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'SAVING MR. BANKS'. Walt Disney produz Mary Poppins, no CINEMA!

'Walt nos Bastidores de Mary Poppins' é o título nacional do interessante filme "Saving Mr. Banks" (2013), do diretor John Lee Hancock, com Emma Thompson e Tom Hanks. O filme foi produzido no padrão estético dos clássicos hollywoodianos para retratar o período de ouro das décadas de 1940/60 do cinema. Assim, somos levados a conhecer o interior das produçoes de cinema, enquanto seguimos o cineasta Walt Disney produzindo o roteiro baseado no livro 'Mary Poppins', da autora australiana Pamela Lyndon Travers. E como ocorre no livro, o filme transmite temas valiosos da vida a partir de um conceito central: a sensibilidade consciente do ser humano - que é um dos dons que capacitam nossa personalidade para uma existência maravilhosa no mundo. Até porque, a marca do cinema de Walt Disney foi gerar a experiência da sensibilidade no coração de milhares de espectadores, de todas as idades. Walt Disney criou em filmes e desenhos clássicos aqueles contatos virtuosos das pessoas, em encontros estabelecidos através de uma convivência a partir de valores do coração. Experiência virtuosa que ocorre com todos que se dedicam a desenvolver as relações familiares e o coleguismo profissional no trabalho, como vemos no filme. O próprio enredo de 'Saving Mr. Banks' apresenta com talento o tema central da convivência construída por virtudes relacionais, vindo a demonstrar as maneiras em que o desânimo e o rancor de Pamela, e a vaidade e superficialidade de Walt são tratados na história. Algo que vai quebrantar suas personalidades, e surge no filme quando ambos se obrigam a ficar conectados, já que os dois precisam um do outro para alcançar seus objetivos. E acerca da espiritualidade da sensibilidade da humanidade, existe um princípio da vida que foi destacado pelo teólogo anglicano John Sttot. Ele explica que a criação da humanidade traz fundamentos importantes da existência do ser, a partir do texto bíblico, que diz como Deus "criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou", (Gênesis 1.27). Para Stott, a imagem de Deus na humanidade "se refere a todas aquelas qualidades ou capacidades humanas que nos diferenciam dos animais e nos aproximam de Deus (...) a primeira delas é que, como seres humanos, somos racionais e temos consciência de nós mesmos (...) a quarta é que somos seres sociais, capazes de estabelecer com outras pessoas relacionamentos verdadeiros de amor, pois Deus é amor e, ao nos fazer à sua imagem, ele nos deu a capacidade de amá-lo e de amar aos outros." (p. 18, 2007). É isso! A maravilhosa personalidade sensível da humanidade ganha no filme 'Saving Mr. Banks', um retrato valioso do modo em que as pessoas criadas por Deus tem a condição de vivenciar experiências transformadoras da personalidade. Algo que ocorre no filme quando diversos personagens se permitem ser tocados e assim transformados pelo olhar e sensações uns dos outros. E ainda, podemos aproveitar momentos tocantes no filme através da composição das músicas de 'Mary Poppins'. As canções tomam forma a partir dos sentimentos da autora e do talento dos músicos, numa experiência compartilhada sobre como propor o conteúdo sensível do livro no filme. Um encontro de sucesso a partir da convivência entre eles, sendo algo que a dedicação aos relacionamentos irá oferecer a todos nós. Bom filme! autor. Ivan S Rüppell Jr é professor de ciências da religião e autor do livro, Resenhas espirituais de meditações cinematográficas, editora dialética, 2020. Referências. Stott, John. A bíblia toda o ano todo. trad. Jorge Camargo, Editora Ultimato, MG, 2007.

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