sexta-feira, 6 de outubro de 2017

a Espiritualidade da CRIAÇÃO da Humanidade: MÃE! com Jennifer LAWRENCE

"No princípio, Deus criou o céu e a terra (...) Deus disse: "Luz!". E a luz apareceu." O filme MÃE! (MOTHER! 2017) é a maior alegoria explicativa das origens existenciais espirituais da CRIAÇÃO do mundo e das razões da PAIXÃO de Cristo que já se viu neste planeta, cinematográfico. Pois afinal, se você nunca entendeu porque Jesus de Nazaré foi torturado até morrer na cruz como a maior consequência dos pecados praticados pela humanidade "com" este mundo; bem, agora, já dá pra começar a saber o tamanho do problema. O diretor Darren Aronofsky já está jogando no time dos autores cinematográficos Roman POLANSKI e Stanley KUBRICK, e com mais uns dois filmes deste naipe ele pode vestir a camisa de titular pra sempre. A técnica cinematográfica como um método autoral que desenvolve a história enquanto muito aprofunda seu drama sempre foi uma tensão narrativa em Polanski e uma inovação constante em Kubrick - e Aronofsky realizou um filme digno e de boa qualidade dentro desta perspectiva artística. Acerca da visão espiritual do enredo do filme, trago o título e um pouco do texto da crítica de cinema Isabela Boscov (Revista VEJA): "No Tumulto da Criação - Estranho, atormentado, extenuante e também formidável: em MÃE!, o diretor Darren Aronofsky ancora na estupenda atuação de Jennifer Lawrence uma alegoria de Gênesis (...) do paraíso que Mãe está moldando para Deus à chegada de Adão e Eva, à tentação do fruto proibido... e à queda do homem, avançando pelo nascimento de Cristo e pela literalidade com que seu sangue e sua carne são consumidos." E o filme segue mesmo por aí, gente. Pois antes e além das particulares visões existenciais do diretor, que são totalmente outras - o fato é que até noventa por cento de MÃE! apresenta a real história (inicial) do mundo segundo a verdade judaico-cristã espiritual da humanidade. Algo que o enredo realiza de uma maneira jamais antes contada, pois é com explosiva intensidade que aproxima temas cosmológicos profundos do mais simplório cotidiano habitual da vida de qualquer um de nós: nossos lares. E mesmo que os 10 minutos finais do filme logo adiante ao nascer do sol, pouco ou nada tenham a ver com o que se sabe de saudáveis espiritualidades - não dá para negar que a conclusão do diretor é digna da torrente de ideias e sensações que ele ousou pensar (filmar) neste estupendo drama que merece, sim, ser assistido. Mas só por adultos, e daqueles bem tranquilos. O negócio é que pra bem representar sua peculiar visão da mais universal história cosmológica dos homens, Aronofsky decidiu "encarnar" na vida cotidiana de um casal afastado das metrópoles sua "simplória" narração objetiva do Alfa e Ômega espiritual da eternidade. Pois na história de MÃE!, embora o Deus bíblico pareça surgir aqui e acolá na pessoa e atitudes da própria, tal perspectiva não se faz a única do filme, não. Isto porque o filme A CABANA, que tão bem resgatou a Trindade divina pra humanidade, torna possível (bem) perceber que a pretensa Mãe natureza do filme, em verdade mesmo, é o próprio Jesus. Ele que tão bem anunciado foi, pelo filósofo e evangelista João, logo no primeiro século: "Antes de tudo, havia a Palavra, a Palavra presente em Deus (...) A Luz da vida brilhou nas trevas; e as trevas nada puderam fazer contra a luz." E olhe que em MÃE!, Deus disse "Luz!", já criando vida no planeta, não apenas uma, mas por duas vezes. E em ambas as situações a luz surge, logo iluminando e se encarnando, assim como o Filho único de Deus na terra, Jesus de Nazaré. Mas se o Deus da Trindade está no filme, a humanidade também não poderia faltar, e esta toma vida em todos os seus tipos e caras no restante do elenco, como se fora uma torre de Babel arruaceira que aparece de todos os lados e buracos pra confundir até a alma dos (cada vez mais) atentos espectadores, no cinema. Em meio a tamanha confusão existencial, eis que a corrupção da vida da humanidade logo provoca, claro, uma urgente chegada do Apocalipse ao nosso mundo (lar da Mãe), posto que a Ira divina (bíblica) reage, sim, à toda corrupção (pecado) dos homens. Juízo eternal que fará todo mal recair exatamente sobre o Filho. Eis a Paixão, então, que significa sofrimento. Tudo no objetivo de que os seres humanos tenham, ainda e sempre, um salvador para eles! Pois quando seu próprio redentor morre, logo lhes oferecendo, assim, a sua própria carne e sangue - então eles próprios já não precisam mais morrer por si mesmos, tá entendendo? Eis a razão pela qual Mel GIBSON pode estar muito bravo (ou então, feliz demais) pela chegada ao cinema deste A Paixão de Cristo 2: MÃE!, que apresenta de novo, como nunca se viu antes, o texto espiritual mais famoso da história da eternidade: "Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna." Boa meditação!

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