuncisão do Antigo Testamento para que seja realizada no batismo Infantil, como uma ministração espiritual através de um ato real, que se serve do simbolismo de pureza da água. Neste sentido, a maneira como a Igreja protestante Presbiteriana ensina e ministra a "religião" do povo de Deus para que esteja sempre vivendo junto do Senhor, sendo abençoado por Ele na história, ocorre quando a "solidariedade da aliança" na família e na comunidade é estabelecida através da ministração deste batismo. Pois a Igreja tem autoridade para selar e abençoar as crianças que são filhos de cristãos através deste sacramento, desde que a Igreja permaneça ligada a Deus pela mediação do sacerdócio de Cristo. A Igreja Presbiteriana não considera que esta solidariedade da Aliança com Deus deva ocorrer através de uma simples consagração; mas sim, que o Batismo infantil é um Sacramento da Aliança; pois carrega consigo a responsabilidade e capacidade dadas à Igreja de incluir e manter na solidariedade do "Povo de Deus", os filhos dos cristãos fiéis na Fé do Evangelho. Assim, conforme esse conhecimento bíblico e de acordo com esta interpretação dos Atos de Deus desde o livro de Gênesis até o livro do Apocalipse, que revelam o modo como tem sido ministrada a Aliança da Graça do Senhor sobre os homens; é que se realiza o Batismo Infantil dos filhos de pais cristãos na Igreja Presbiteriana, sendo que o melhor conhecimento dessa experiência e sacramento está na vivência de Jesus: "Então tomou as crianças nos braços, pôs as mãos sobre a cabeça delas e as abençoou." (Marcos 10.16). A seguir, irei destacar algumas frases da explicação doutrinária do texto e ensinos que você acabou de ler, conforme a Bíblia de Genebra: "Nas Escrituras, as alianças são acordos solenes... que ligam as partes umas às outras em relações permanentes. (...) Quando Deus faz uma aliança com suas criaturas, só ele estabelece as condições, como mostra sua aliança com Noé e seus descendentes. (...) A aliança de Deus com Israel, no Sinai, está na forma dos tratados de suserania do antigo Oriente Próximo. (...) Ainda que a aliança do Sinai exigisse obediência às leis de Deus... ela era uma continuação da aliança da graça (Êxodo 3.15; Dt. 7.7-8; 9.5-6). Deus deu os mandamentos a um povo que ele já havia redimido e reinvidicado como seu (Êxodo 19.4). (...) O cumprimento da velha aliança em Cristo abre a porta da fé aos gentios. A "semente de Abraão" - a comunidade com a qual a aliança foi feita - foi redefinida em Cristo, que é a Semente final e definitiva de Abraão (Gn. 3.16). (...) O objetivo da ação de Deus dentro da aliança é, como sempre foi, a reunião e a santificação do povo da aliança vindo de "todas as nações, tribos, povos e línguas" (Ap. 7.9), que um dia habitarão a Nova Jerusalém, numa ordem mundial renovada (Ap. 21.1-2). (...) A estrutura da aliança abrange toda a economia da graça soberana de Deus. O ministério celestial de Cristo continua a ser o de "Mediador da nova aliança" (Hb. 12.24). (...) O Batismo e a Ceia do Senhor - que correspondem aos ritos da circuncisão e da Páscoa da antiga aliança e os substituem, são ordenanças da aliança. A lei de Deus é a lei da aliança, e observá-la é a mais verdadeira expressão de gratidão pela graça da aliança e de lealdade ao nosso Deus da aliança." (BG, p 12). Saiba que toda boa caminhada com Deus através de Jesus Cristo aqui na Terra vai requerer uma orientação doutrinária para que a Igreja possa abençoar as nossas vidas, ligando algo aqui na terra diante de Deus que está nos céus; assim como vemos exposto neste estudo sobre o Batismo Infantil. (Referência: Bíblia de Estudo de Genebra, 1999, Editora Cultura Cristã, São Paulo, SP)

Feliz Natal de JESUS DE NAZARÉ, Salvador, Filho e Rei! Estudo de pequenos grupos da Igreja Presbiteriana Olaria, 30/11 a 04/12/2020

TEXTO Bíblico Base: "No sexto mês da gestação de Isabel, Deus enviou o anjo Gabriel a Nazaré, uma cidade da Galileia, a uma virgem de nome Maria. Ela estava prometida em casamento a um homem chamado José, descendente do rei Davi. Gabriel apareceu a ela e lhe disse: "Alegre-se, mulher favorecida! O Senhor está com você!" (...) Ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Jesus. Ele será grande, e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de seu antepassado Davi, e ele reinará sobre Israel para sempre; seu reino jamais terá fim." (Lucas 1.26-33). O comentário de John Stott para o anúncio do Anjo Gabriel acerca do nascimento de Jesus traz algumas informações importantes para nós: "Após quatrocentos anos de espera silenciosa, de repente Deus quebra o silêncio, não através de um profeta, mas de um anjo. A mensagem que Gabriel trouxe a Nazaré deixou Maria perplexa... em parte por causa dos três títulos superlativos que seu filho receberia. Primeiro, ele se chamaria Jesus, indicando que receberia uma missão salvadora. Segundo, ele seria grande, pois receberia o nome acima de qualquer outro nome, o de Filho do Altíssimo (...) Terceiro, ele reinaria sobre Israel para sempre. Na verdade, seu reino nunca teria fim. Salvador, Filho e Rei - foram esses três títulos que o anjo disse a Maria que ele receberia...". COMPARTILHAR. 1. Qual desses três títulos chama a sua atenção sobre a Pessoa de Jesus de Nazaré? O que você teria a dizer para seus familiares, sobre um destes títulos, se pudesse falar algo nas celebrações do Natal? 2. Leitura bíblica: "Irmãos, pedimos que advirtam os indisciplinados. Encorajem os desanimados. Ajudem os fracos. Sejam pacientes com todos." (1Tessalonicenses 5.14). Advertência e encorajamento, ajuda e paciência. Qual destas quatro vivências você experimentou mais vezes, nas reuniões de pequenos grupos, ao meditar na Palavra de Deus e ouvir o testemunho dos irmãos? 3. Qual é a sua expectativa para as reuniões de pequenos grupos que iremos realizar no ano que vem, em 2021? Você gostaria de participar de um pequeno grupo com algum familiar ou amigo, em que as conversas seriam sobre temas básicos do Evangelho e o conhecimento da Bíblia? FELIZ NATAL DE JESUS DE NAZARÉ! (Ref. Stott, John. A Bíblia toda o ano todo. Editora Ultimato, MG, 2007)

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

O DIA MUNDIAL DE AÇÃO DE GRAÇAS!

Não há feriado mais brasileiro do que o Dia de Ação de Graças, embora poucos cidadãos desta nação festejem hoje, esta celebração reconhecida mundialmente. Mas o feriado é bastante nosso, sim, pois não há outro povo neste mundo que tanto diga: "Graças a Deus!", como os milhões de brasileiros que neste país lutam pra viver toda vida que somente Deus nos dá. É verdade! Pois ainda que existam centenas de milhões de planetas e milhares de galáxias, o fato é que somente aqui na terra o Deus Criador Todo Poderoso decidiu implantar o oxigênio que permite que a raça humana sobreviva e invente modas nesta terra do nosso Deus. Ao mesmo tempo, cenas de filmes norte-americanos e a mídia em geral vão anunciar o famoso "Thanksgiving Day", principalmente nesta quarta quinta-feira do mês de novembro, data em que a festa é celebrada nos Estados Unidos da América. Quê é o feriado mais importante deles desde sempre, pois viajam grandes distâncias pra comemorar com os parentes a "ceia do peru", lembrou? Pois é, tudo começou em 1621 na localidade de Plymouth, Massachusetts, assim que peregrinos cristãos fundadores da vila e povos indígenas da região se reuniram pra agradecer a boa colheita do ano. E a partir disso se organizou a cada outono uma festa de Gratidão a Deus pelo alimento e pela vida, e o resto é história, pois Abraham Lincoln definiu a data como feriado nacional americano em 1863 e até o nosso Brasil, veja você, a instituiu como Dia Nacional de Ação de Graças através de lei em 1966. E as pessoas espirituais com inclinações religiosas de se aproximar mais de Deus, tem muito a ver com esta data, pois reconhecem que a vida é muito mais do que o acaso e por isso buscam, pra saber mesmo, a razão da continuidade da vida natural sobrenatural de quase todo mundo que respira no planeta. E todo cidadão brasileiro que diz "Graças a Deus", também evoca uma frase religiosa e cultural que, no final e início das contas, aponta para a nossa origem e futuro, por que não? Pois essa expressão afirma e deseja recordar a mais essencial realidade da humanidade; a de que não estamos sozinhos no universo, e de que não fomos criados ou permanecemos vivos, somente a partir de nossos próprios esforços. Eis porque dizer "Graças a Deus", significa lembrar ao próprio coração que há um Ser Pessoal e Superior no Universo, que tanto olha para nós como também, cuida muito da gente! E o sol e a chuva que diariamente são derramados sobre o mundo continuam afirmando esta transcendente realidade, especialmente aqui em Curitiba; especialmente, nos últimos dias. Enfim, e como bons brasileiros, vale dar um passo adiante nesta espécie de reconhecimento agradecido diante de Deus, para semear um sentimento que, muitas vezes, se encontra distante de nossos corações. Pois, afinal, se os próprios "céus celebram a glória de Deus e suas obras de arte estão expostas no horizonte", por que eu e você não podemos separar um dia pra celebrar a nossa subsistência dada por Deus, em gratidão e honra? Mas dá pra ir mais longe, de verdade, pois assim que Deus criou o mundo, Ele também realizou tudo que há e existe "através de Jesus Cristo". E o motivo desta ação criadora de Deus ter sido movida na Pessoa do Messias é simples: a razão é para que no momento em que a humanidade viesse a se afastar de Deus, nem tudo viesse a ser arruinado assim, de repente, num piscar de olhos; já que afastados de Deus, onde e em Quem iriamos sobreviver? Foi pensando nisso que Deus já criou "tudo" em Jesus, exatamente para que a Justiça do Messias sacrificado pudesse alcançar o planeta e manter vivos todo mundo que aqui reside e suspira, em toda época e tempo. Tá entendendo? Trata-se da bendita "Graça Comum" de Deus, que a todos abençoa e faz viver, mesmo quando nem nos damos conta de quem somos, e principalmente, de quem Deus é! Eis um bom motivo pra separar algum tempo e até uma refeição nesta data, para com (boa) parte do mundo agradecer ao Deus criador e sustentador do mundo e da vida, aqui, lá e em todo lugar. Feliz Dia de Ação de Graças!

sábado, 21 de novembro de 2020

O NATAL DE JESUS! PROFETA DE DEUS.

"Aquele que é a verdadeira luz, que ilumina a todos, estava chegando ao mundo." (Evangelho de João, cap. 1.9). "Uma das características mais notáveis do Antigo Testamento é a crescente expectativa da chegada do Messias. Logo após a queda de Adão e Eva, Deus anunciou que iria salvar os pecadores através de um descendente da mesma pessoa pela qual o pecado havia entrado no mundo. A partir disso, a promessa de Deus sobre o Messias vai se tornando cada vez mais rica e variada. Ele seria um profeta como Moisés, um sacerdote como Melquisedeque e um rei como Davi - o famoso trio de Calvino: Profeta, Sacerdote e Rei." Agora, vamos aprender um pouco mais sobre Jesus, o Profeta! Veja que "um dos anseios mais profundos da humanidade é descobrir a vontade de Deus. Mas, como podemos saber qual é a vontade de Deus? Israel tinha duas opções. De um lado, havia os cananeus com suas práticas de bruxaria, feitiçaria e adivinhação, mas Deus tinha proibido seu povo de imitá-los. Por outro lado, eles poderiam prestar atenção à voz de Deus que vinha até eles através dos profetas. Era uma questão de ouvir, pois "o Senhor, seu Deus, levantará um profeta como eu do meio de seus irmãos israelitas." (Deuteronômio 18.15). Neste sentido, Deus confirmou no Monte da Transfiguração (Mc 9.7), a palavra dada no livro de Deuteronômio: "Este é meu Filho amado. Ouçam-no!" (John Stott). Portanto, esse conhecimento sobre o Profeta Jesus do Natal é um convite para lermos os Evangelhos, para poder meditar nos conselhos e instruções de Jesus, para bem entender e seguir a vontade de Deus para nossas vidas, tá entendendo? "Pois um menino nos nasceu, um filho nos foi dado. O governo estará sobre seus ombros, e ele será chamado de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno e Princípe da Paz." (Isaías 9.6). Feliz Natal do Messias Jesus de Nazaré pra você e sua família! (Referência: Stott, John. A Bíblia toda o ano todo. Editora Ultimato, Viçosa MG, 2007; p 133) Autor. Ivan S Rüppell Jr é Professor e Capelão Social.

domingo, 15 de novembro de 2020

ORANDO PELAS AUTORIDADES PRA ABENÇOAR A CIDADE!

Quando os Cristãos desejam paz para a sociedade, então eles oram e intercedem pelas Autoridades. Pois as autoridades recebem de Deus a condição de portar a espada da justiça, para garantir a lei e a ordem no convívio social dos homens. Portanto, antes de se preocupar com a dignidade da autoridade ou com os motivos dos conflitos sociais, os cristãos se preocupam com Deus: pois Deus pode iluminar as autoridades e suas polícias armadas para controlar as crises sociais sem que os seres humanos sejam perseguidos como animais. É preciso acreditar e confiar em Deus em momentos de conflito, fazendo primeiro o quê Deus disse pra fazer, até que a sociedade possa ser cuidada e aquietada. Dentro desse contexto, e com propósitos até mais amplos, vemos que a intercessão pelas autoridades é um ato bendito tanto para podermos anunciar o Evangelho, como para que a comunidade dos homens seja abençoada pela providência divina; como nos ensina a Bíblia. Em sua primeira carta a Timóteo, nos primeiros versos do cap. 2, o Apóstolo Paulo orienta que sejam feitas Orações e Intercessões pelas Autoridades. O objetivo destas orações é para que o povo de Deus e toda sociedade possam ter uma vida pacífica e tranquila, com toda piedade e dignidade. Ao pedir orações pelas autoridades para que os cristãos tenham paz social e boa vivência de sua piedade religiosa, Paulo esclarece que o propósito principal é que o conhecimento de Deus seja anunciado na cidade. Pois, conforme ele explica, o Senhor deseja que todos sejam salvos ao descobrir que há somente um Mediador entre Deus e a humanidade: Jesus Cristo. Então, os cristãos devem orar pelas Autoridades para que haja paz a fim de que tenhamos uma liberdade religiosa e um diálogo político na sociedade que possibilite o anúncio do Evangelho na cidade. Pois Deus pretende que todos saibam a Mensagem que pode mudar o destino da humanidade. Para entender um pouco mais sobre a importância das Autoridades para o bem estar do povo cristão e toda sociedade, devemos prestar atenção na forma como a Providência do Governo de Deus atuou na história. Deus atuou com providência na vida de José, que foi traído pelos irmãos e vendido aos midianitas, abandonado por seu patrão Potifar e esquecido pelo chefe dos copeiros na prisão... Até que Deus iluminou José para que ele pudesse revelar ao Faraó o significado de seus sonhos sobre a nação. E assim José orientou como o Faraó deveria governar o período futuro de dificuldades de seu povo. Então, o Faraó fez de José o Governador do Egito de um modo que toda sociedade e nação foram abençoados, sendo que José explicou aos irmãos o que Deus havia feito naquela situação: “Deus me enviou à frente de vocês para lhes preservar um remanescente nesta terra e para salvar-lhes a vida com grande livramento”. Vejam que “vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos” (Gênesis 45.5 e 50.20). Observe a atuação bendita de Deus naquela sociedade, utilizando não apenas o servo José, mas especialmente a figura e função da Autoridade pública, de modo que todo o povo de Deus e a nação egípcia foram abençoados. Então, fique atento para a importância das Orações e Intercessões pelas Autoridades, pois o Senhor deseja que o povo cristão tenha vida pacífica e tranquila, com toda piedade religiosa. Ou seja, que a religião cristã seja praticada livremente, a fim de abençoar grande número de pessoas e toda cidade. Mas é preciso orar e interceder sempre para que venha o Reino de Deus e seja feita a vontade d'Ele sobre as nações, pois nem todos os homens são piedosos. E somente Deus pode mudar corações e transformar o destino das nações, para que venham bençãos sobre a Terra, quando as Autoridades se desviam para o mal e o povo pelo engano. Quê Deus Pai abençoe a Sociedade e as cidades do Brasil! Autor. Ivan S Rüppell Jr é Professor de Ciências da Religião e Teologia, Capelão Social e Escolar.

sábado, 14 de novembro de 2020

O GOVERNO DE DEUS NA HISTÓRIA E A RESPONSABILIDADE DOS CRISTÃOS NAS ELEIÇÕES, p/ Ivan S. Rüppell Jr. Nov/2020

O Apóstolo Paulo orienta que sejam feitas Orações e Intercessões pelas Autoridades para que o povo de Deus possa ter uma vida pacífica e tranquila, sendo que isso agrada bastante a Deus, pois Ele deseja que todos sejam salvos e conheçam a verdade de que há um só Mediador entre Deus e a humanidade: Jesus Cristo; conforme lemos em I Timóteo 2.1-7. Observe a importância dessa orientação, pois deve-se orar pelas Autoridades para que haja paz na sociedade a fim de termos liberdade religiosa para poder anunciar o Evangelho, pois Deus deseja que todos descubram a Mensagem que pode mudar o destino da humanidade. Sendo que essa palavra está no contexto da I carta de Pedro, que desafia os cristãos a calarem os perseguidores da fé, pela prática do bem e pelo respeito às autoridades; e segundo a experiência de Paulo diante dos líderes religiosos de Jerusalém, quando buscou abrigo nas autoridades romanas e César. Na carta aos Romanos, cap. 13.1-7, nós lemos um pouco mais acerca desse tema sobre como o povo de Deus pode vir a ter paz e tranquilidade, vivendo nas sociedades de que somos parte. O apóstolo Paulo diz que toda Autoridade vem de Deus e que são servos de Deus para o nosso bem; pois se estivermos fazendo algo errado, elas tem o poder e a condição de punir o nosso crime, pois estão a serviço de Deus para castigar os que praticam o mal. Sendo essa uma razão para que paguemos impostos, pois as autoridades públicas estão a serviço de Deus nesse trabalho de justiça. O Apóstolo Pedro vai complementar essa palavra, dizendo em I Pedro 2.13-17, que as autoridades enviam oficiais para castigar os que fazem o mal e honrar os que fazem o bem, sendo que é da vontade de Deus que nós calemos todos os que nos acusam por nossa fé, através da prática do bem. E que devemos tratar a todos com respeito e amar os irmãos em Cristo, e temer a Deus e respeitar o rei. Portanto, veja que a liberdade religiosa de anunciar o Evangelho é o grande projeto de Deus para seu povo desenvolver e estabelecer na sociedade diante do Estado e na Política, e por isso, somos chamados a interceder pelas autoridades. E também devemos ser reconhecidos pelo nosso respeito às autoridades para que todas elas saibam que nós não iremos causar desordem na ordem social, até porque Deus instituiu as autoridades para coibir o crime, proteger os bons e condenar os criminosos. A partir disso, será que existe algo mais que os Cristãos podem realizar na vida política da sociedade e diante do Estado, e perante as autoridades públicas para que tenhamos tranquilidade e paz, com liberdade para anunciar o Evangelho? Bem, os cristãos também podem votar de acordo com esses valores nas Eleições, apoiando candidatos comprometidos com esses interesses de Deus para o seu povo e para todas as sociedades dos homens. Pois os Cristãos precisam eleger candidatos que tenham esse valor, para que possamos dialogar com eles para resguardar esses princípios, e os cristãos também podem votar em cristãos chamados para a vida pública, que tenham esses valores, para que o propósito de Deus de paz e tranquilidade na sociedade seja estabelecido no mundo. O teólogo protestante João Calvino diz que os 10 mandamentos são governados por Deus na história com três propósitos: anunciar através de leis civis os valores santos de Deus, demonstrando que a humanidade está separada d´Ele e que somos pecadores, orientando o modo em que iremos precisar nos arrepender para que sejamos salvos; organizar e proteger a sociedade dos homens para que esta não seja destruída, num caos amoral sem limites e que só vai provocar a ira de Deus; e, orientar os cristãos sobre qual é a vontade de Deus, pois a correção dos mandamentos vai ser necessária por toda nossa vida, já que temos uma natureza rebelde que precisa receber a disciplina amorosa de Deus, dia a dia. Assim, devemos votar em pessoas da sociedade ou homens e mulheres cristãos vocacionados para a vida pública, que tenham os valores da liberdade religiosa e civil, e para que protejam os inocentes e condenem os criminosos; inclusive de maneira justa, sem exageros ou abusos nos julgamentos. E agora, será que esse mandamento e experiência do povo de Deus diante do Estado e da Política é algo novo, ou já ocorreu antes na história? Veja que nós lemos no livro de Daniel que o rei da Babilônia Nabucodonosor invadiu e saqueou Jerusalém, levando consigo famílias inteiras para suas terras, e ali escolheu jovens de conhecimento e inteligência para servi-lo na corte. E nesse grupo foram Daniel e três amigos, sendo que as histórias de Daniel giram ao redor do ano 600 a.C., quando foram preparados para atender ao rei, com diversos ensinamentos, ao mesmo tempo em que se resguardavam, cuidando para não se contaminar com os costumes daquela nação. Sendo que quando o Rei os chamava e ouvia as orientações de Daniel e seus amigos, o rei dizia que eles eram dez vezes melhores que os outros conselheiros do reino. Até que o Rei teve um sonho e pediu aos astrólogos e sábios que dissessem o que ele havia sonhado, mas, no entanto, eles queriam saber o sonho antes, para interpretar depois; mas, o rei queria que eles dissessem qual havia sido o sonho, primeiro... Então, o rei fez um decreto para matar todos os conselheiros da corte, e quando Daniel soube disso, ele foi imediatamente falar com o rei, e pediu um tempo para comunicar o significado do sonho ao rei. E foi assim que Deus acabou revelando o sonho para Daniel, e ele falou ao Rei o significado, e assim Nabucodonosor fez de Daniel uma autoridade e não matou os conselheiros todos da corte. Um século e décadas mais tarde, quando a Babilônia havia sido conquistada pelos persas, o rei Xerxes Assuero sentiu-se desonrado pela esposa e houve a busca de uma nova esposa para o rei no império. Havia um judeu chamado Mardoqueu, que era da tribo de Benjamim e havia sido levado de Jerusalém pelo antigo rei Nabucodonosor, que tinha uma bela e jovem prima chamada Ester. O encarregado de procurar uma esposa para o rei viu Ester e ficou encantado com sua beleza, e a colocou numa casa que estava preparando as moças que o rei iria conhecer, sendo que Mardoqueu avisou a Ester para não dizer que ela era do povo de Israel. O Rei se agradou de Ester e a coroou sua rainha, sendo que numa ocasião mais tarde, havia uma traição preparada contra o rei, que Mardoqueu descobriu e denunciou, e o rei foi liberto. Numa outra ocasião, um oficial do rei chamado Hamã foi promovido a autoridade sobre todos os nobres, e eles se curvavam quando ele passava, menos Mardoqueu; então Hamã fez um decreto para que fossem mortos todos os que não honrassem às ordens do rei, e assim, todo o povo de Israel seria assassinado. Olha o que Hamã disse ao rei: "Há certo povo espalhado por todas as provincías de seu império que se mantém separado dos demais. Eles tem leis diferentes das leis dos outros povos e não obedecem às leis do rei. Portanto, não é do interesse do rei deixar que vivam." (Ester 3.8). Mardoqueu soube da situação, jejuou e vestiu um pano de saco e colocou cinzas na cabeça, para mostrar a sua desgraça e de seu povo, e enviou uma mensagem para que Ester intercedesse pelo povo perante o rei, dizendo a ela: “Quem sabe não foi justamente para uma ocasião como esta que você chegou à posição de rainha?” (Ester 4.14). No entanto, todos sabiam que se alguém entrasse na presença do rei sem ser chamado, seria morto! Então, Ester pediu que o povo de Deus orasse e jejuasse três dias e aí ela iria até o rei. Assim se fez, e ela foi até o rei, e ali foi ouvida, sendo que o povo de Deus teve a oportunidade de se defender e atacar os que desejavam mata-los, já que o primeiro decreto do rei não poderia ser desfeito. O apóstolo Paulo viajou por todo o império romano no primeiro século, e abriu igrejas em diversas localidades, até voltar para Jerusalém e começar a pregar sobre Jesus, o Messias. Por esse motivo, ele foi preso pelas autoridades religiosas e entregue aos soldados romanos, que iam chicotea-lo; até que Paulo falou ao comandante que ele era um cidadão romano, e que não deveria ser condenado sem julgamento. O comandante foi a seu oficial e ambos e os soldados ficaram preocupados com a situação, e foi feito um julgamento diante dos fariseus e saduceus; sendo que houve uma confusão provocada por Paulo, usando as diferenças sobre doutrinas dos fariseus e saduceus, até que Paulo foi retirado da reunião. Depois, ao saber que seria morto numa emboscada, Paulo avisou ao comandante e assim, ele foi enviado para Cesareia com uma escolta romana, e ali ficou dois anos falando com o Governador Felix sobre as Escrituras; até que veio um novo Governador, Festo, que como desejava ficar de bem com as autoridades religiosas, iria levar Paulo para ser julgado novamente em Jerusalém. Mas, nesta ocasião Paulo apelou para César, para ser ouvido em Roma, e recebeu sua resposta de Festo: “Muito bem, você apelou a Cesar, então irá para Cesar” (Atos 25.12). E assim Paulo não foi morto, e após anunciar o Evangelho ao rei Agripa junto de Festo, acabou sendo levado até Roma e ali ficou preso, vindo a escrever boa parte das cartas que lemos hoje na Bíblia. E ainda, nós podemos observar a Providência e o Governo de Deus na história acerca de situações relacionadas ao Estado e Política, através da vida de José, que foi traído pelos irmãos e vendido aos midianitas, abandonado por Potifar e esquecido pelo chefe dos copeiros na prisão... até que José revelou ao Faraó o significado dos sonhos que ele tinha sobre a nação, e orientou como ele deveria governar o período de dificuldades que viria sobre o Egito. E assim, o Faraó fez de José o Governador do Egito, sendo que sobre toda essa situação, José falou aos irmãos; “Deus me enviou à frente de vocês para lhes preservar um remanescente nesta terra e para salvar-lhes a vida com grande livramento”. Vejam que “vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos” (Gênesis 45.5 e 50.20). Então, observe que o Povo de Deus sempre teve proximidade com as Autoridades de Governos que dominavam Israel ou não eram um governo de Israel, porque eles estavam em outras terras; como o Egito, Babilônia e no Império Romano. Mas, nessas ocasiões, o povo de Deus orava por oportunidades e segurança, e buscava dialogar com as autoridades para que houvesse justiça e liberdade religiosa, sendo que enquanto isso acontecia, alguns deles se tornaram autoridades destas sociedades; pois Daniel era uma espécie de Ministro de Estado, e Ester era uma Rainha com autoridade no império, e José se tornou Governador, enquanto Paulo utilizava os benefícios de ser cidadão de um governo que gostava de manter a ordem no império, para se proteger dos que queriam mata-lo. Veja que em cada uma dessas ocasiões, o povo de Deus orou e conversou com as Autoridades, e também assumiu postos de autoridade, para trazer paz e tranquilidade ao povo de Deus, e ainda, para abençoar com esses valores a toda sociedade de que faziam parte naquele período. Nesse sentido, a orientação de Paulo para nós hoje sobre as Eleições está relacionada aos propósitos de Deus para o Estado e a Política na história, sendo algo que Deus governa há mais de três mil anos; com o povo de Deus sendo chamado a interceder pelas Autoridades, dialogar com elas e assumir posições de autoridade para fazer justiça na sociedade, dando liberdade civil e religiosa ao povo de Deus e para todos os homens. Portanto, os cristãos devem assumir a sua responsabilidade nas Eleições sempre, e votar com sabedoria para que tenhamos paz, tranquilidade e justiça; pois Deus é Soberano!

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Meditação Dominical. UM SALMO DE DAVI.

TEXTO Bíblico: Salmo 86. "Ouve minha oração, ó Eterno! Responde-me! (...) Socorre teu servo, pois dependo de ti! Tu és meu Deus: tem misericórdia de mim! Conto contigo desde a manhã até à noite. Dá a teu servo uma vida feliz: eu me ponho em tuas mãos! (...) Presta atenção, ó Eterno, à minha oração! (...) Toda vez que estou com problemas, recorro a ti, certo de que me atenderás. (...) Ensina-me, ó Eterno, a andar como se deve, e seguirei teu caminho de verdade. Junta-me, coração e mente, e, inteiro, te adorarei com temor. Do fundo do meu coração agradeço a ti, querido Senhor; Nunca mantive segredo do que és capaz. (...) Então, olha-me nos olhos e mostra bondade, dá ao teu servo força para continuar, salva teu filho querido." MEDITAÇÃO. O pastor Tim Keller da Igreja Presbiteriana de Nova Iorque, escreveu o livro; Oração, experimentando intimidade com Deus. Ao falar da riqueza da oração dos cristãos, tomou uma poesia de G Herbert (1593-1633), utilizando imagens e figuras para expressar a profundidade desta experiência de comunhão e relacionamento com Deus. Vamos ler um pouco desta poesia: "Oração, banquete das igrejas, tempo de anjos, sopro de Deus no homem de volta ao nascimento (...) suavidade, e paz, e júbilo, e amor, e êxtase, maná exaltado, alegria superlativa, céu no prosaico, homem em belas vestes, (...) sinos de igreja que se ouvem além das estrelas, sangue da alma, terra de especiarias, algo compreendido". Agora, deixo a você a seguinte frase: Oração "é sopro de Deus no homem de volta ao nascimento". ORAÇÃO. Faça a leitura do Salmo que está no início desta Meditação pra começar a sua oração e então peça pra Deus abençoar situações da sua vida e seus pedidos. Bom Domingo! Autor. Ivan Santos Rüppell Júnior é Professor de Ciências da Religião e Teologia. (Referências: A Mensagem; Bíblia em Linguagem Contemporânea / Eugene H Peterson; supervisão Luiz Sayão - São Paulo: Editora Vida, 2011. Keller, Timothy. Oração: experimentando intimidade com Deus; tradução de Jurandy Bravo. - São Paulo: Vida Nova, 2016)