terça-feira, 7 de dezembro de 2021

JESUS EMANUEL É DEUS CONOSCO! Institutas de João Calvino.

Esse texto contém um resumo e citações do resumo de J P Wiles das Institutas da Religião Cristã, do reformador protestante João Calvino. TÓPICO 12. "Foi Necessário que Cristo se tornasse Homem, a fim de Exercer o Ofício de Mediador." "Era muito necessário para nós que Aquele que haveria de ser nosso Mediador fosse tanto Deus quanto homem." Isto em razão de que os nossos pecados causaram separação entre nós e a Pessoa de Deus, e nos deixaram afastados e distantes do Reino dos céus, e assim, "nenhum mediador poderia restaurar nossa paz senão um que pudesse chegar a Deus." Mas, afinal, quem poderia entrar na presença de Deus? Um dos filhos de Adão? Não! Todos ficavam atemorizados diante de Deus, assim como Adão após o seu pecado e queda. Um anjo poderia fazer isso por nós? Não! Os anjos precisavam de um líder próprio para mantê-los no seu estado original de pureza diante de Deus. Dessa forma, a nossa história com Deus iria acontecer de forma desgraçada e totalmente sem esperanças, "se o grande Deus não tivesse descido até nós, quando era impossível para nós subirmos a Ele." "Por isso, era necessário que, por amor a nós, o Filho de Deus Se tornasse Emanuel, ou seja, Deus conosco; e isto de tal maneira que a Deidade e a natureza humana fossem unidas n´Ele." Afinal, em razão da nossa distância de Deus e da diferença entre sua pureza infinita e nossa contaminação profunda, não haveria outra forma de sermos capazes de estar na Presença d´Ele. A realidade é que jamais poderíamos estar perto de Deus, após termos corrompido toda a vida e a criação de Deus. Eis o motivo para que Paulo chame nossa atenção para o fato de Jesus Cristo ser homem, enquanto também ensina que Ele é nosso Mediador. "Pois há um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus." (1 Timóteo 2.5). Paulo poderia ter dito que Jesus é Deus, e até poderia omitir que Jesus é Homem, "mas devido o Espírito que falou através de Paulo conhecer a nossa enfermidade, o apóstolo adotou um modo de falar admiravelmente apropriado para nos encorajar, colocando o Filho de Deus em nosso meio de modo familiar, como um de nós mesmos." E assim, não vai surgir medo e dúvida em nossos corações, para ficar questionando: "Onde está este Mediador, e como vou chegar até Ele?", pois "Paulo chama-O de homem, para lembrar-nos que Ele está muito próximo de nós, visto que é nossa própria carne." Esse conhecimento é ensinado com detalhes na carta aos Hebreus: "Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado." (4.15). Essa verdade é melhor entendida quando olhamos para a extraordinária obra do Mediador em nosso favor, pois Jesus nos colocou novamente junto de Deus Pai, transformando filhos de homens em filhos de Deus, e fazendo com que os herdeiros do inferno se tornassem herdeiros dos céus. Como poderia essa mudança ocorrer em nossas vidas, "a não ser que o Filho de Deus também Se tornasse o Filho do homem, assumindo desta forma aquilo que era nosso, a fim de transferir para nós pela graça aquilo que era d´Ele próprio por natureza?" Eis a razão de confiarmos totalmente na sua promessa de nos tornar filhos de Deus, pois afinal, o verdadeiro Filho de Deus assumiu em sua pessoa o "corpo do nosso corpo, carne da nossa carne, osso do nosso osso, a fim de que fosse um conosco. Deste modo, juntamente conosco, Ele agora é tanto o Filho de Deus quanto o Filho do homem." A partir disto, Jesus tem segurança e autoridade para falar conosco nas seguintes palavras: "Estou voltando para meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês." (João 20. 17). Portanto, a herança do reino dos céus está assegurada para nós, crentes em Cristo, pois o Filho único de Deus que detinha toda a herança para si mesmo, "nos adotou como Seus irmãos; e se somos irmãos, então também somos co-herdeiros da herança." (Romanos 8.17). Porém, há outras razões para que nosso Redentor "fosse tanto Deus quanto homem." Observe que, para ser capaz de levar consigo a morte deste mundo; "quem poderia fazer isso senão Ele, que é a vida? A Ele cabia conquistar o pecado; quem poderia fazer isso senão Ele, que é a própria justiça? A Ele cabia derrotar o mundo e as potestades do ar: quem poderia fazer isso senão Aquele" que é maior do que o mundo e as potestades? Sendo que não há outro com estas virtudes, exceto Deus; Ele mesmo! Portanto, para que a humanidade fosse reconciliada com Deus, era necessário surgir um homem obediente que pudesse superar a desobediência própria do homem, a fim de "satisfazer a justiça de Deus e pagar a penalidade do pecado." E foi por isso que "surgiu um homem verdadeiro na pessoa de nosso Senhor, que personificava Adão e tomou sobre Si o nome dele, a fim de que, no lugar dele, obedecesse ao Pai, e apresentasse nossa carne a um Deus justo com o preço da satisfação, e naquela mesma carne pagasse a penalidade" da nossa desobediência. "Visto, então, que Deus por Si só não poderia provar a morte, e que o homem por si só não poderia vencê-la, Ele tomou sobre Si a natureza humana em união com a natureza divina, para que sujeitasse a fraqueza daquela a uma morte expiatória, e que pudesse, pelo poder da natureza divina, entrar em luta com a morte e ganhar para nós a vitória sobre ela." (leia de novo esse parágrafo) E como um conteúdo complementar à nossa fé, devemos recordar que a Lei e os Profetas prometiam "um Redentor que seria o Filho de Abraão e Davi", sendo que esse anúncio se cumpriu exatamente na pessoa humana de Jesus Cristo, que foi confirmado como o Messias profetizado nas Escrituras. Acima de tudo, "o ponto principal a ser lembrado é que a natureza que Ele compartilha conosco é uma garantia da nossa comunhão com o Filho de Deus (Ele próprio); posto que Ele, vestido da nossa carne, venceu a morte e o pecado, a fim de que a vitória seja nossa e nosso o triunfo." REFERÊNCIAS: J.P. Wiles. As Institutas da Religião Cristã - um resumo - João Calvino. Publicações Evangélicas Selecionadas. São Paulo, SP, 1966, páginas 180 a 183. Autor: Ivan Santos Rüppell Jr é Mestre em Ciências da Religião e Ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil.

Um comentário:

  1. Jesus então perguntou: - Vocês não leram o que as Escrituras Sagradas dizem? "A Pedra que os construtores rejeitaram veio a ser a mais importante de todas. Isso foi feito pelo Senhor e é uma coisa maravilhosa!"
    Mateus 21:42

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