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Feliz ANO NOVO! a Espiritualidade da PALAVRA do Homem

"Seja homem, meu filho, tenha palavra.", assim dizia meu pai. E foi a partir de princípios como este que a humanidade buscou progredir pelo século 20 até a década de 1990. Mas eis que o século 21 trouxe consigo a metamorfose ética opcional que arruína relacionamentos até o fim, deles próprios, e da gente também. Ou seja, esse negócio de ter palavra é sério demais pra iniciar um novo ano sem sequer pensar nisso. Um valor da vida que importa muito pra Espiritualidade da humanidade, pois é uma orientação ética labial que esclarece direitinho em qual estrada existencial iremos caminhar: "Quando você disser "sim", que seja de fato, sim. E quando você disser "não", que seja simplesmente não, já afirmava o Profeta Jesus. Algo que não é tão simples assim de fazer dar certo, pois uma pessoa pode dizer "sim, sim", quando na verdade está vivenciando um gritante "não", na situação. Pois embora a boca fale do que vai no coração, vai então, que o coração do cidadão está bastante cheio só de mentiras? Eis o motivo que transforma alguns "sins" em verdadeiros "nãos", e vice-versa. Complexidade humana que faz até aparelhos detetores de mentiras não se preocuparem tanto com as palavras, mas sim, olharem mais para as sensações dos nervos do cidadão, pois são estes que revelam a "realidade" da aparente verdade do que se diz. A partir disso, amigos, parece que um (bom) desafio da Espiritualidade da Palavra do Homem é de que aquilo que falamos acolá se torne, também, aquilo que somos pra cá. E daí pra melhor. O princípio é de que deve existir uma ética das palavras cada vez mais compromissada com a verdade dos interesses reais da vida da gente, mesmo que aquilo que surge na questão possa até revelar algo complicado e ruim. Pois mais vale uma só pessoa vivendo na alma da gente do que dois seres confusos brigando por espaço no nosso espírito. Veja que aquele que decide ser uma pessoa una em si mesmo, mantendo palavras e ações correspondendo enquanto vive, fará algo de bom tanto ao próximo como também pra si mesmo, no fim das contas. Afinal, alguém que ensina sua alma a continuamente contrariar suas próprias palavras, acaba por tornar-se seu maior inimigo vivencial, pois aprende eticamente a não ser fiel nem consigo mesmo. Eis aquele momento existencial em que se descobre que se a luz que há em ti são trevas, em quão densas trevas você vive, tá entendendo? Mas não precisa ser assim, de verdade, pois o princípio espiritual que melhor ensina os homens a se relacionarem com Deus, também irá nos fazer encontrar a nós mesmos, afinal. Pois quando o Profeta Jesus afirma que somente irão enxergar a Deus aqueles que d´Ele se aproximam em "espirito e verdade", trata exatamente daqueles que se achegam pra falar com o divino trazendo com sinceridade a sua real pessoa interior pra conversar. Bem, eis um desafio que requer ser enfrentado se olhando no espelho, pra bem começar. Pois as nossas múltiplas personalidades éticas podem deixar as pessoas confusas e até engana-las por algum (bastante) tempo. Mas o pior ainda está por vir, pra valer, pois jamais seremos alguém por aí, se não formos uma pessoa única por aqui, conosco mesmos. A sinceridade existencial de alguém consigo próprio é o primeiro passo de uma espiritualidade humanoide saudável e digna do nome. E somente da decente e consequente Palavra dita é que surgirá uma personalidade humana plena de coerência existencial. Daí que o mais importante provérbio ético espiritual pra dar (bom) rumo à existência humana permanece o mesmo, de novo: que a nossa palavra seja sempre Sim, e sim, ou não, e Não; e pronto - pois tudo que passar disso vêm do maligno, tá louco! Cuide-se então, pois não é somente o peixe que morre pela boca. E que venha logo um novo 2018. Palavra de escoteiro!

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