segunda-feira, 22 de abril de 2024

SÍMBOLOS DE FÉ. CITAÇÕES. Sem. Presb. do Sul. 2024.

Esse texto contém apenas citações de um livro dedicado ao conteúdo informativo sobre a história e temas teológicos da Igreja Presbiteriana do Brasil. Este resumo de citações é de uso exclusivo para utilização em aulas do SPS, no objetivo de definir contextos e entendimentos importantes acerca da Disciplina Símbolos de Fé de Westminster. "QUEM SOMOS. A Igreja Presbiteriana do Brasil - IPB - é uma federação de igrejas que tem em comum uma história, uma forma de governo, uma teologia, bem como um padrão de culto e de vida comunitária. Historicamente, a IPB pertence à família das igrejas reformadas ao redor do mundo, tendo surgido no Brasil em 1859, como fruto do trabalho missionário da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. Suas origens mais remotas encontram-se nas reformas protestantes suiça e escocesa, no século 16, lideradas por personagens como Ulrico Zuinglio, João Calvino e João Knox. O nome "igreja presbiteriana" vem da maneira como a igreja é administrada, ou seja, através de "presbíteros" eleitos pelas comunidades locais. (...) Quanto à sua teologia, a Igreja Presbiteriana do Brasil é herdeira do pensamento do reformador João Calvino (1509-1564) e das notáveis formulações confessionais (confissões de fé e catecismos) elaboradas pelos reformados do século 16 e 17. Dentre estas se destacam os documentos produzidos pela Assembléia de Westminster, reunida em Londres na década de 1640. A Confissão de Fé de Westminster, bem como os seus Catecismos Maior e Breve, são adotados oficialmente pela IPB como os seus símbolos de fé ou padrões doutrinários." (p. 9-10, Nascimento e Matos, 2007). "REFORMADOS. O presbiterianismo derivou da Reforma Protestante do século 16. Pouco depois que o protestantismo começou na Alemanha, sob a liderança de Martinho Lutero, surgiu uma segunda manifestação do mesmo no Cantão de Zurique, na Suiça, sob a direção de outro ex-sacerdote, Ulrico Zuinglio (1484-1531). Para distinguir-se da reforma alemã, esse novo movimento ficou conhecido como Segunda Reforma ou Reforma Suiça. O entendimento de que a reforma suiça foi mais profunda em sua ruptura com a igreja medieval e em seu retorno às Escrituras, fez com que recebesse o nome de movimento reformado e seus simpatizantes ficassem conhecidos simplesmente como "reformados". Inicialmente, o movimento reformado esteve mais ligado à pessoa de Zuinglio. Porém, com a morte prematura deste, o movimento veio a associar-se com seu maior teólogo e articulador, o francês João Calvino (1509-1564). (...) Portanto, o movimento reformado é o ramo do protestantismo que surgiu na Suiça, no século 16, tendo como líderes originais Ulrico Zuinglio, em Zurique, e João Calvino, em Genebra. (...) Até hoje, as igrejas ligadas a essa tradição no continente europeu são conhecidas como Igrejas Reformadas (da Suiça, França, Holanda, Hungria, Romênia e outros países). Porém, o termo reformado é mais que a designação de uma tradição teológica ou eclesiástica. É um conceito abrangente que inclui todo um modo de encarar a vida e o mundo a partir de uma série de pressupostos, dentre os quais se destaca a soberania de Deus." (p. 10-11). "CALVINISTAS. O calvinismo, como o nome indica, é o sistema de teologia elaborado pelo mais articulado e profundo dentre os reformadores, João Calvino. Esse sistema, contido especialmente na obra magna de Calvino, a Instituição da Religião Cristã ou Institutas, resulta de uma interpretação cuidadosa e sistemática das Escrituras, e tem como um de seus principais fundamentos a noção da absoluta soberania de Deus como criador, preservador e redentor. (...) Todo calvinista é reformado, mas nem sempre a recíproca é verdadeira." (p. 12). "PRESBITERIANOS. O termo presbiteriano foi adotado pelos reformados nas ilhas britânicas (Escócia, Inglaterra e Irlanda). Isso se deve ao contexto político-religioso em que o protestantismo foi introduzido naquela região, no qual a forma de governo da igreja teve uma importância preponderante. Os reis ingleses e escoceses preferiam o sistema episcopal, ou seja, uma igreja governada por bispos e arcebispos, o que permitia maior controle da igreja pelo Estado. Já o sistema presbiteriano, isto é, o governo da igreja por presbíteros eleitos pela comunidade e reunidos em concílios, significava um governo mais democrático e autônomo em relação aos governantes civis. Das Ilhas Britânicas, o presbiterianismo foi para os Estados Unidos e dali para muitas partes do mundo, inclusive o Brasil." (p. 12). "Em conclusão, ao dizermos que somos reformados, calvinistas e presbiterianos, ficam implícitos outros dois elementos igualmente importantes da nossa identidade (...) somos cristãos e somos evangélicos." (p. 13). "EUROPA CONTINENTAL. Logo após o início da carreira de Calvino, o movimento reformado começou a difundir-se em muitas regiões da Europa, notadamente na França, no vale do Reno (Alemanha e Países Baixos), no leste europeu e nas Ilhas Britânicas. (fatores de difusão: a imprensa divulgando as ideias teológicas de Calvino; o deslocamento de refugiados entre as nações; e a condição de Genebra, local em que "eram treinados (homens e mulheres) nos preceitos da fé reformada e retornavam aos seus países imbuídos das novas ideias.) (...) Em 1559, reuniu-se o primeiro sínodo da Igreja Reformada da França representando centenas de comunidades locais. Pela primeira vez, o presbiterianismo era organizado em âmbito nacional. Esse sínodo aprovou uma importante declaração da fé reformada, a Confissão Galicana. (em razão da proximidade, houve penetração no sul da Alemanha, sendo que "nos Países Baixos, a fé reformada surgiu inicialmente em Antuérpia, em 1555", sendo formadas mais 300 igrejas, que adotaram a "declaração de fé, a Confissão Belga, escrita por Guido de Brés em 1561"). (p. 19-20). "ILHAS BRITÂNICAS... Nessa região é que surgiu o outro nome histórico associado ao movimento: "presbiterianismo". Esse nome tinha ao mesmo tempo conotações teológicas e políticas. (Os reis da Escócia e Inglaterra desejavam uma igreja episcopal com liderança de bispos o que daria maior controle do Estado sobre a religião, enquanto os "reformados da Escócia e Inglaterra (buscavam) uma igreja governada por presbíteros, eleitos pelas congregações e reunidos em concílios, era uma reinvidicação de independência da igreja em relação ao poder público. Tal foi a origem histórica do termo "presbiteriano" ou "igreja presbiteriana".) (p. 20). "O PROTESTANTISMO REFORMADO FOI LEVADO PARA A ESCÓCIA POR GEORGE WISHART, que estudara na Suiça e foi morto na fogueira em 1546. As primeiras igrejas reformadas surgiram no final da década seguinte. Os eventos se precipitaram com o retorno do líder John Knox (1514-1572), que passou alguns anos em Genebra como refugiado, estudou aos pés de Calvino e regressou ao país em 1559. No ano seguinte, o Parlamento aboliu o catolicismo, adotou a fé reformada e criou uma igreja nacional presbiteriana. Sua declaração doutrinária ficou conhecida como Confissão Escocesa. (A Escócia presbiteriana foi governada pela Rainha Católica Maria Stuart entre 1561 e 1567, enquanto que os reis escoceses seguintes buscaram "impor o anglicanismo e perseguiram os presbiterianos - especialmente Carlos II, entre 1660-1685). "Somente em 1689 o presbiterianismo foi estabelecido definitivamente." (p. 20-21). "NA INGLATERRA, surgiram fortes influências reformadas e calvinistas durante o reinado de Eduardo VI (1547-1553). No reinado de Carlos I (1625-1649) ocorreu um evento marcante na história do presbiterianismo. Esse rei precisou convocar a eleição de um parlamento, o que, para sua surpresa, resultou em uma maioria parlamentar puritana. Dissolvido o parlamento, foi feita nova eleição, que tornou a maioria puritana ainda mais expressiva. Esse parlamento puritano convocou a célebre Assembléia de Westminster (1643-1648), que produziu os "padrões presbiterianos" de culto, governo e doutrina. Quando esses documentos foram aprovados pelo parlamento, a Igreja da Inglaterra deixou de ser episcopal e tornou-se presbiteriana. Porém, depois que Carlos II assumiu o trono em 1660, houve a restauração do episcopado e seguiram-se vários anos de repressão contra os presbiterianos. Com o tempo, os padrões de Westminster tornaram-se os principais documentos teológicos adotados pelas igrejas reformadas ao redor do mundo." (p. 21). "ESTADOS UNIDOS. O calvinismo chegou à América do Norte com os puritanos ingleses que se radicaram em Massachusetts no início do século 17. O primeiro grupo fixou-se em Plymouth em 1620 e o segundo fundou as cidades de Salem e Boston em 1629-1630. Nas décadas seguintes, mais de 20 mil puritanos cruzaram o Atlântico em busca de liberdade religiosa e novas oportunidades. Todavia, esses calvinistas optaram pela forma de governo congregacional, e não pelo sistema presbiteriano. A Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos foi criada pelos escoceses-irlandeses que emigraram em grande número para a América do Norte no século 18, e pelos seus descendentes. O primeiro presbitério surgiu em 1706 e o primeiro sínodo em 1717, ambos em Filadélfia, na Pensilvânia. Finalmente, em 1789 foi organizada a Assembléia Geral da nova denominação. Os presbiterianos foram um dos grupos mais destacados na luta pela independência da nova nação... Outros grupos reformados que se estabeleceram nos Estados Unidos foram holandeses, alemães e franceses. (A guerra civil trouxe divisão para a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, surgindo a igreja do norte, PCUSA e a igreja do sul, PCUS. "Os missionários pioneiros dessas duas igrejas chegaram ao Brasil respectivamente em 1859 (Ashbel G. Simonton) e em 1869 (Edward Lane e George Nash Morton)." (p. 21-22). "NOSSOS SÍMBOLOS DE FÉ (...) A Confissão foi aprovada pelo Parlamento somente em 1648, com o seguinte título: "Artigos da religião cristã, aprovados e sancionados por ambas as casas do Parlamento, segundo o conselho da Assembléia de teológos ora reunida em Westminster por autoridade do Parlamento". (...) Como declaração da doutrina reformada e como afirmação do calvinismo do século 17, a Confissão de Fé é um documento extremamente moderado e judicioso. O autor William Beveridge concluiu: "Devemos agradecer a Deus por essa declaração sábia, completa e equilibrada de nossa fé, que chegou até nós como uma preciosa herança da Assembléia de Westminster." Com o auxílio dos escoceses, as forças parlamentares lideradas por Oliver Cromwell esmagaram o rei Charles e seus exércitos. Cromwell e o exército inglês eram partidários do congregacionalismo; assim sendo, os presbiterianos foram expulsos do Parlamento em 1648. O rei foi decapitado na Torre de Londres em janeiro de 1649, sendo então criada a Comunidade (Commonwealth), tendo Cromwell como Lorde Protetor da Inglaterra e da Escócia. Cromwell morreu em 1658 e dois anos depois foi restaurada a monarquia, com Carlos II no trono dos dois países. O episcopado foi restaurado, sendo aprovadas rígidas leis que impunham submissão ao governo e ao culto da Igreja da Inglaterra. Cerca de dois mil ministros presbiterianos foram expulsos de suas igrejas e residências. Seguiu-se um longo período de intolerância e cerceamento. Somente no século 19 foi organizada a Igreja Presbiteriana da Inglaterra (1876). Na Escócia, os Padrões de Westminster foram prontamente adotados pela Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana, substituindo os antigos documentos que vinham desde a época de John Knox. Isso é notável se lembrarmos que a Assembléia de Westminster era composta de 121 ministros puritanos ingleses e apenas quatro ministros escoceses. Os presbiterianos escoceses agiram assim por causa dos méritos intrínsecos dos Padrões de Westminster e em especial devido ao seu desejo de promover a unidade entre os presbiterianos das Ilhas Britânicas. Através da imigração e do esforço missionário dos presbiterianos escoceses, esses padrões foram levados para a Irlanda do Norte, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Brasil e muitos outros países ao redor do mundo." (p. 74). "RELEVÂNCIA ATUAL. A Confissão de Fé de Westminster é considerada uma das melhores e mais equilibradas exposições da fé reformada. Suas definições doutrinárias foram cuidadosamente elaboradas por alguns dos homens mais cultos e piedosos do século 17... Temos de reconhecer que a maior parte das suas formulações continuam plenamente válidas para os dias atuais. Embora seja um documento muito importante e valioso para os reformados, ela não está no mesmo nível das Escrituras, ficando subordinada à mesma. Que essas considerações estimulem os leitores a conhecer melhor esse documento histórico que é parte essencial da nossa identidade presbiteriana." (p. 73-74). NASCIMENTO, Adão Carlos, e MATOS, Alderi Souza de. O que todo presbiteriano inteligente deve saber. Santa Bárbara do Oeste, SP : SOCEP Editora, 2007. Autor. Ivan S R Jr é professor do Seminário Presbiteriano do Sul, extensão Curitiba, e ministro da IPB, atuando na gestão de ações sociais de igrejas. RESENHA TEMÁTICA. "A Igreja Presbiteriana do Brasil - IPB - é uma federação de igrejas que tem em comum uma história, uma forma de governo, uma teologia, bem como um padrão de culto e de vida comunitária. Historicamente, a IPB pertence à família das igrejas reformadas ao redor do mundo, tendo surgido no Brasil em 1859, como fruto do trabalho missionário da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. (...) O presbiterianismo derivou da Reforma Protestante do século 16. Pouco depois que o protestantismo começou na Alemanha, sob a liderança de Martinho Lutero, surgiu uma segunda manifestação do mesmo no Cantão de Zurique, na Suiça, sob a direção de outro ex-sacerdote, Ulrico Zuinglio (1484-1531). Para distinguir-se da reforma alemã, esse novo movimento ficou conhecido como Segunda Reforma ou Reforma Suiça. O entendimento de que a reforma suiça foi mais profunda em sua ruptura com a igreja medieval e em seu retorno às Escrituras, fez com que recebesse o nome de movimento reformado e seus simpatizantes ficassem conhecidos simplesmente como "reformados". (...) O calvinismo... é o sistema de teologia elaborado (por)... João Calvino. Esse sistema... resulta de uma interpretação cuidadosa e sistemática das Escrituras, e tem como um de seus principais fundamentos a noção da absoluta soberania de Deus como criador, preservador e redentor. (...) O termo presbiteriano foi adotado pelos reformados nas ilhas britânicas (Escócia, Inglaterra e Irlanda). Isso se deve ao contexto político-religioso em que o protestantismo foi introduzido naquela região, no qual a forma de governo da igreja teve uma importância preponderante. (...) Logo após o início da carreira de Calvino, o movimento reformado começou a difundir-se em muitas regiões da Europa, notadamente na França, no vale do Reno (Alemanha e Países Baixos), no leste europeu e nas Ilhas Britânicas. (fatores de difusão: a imprensa divulgando as ideias teológicas de Calvino; o deslocamento de refugiados entre as nações; e a condição de Genebra, local em que "eram treinados (homens e mulheres) nos preceitos da fé reformada e retornavam aos seus países imbuídos das novas ideias.) (...) As primeiras igrejas reformadas surgiram no final da década seguinte (década de 1550, na Escócia). Os eventos se precipitaram com o retorno do líder John Knox (1514-1572), que passou alguns anos em Genebra como refugiado, estudou aos pés de Calvino e regressou ao país em 1559. No ano seguinte, o Parlamento aboliu o catolicismo, adotou a fé reformada e criou uma igreja nacional presbiteriana. Sua declaração doutrinária ficou conhecida como Confissão Escocesa. (...) Na Inglaterra, surgiram fortes influências reformadas e calvinistas durante o reinado de Eduardo VI (1547-1553). No reinado de Carlos I (1625-1649) ocorreu um evento marcante na história do presbiterianismo. Esse rei precisou convocar a eleição de um parlamento, o que, para sua surpresa, resultou em uma maioria parlamentar puritana. Dissolvido o parlamento, foi feita nova eleição, que tornou a maioria puritana ainda mais expressiva. Esse parlamento puritano convocou a célebre Assembléia de Westminster (1643-1648), que produziu os "padrões presbiterianos" de culto, governo e doutrina. Quando esses documentos foram aprovados pelo parlamento, a Igreja da Inglaterra deixou de ser episcopal e tornou-se presbiteriana. Porém, depois que Carlos II assumiu o trono em 1660, houve a restauração do episcopado e seguiram-se vários anos de repressão contra os presbiterianos. Com o tempo, os padrões de Westminster tornaram-se os principais documentos teológicos adotados pelas igrejas reformadas ao redor do mundo." (...) O calvinismo chegou à América do Norte com os puritanos ingleses que se radicaram em Massachusetts no início do século 17. O primeiro grupo fixou-se em Plymouth em 1620 e o segundo fundou as cidades de Salem e Boston em 1629-1630. Nas décadas seguintes, mais de 20 mil puritanos cruzaram o Atlântico em busca de liberdade religiosa e novas oportunidades. (...) A Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos foi criada pelos escoceses-irlandeses que emigraram em grande número para a América do Norte no século 18, e pelos seus descendentes. O primeiro presbitério surgiu em 1706 e o primeiro sínodo em 1717, ambos em Filadélfia, na Pensilvânia. Finalmente, em 1789 foi organizada a Assembléia Geral da nova denominação. Os presbiterianos foram um dos grupos mais destacados na luta pela independência da nova nação... Outros grupos reformados que se estabeleceram nos Estados Unidos foram holandeses, alemães e franceses. (A guerra civil trouxe divisão para a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, surgindo a igreja do norte, PCUSA e a igreja do sul, PCUS. "Os missionários pioneiros dessas duas igrejas chegaram ao Brasil respectivamente em 1859 (Ashbel G. Simonton) e em 1869 (Edward Lane e George Nash Morton)." (...) A CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER foi aprovada pelo Parlamento somente em 1648, com o seguinte título: "Artigos da religião cristã, aprovados e sancionados por ambas as casas do Parlamento, segundo o conselho da Assembléia de teológos ora reunida em Westminster por autoridade do Parlamento". (...) Como declaração da doutrina reformada e como afirmação do calvinismo do século 17, a Confissão de Fé é um documento extremamente moderado e judicioso. O autor William Beveridge concluiu: "Devemos agradecer a Deus por essa declaração sábia, completa e equilibrada de nossa fé, que chegou até nós como uma preciosa herança da Assembléia de Westminster." Com o auxílio dos escoceses, as forças parlamentares lideradas por Oliver Cromwell esmagaram o rei Charles e seus exércitos. Cromwell e o exército inglês eram partidários do congregacionalismo; assim sendo, os presbiterianos foram expulsos do Parlamento em 1648. (...) Na Escócia, os Padrões de Westminster foram prontamente adotados pela Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana, substituindo os antigos documentos que vinham desde a época de John Knox. Isso é notável se lembrarmos que a Assembléia de Westminster era composta de 121 ministros puritanos ingleses e apenas quatro ministros escoceses. Os presbiterianos escoceses agiram assim por causa dos méritos intrínsecos dos Padrões de Westminster e em especial devido ao seu desejo de promover a unidade entre os presbiterianos das Ilhas Britânicas. Através da imigração e do esforço missionário dos presbiterianos escoceses, esses padrões foram levados para a Irlanda do Norte, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Brasil e muitos outros países ao redor do mundo." (...) A Confissão de Fé de Westminster é considerada uma das melhores e mais equilibradas exposições da fé reformada. Suas definições doutrinárias foram cuidadosamente elaboradas por alguns dos homens mais cultos e piedosos do século 17... ela não está no mesmo nível das Escrituras, ficando subordinada à mesma. Que essas considerações estimulem os leitores a conhecer melhor esse documento histórico que é parte essencial da nossa identidade presbiteriana." FIM.

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