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a Espiritualidade do MILAGRE de Blade Runner 2049: FELIZ NATAL!

ALERTA de Spoiler! Alerta de SPOILER! Revelações do enredo de Blade Runner a caminho... Se você ainda não assistiu a BLADE RUNNER 2049, então, não continue lendo este texto... (mas já pode ler neste mesmo blog: a Espiritualidade no cinema: Sou gente, logo existo! Blade Runner 2049). Ufa. E agora, sigamos adiante com a Espiritualidade do Milagre de Blade Runner 2049. O maior acontecimento do maravilhoso filme do diretor Dennis Villeneuve está na incrível similaridade entre seu drama essencial e o drama universal da vinda até este mundo de Jesus de Nazaré. Pois o milagre de Blade Runner 2049 é nada mais, nada menos, que a ocorrência no mundo de um "nascimento" espetacular. Sim, isto mesmo. Falo aqui do nascimento da filha de Deckard (Harrison Ford) e Rachael (Sean Young), casal protagonista de Blade Runner, o caçador de andróides (1982), pois até então, os replicantes eram "seres" somente criados - jamais nascidos. Eis o interessante enredo que vêm à tona de modo surpreendente nesta sensacional continuação "Blade Runner", que tem Ryan Gosling como o protagonista Joe, o agente K. O nascimento milagroso da filha do casal vai tornar os Replicantes uma nova espécie, algo que os fará capazes de experimentar o que apenas os humanos conseguiam vivenciar, até então. Promessa futura que se torna uma realidade presente para os replicantes assim que conseguem "sentir" desde já as mais verdadeiras experiências humanas da infância da filha de Deckard e Young. Pois a Dra. Anna tornou-se a melhor "criadora" de memórias disponibilizadas às personalidades replicantes, tudo para que eles possam reagir adequadamente às diversas situações relacionais que terão junto dos humanos. E o que acontece a partir daí é que as memórias compartilhadas da infância da Dra. Anna tornar-se-ão um vislumbre das melhores experiências de vida que os replicantes irão começar a sonhar viver por si próprios um dia, pra valer. Tá entendendo? Loucura maior, é pouco. Ou será somente, sabedoria? Pois além de oferecer aos replicantes que nascerão no futuro, o seu próprio gene de um ser nascido para que eles consigam realmente existir como gente, um dia. O que Dra. Anna já proporciona aos replicantes desde agora são suas sinceras memórias infantis, as quais irão motivar esperançosamente os melhores anseios existenciais "replicantes" para o (bom) futuro que lhes aguarda. Eis a bela oportunidade vivencial "humano-replicante" compartilhada que é uma experiência existencial bastante próxima daquela que é igualmente oferecida pelo próprio nascimento de... Jesus, povo bom. Pois Jesus Cristo também nasceu como homem por aqui - exatamente para internalizar na espécie humana um estilo de vida lá dos céus. Ele veio trazer a este mundo e época as "memórias" da vida que sempre experimentou por lá, junto com Deus Pai. Uma realidade existencial relacional que a humanidade um dia já teve com a Pessoa de Deus, mas que foi (bem) perdida - há muito tempo atrás. Só que agora, Jesus está trazendo de volta! Eis a razão pela qual, da mesma forma que os "replicantes" se alegram nas memórias de infância (que nunca tiveram) da Dra. Anna, como se fossem as suas. De um jeito próximo, a humanidade olha para Jesus e se surpreende com as atitudes e palavras do seu jeito de "ser": experiências de vida que não conseguimos vivenciar por nós mesmos, jamais! E agora, José? Bem, acontece que uma das (boas) noticias do Evangelho de Jesus é exatamente a de que os homens irão receber o seu Espírito para experimentarem a vida da maneira como Ele a viveu! Quê é a mesma esperança que os replicantes de Blade Runner 2049 tem de se tornarem uma nova espécie existencial a partir da herança genético-robótica que Dra. Anna está lhes doando. É isso! Eis uma parábola existencial que esclarece (bastante) a realidade do que Jesus realiza em qualquer um que pretende espiritualmente recomeçar sua história - nascendo da água e do espírito, como se diz. Feliz Natal!

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