Pular para o conteúdo principal

a Espiritualidade da LUZ NA ESCURIDÃO, no Cinema: Guerra Mundial Z

Guerra Mundial Z é uma aula de como contar uma história ou escrever um roteiro, já que as sucessivas reviravoltas do enredo mantém o tema principal enquanto elevam o suspense e aumentam nosso interesse na narrativa, até que o filme acaba exatamente assim que surge a solução do problema. Perfeito. Um filme de suspense e ficção científica que surpreende pela força dramática das sensações, envoltas em ação e aventuras dignas de um bom MI, sem se perder na alegoria "zumbi" que atinge outras obras do tema. (2013, de Marc Foster, com Brad Pitt). Segue a sinopse: "Uma terrível e misteriosa doença se espalha pelo mundo, transformando as pessoas em uma espécie de zumbis. A velocidade do contágio é impressionante e logo o Governo americano recruta um ex-investigador da ONU para investigar o que pode estar acontecendo e assim salvar a humanidade, tendo em vista que as previsões são as mais catastróficas possíveis. Gerry Lane (Brad Pitt)... precisa percorrer o caminho inverso da contaminação para tentar entender as causas ou, ao menos, identificar uma maneira de conter o contágio até que se descubra uma cura antes do apocalipse." (site: adorocinema). A Espiritualidade de "Guerra Mundial Z" é aquela que observa a raça humana respirando ares limitados e experimentando sensações diminutas enquanto luta pra sobreviver, sem realizações permanentes e muita insatisfação emocional. Sim, somos zumbis vivenciais num mundo "em trevas" devido ao modo em que todas as grandes conquistas e conhecimento adquiridos do passado não redundam em prosperidade existencial pra geração, da humanidade. Uma desgraça! Nesse contexto, os zumbis salivantes e vorazes que se jogam ansiosos em busca do sangue (vida) saudável que parece existir no restante da raça são a boa representação cinematográfica de uma realidade angustiante de todas as épocas. Daí que oferecer "luz" nas trevas ou "água" no deserto para a alma da espécie se tornou uma mensagem das Religiões desde sempre, prometendo que religar os homens junto de Deus vai trazer pra terra de uma vez por todas, o que aqui só se encontra fugaz e brevemente: vida! Pensando cá a partir da tradição ocidental, o Apóstolo São Paulo utiliza uma frase inquietante pra anunciar a maneira em que Deus está visitando a alma "zumbi" angustiada (irritada) da nossa gente. Dá uma olhada: "Pois Deus, que disse "Haja luz na escuridão", é quem brilhou em nosso coração, para que conhecêssemos a glória de Deus na face de Jesus Cristo." (2 Coríntios 4.6). O comentário que segue é de John Stott: "Assim como na criação a luz resplandeceu das trevas, na nova criação Deus mesmo resplandece em nossos corações. A regeneração é um ato criador divino tanto quanto a ordem original de Deus na criação." Nossa! E eu que pensei que todo o caos da história já tinha sido resolvido na primeira declaração dada no planeta; quando "então Deus disse: "Haja luz", e houve luz." (Gênesis 1.3). Só que não! A zumbilândia voltou pra valer com Adão e Eva no pecado original. Que horror! Mas, nem tudo está perdido. Da mesma maneira em que Deus Pai colocou ordem no cosmos caótico sem céus e firmamento, sem águas e terras, numa época em que nem dia e noite, ou luz e escuridão haviam pra alguma história contar; eis que até hoje, Ele continua falando na Religião sobre a luz que vinda ao mundo alumia todo homem! Paulo apóstolo conclui o digno tema: "Deus faz seu apelo por nosso intermédio. Falamos em nome de Cristo quando dizemos: "Reconciliem-se com Deus!" (2 Coríntios 5.20). Pronto. Missão dada, missão cumprida. A Reconciliação da Religião que faz a boa Religação entre homens e Deus chegou trazendo Luz nas trevas da humanidade! Pois a "história" acaba quando a solução se realiza, o que também nos ajuda a entender porque a vinda de Jesus Cristo ao mundo é conhecida como a plenitude dos tempos. Bom filme!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

SÍMBOLOS DE FÉ DA IPB. Aula 2. Teologia e Contexto Histórico.

Esse texto tem objetivo didático na disciplina de Símbolos de Fé no Seminário Presbiteriano do Sul extensão Curitiba. Daí a utilização de resumos e citações mais longas no interesse de oferecer aos alunos o conteúdo apropriado para o entendimento necessário aos debates e explanações em aula. CONTEÚDO de Aula: CONTEXTO HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO DOS SÍMBOLOS DE FÉ DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL. TEOLOGIA REFORMADA. "Trata-se da teologia oriunda da Reforma (calvinista) em distinção à luterana. O designativo "reformada" é preferível ao calvinista... considerando o fato de que a teologia reformada não provém estritamente de Calvino." (Maia, p. 11, 2007). OS CREDOS E A REFORMA. "Os credos da Reforma são as confissões de fé e os catecismos produzidos nesse período ou sob sua inspiração teológica. Os séculos 4 e 5 foram para a elaboração dos credos o que os séculos 16 e 17 foram para a feitura das confissões e dos catecismos. A razão parece evidente: na Reforma, as...

SÍMBOLOS DE FÉ. Aula 5. IPB.

Esse texto contém apenas citações de um livro dedicado ao conteúdo informativo sobre a história e temas teológicos da Igreja Presbiteriana do Brasil: NASCIMENTO, Adão Carlos, e MATOS, Alderi Souza de. O que todo presbiteriano inteligente deve saber. Santa Bárbara do Oeste, SP : SOCEP Editora, 2007. Este resumo de citações é de uso exclusivo para utilização em aulas do SPS, no objetivo de definir contextos e entendimentos importantes acerca da Disciplina Símbolos de Fé de Westminster. "QUEM SOMOS. A Igreja Presbiteriana do Brasil - IPB - é uma federação de igrejas que tem em comum uma história, uma forma de governo, uma teologia, bem como um padrão de culto e de vida comunitária. Historicamente, a IPB pertence à família das igrejas reformadas ao redor do mundo, tendo surgido no Brasil em 1859, como fruto do trabalho missionário da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. Suas origens mais remotas encontram-se nas reformas protestantes suiça e escocesa, no século 16, lideradas por...

SÍMBOLOS DE FÉ DA IPB. SACRAMENTOS. Batismo e Ceia do Senhor, Confissão e Institutas. 2025.

Os Sacramentos do Batismo e Ceia do Senhor tem seu conteúdo bíblico desenvolvido nos Artigos 27 a 29 da Confissão de Fé de Westsminter, e no sentido de ter uma reflexão orientada destes textos, iremos utilizar no ITEM 1 da aula os apontamentos do Teólogo A.A. Hodge, conforme o título: CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER. Comentada por A. A. Hodge. Editora Os Puritanos, 1 ed, 2007. CAPÍTULO XXVII. Dos Sacramentos. Seção I. Os Sacramentos são santos sinais e selos do pacto da graça, imediatamente instituídos por Deus para representar a Cristo e a seus benefícios, e para confirmar nosso interesse nele, bem como para fazer uma diferença visível entre os que pertentecem à Igreja e o restante do mundo, e solenemente comprometê-los no serviço de Deus em Cristo, de acordo com sua Palavra. Seção II. Há em cada sacramento uma relação espiritual, ou união sacramental, entre o sinal e a coisa significada; daí o fato de que os nomes e efeitos de um são atribuídos ao outro. Catecismo Maior, questão 163. ...