quinta-feira, 14 de abril de 2022

SÍMBOLOS DE FÉ, IPB. Atividades I Bimestre 2023

ATIVIDADES E PROVA BIMESTRAL I. Seguem atividades e perguntas para responder e comentar, sendo uma prova de conclusão do contéudo do I bimestre. BOA PROVA. (* Não é necessário repetir as perguntas. Devem enviar somente a identificação da Pergunta e as respostas de cada item, ou comentários). Envio das respostas em doc. word via email, ao professor. A. PERGUNTA. Acerca da importância dos símbolos de fé e contexto do desenvolvimento de conteúdos de fé cristãos, assinale V para verdadeiro e F para falso. 1. O termo "credo - eu creio" se refere ao modo como se deseja definir uma específica "declaração de fé", sendo que, o mais famoso credo cristão, segundo McGrath, "sintetiza os principais pontos da fé cristã, os quais são compartilhados por todos os cristãos." ( V ). 2. Devido a essa aceitação geral e ampla que designa a existência e aceite de um "credo", essa expressão deve ser utilizada para referir acerca das "declarações de fé" representativas do pensamento (particular) de determinadas denominações religiosas; sendo que estas serão assim chamadas, como "confissões". ( F ). 3. Observe que "a confissão pertence a uma denominação e inclui dogmas e ênfases especificamente relacionados a ela; sendo que o "credo" pertence a toda a igreja cristã e inclui nada mais, nada menos do que uma declaração de crenças, as quais todo cristão deveria ser capaz de aceitar e observar." Neste sentido, "o "credo" veio a ser considerado como uma declaração concisa, formal, universalmente aceita e autorizada dos principais pontos da fé cristã." ( V ). 4. “O período patrístico representa um dos mais empolgantes e criativos da história do pensamento cristão... Todos os principais ramos da igreja cristã – incluindo as igrejas anglicanas, ortodoxa oriental, luterana, reformada e católica romana – consideram o período patrístico como um marco decisivo na evolução da doutrina cristã. Cada uma dessas igrejas se considera como uma continuação, uma extensão e, naquilo que for necessário, uma crítica às visões dos escritores da igreja primitiva.” ( V ). 5. O símbolo e representação teológica de unidade conceitual que identifica as mais diversas igrejas e denominações que são consideradas pertencentes ao Cristianismo no decorrer da história recebeu sua forma fixa no período patrístico, ainda no decorrer do quarto século, através da finalização do conteúdo do “Credo Apostólico”. “Creio em Deus, o Pai todo-poderoso, criador dos céus e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, Ele foi concebido por obra do Espírito Santo e nasceu da virgem Maria... Foi crucificado, morto e sepultado... Ressuscitou no terceiro dia, Subiu aos céus e está sentado à mão direita do Pai... Creio no Espírito Santo... na ressurreição do corpo e na vida eterna. Amém.” ( V ). V - F - V - V - V B. PERGUNTA. SÍMBOLOS DE FÉ. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS ACERCA DAS CONFISSÕES DE FÉ PROTESTANTES. Leitura Introdutória e Pergunta: Ao mesmo tempo em que a Reforma Protestante atualizava de modo distinto na história a autoridade das Escrituras, as diversas visões diferentes de interpretação entre os líderes da reforma também se tornava uma realidade, especialmente no pensamento distinto entre os "reformadores magisteriais" (que respeitavam as autoridades) e os "reformadores radicais" (mais revolucionários diante do Estado). Nesse contexto, surgiu a necessidade de definições "oficiais" que pudessem esclarecer tanto o que pensavam como o que desejavam os reformadores do cristianismo, sendo que, segundo McGrath, "as confissões de fé desempenhararm essa função (...) (posto que) em termos gerais, considera-se que os teólogos protestantes reconheciam a existência de três níveis ou categorias de autoridade: QUESTÃO: Quais os três níveis de categorias de autoridade acerca da Palavra de Deus e Teologia Cristã para os protestantes? ESCRITURAS, CREDOS e CONFISSÕES DE FÉ C. PERGUNTA. Acerca das CONFISSÕES DE FÉ da Igreja Presbiteriana do Brasil, assinale V para verdadeiro e F para falso. 1. "A Igreja Presbiteriana do Brasil adota, como exposição das doutrinas bíblicas, a Confissão de Fé de Westminster, o Catecismo Maior, o Catecismo Menor e (ainda), o Breve Catecismo. Nossa única norma de fé e conduta é a Bíblia Sagrada. Todavia, em virtude de a Bíblia não apresentar as doutrinas já sistematizadas, adotamos a Confissão de Fé e os Catecismos como exposição do sistema de doutrinas ensinadas na Escritura." ( F ). 2. Acerca do surgimento das diversas Confissões de Fé após a Reforma Protestante, segundo McGrath, havia "aspectos de interpretação que tanto eram propícios a causar divergências quanto difíceis de definir. Existia a necessidade evidente de encontrar-se algum tipo de recurso "oficial" para delimitação de ideias da Reforma, a fim de evitar confusão. As "Confissões de fé" desempenharam essa função." ( V ). 3. "Tanto a Reforma protestante quanto a católica, foram sucedidas por um período de consolidação da teologia, em ambos os movimentos. No seio do protestantismo, luterano e reformado (ou "calvinista"), iniciou-se o período conhecido como "protestantismo (liberal)", caracterizado por sua ênfase em normas e definições doutrinárias. (...) O luteranismo e o calvinismo eram, sob muitos aspectos, bastante semelhantes. Ambos alegavam ser evangélicos e rejeitavam, de modo geral, os mesmos aspectos centrais do catolicismo medieval. Entretanto, eles precisavam se diferenciar." ( F ). 4. Contexto Histórico da Confissão de Fé de Westminster: No ano de 1534 o Rei Henrique VIII rompeu com a Igreja Católica de Roma e através do Ato de Supremacia tornou-se chefe da Igreja da Inglaterra. Nascia a Igreja Anglicana separada da Igreja Católica, porém, com celebrações e doutrinas semelhantes, até que em 1547 subiu ao trono o Rei Eduardo VI, sendo que o Arcebispo de Cantuária Thomas Cranmer organizou dois documentos orientados pelo pensamento calvinista: o Livro de Oração Comum e os Trinta e Nove Artigos. Nesse período, outras ações ocorreram com propósito reformista, até a morte do rei Eduardo em 1553. Maria Tudor (Maria sanguinária) assumiu o trono decidida a unir-se novamente com a Igreja Católica de Roma, o que levou à perseguição e morte de Cranmer e outros líderes da Reforma, enquanto os religiosos protestantes fugiam da Inglaterra para outros países, sendo que muitos deles foram residir em Genebra, debaixo da influência de João Calvino. Até que em 1558 Maria Tudor faleceu e a nova Rainha Elizabete retornou com o Ato de Supremacia, o que propiciou o retorno dos protestantes pra Inglaterra. ( V ). 5. No período de implantação da reforma inglesa, a partir de 1534 e décadas seguintes, um movimento que valorizava as Escrituras e a Teologia Calvinista se desenvolvia fortemente na Inglaterra. "Seus partidários defendiam uma forma de governo, um sistema de doutrinas, um culto e uma vida mais puros, ou seja, mais bíblicos. Por volta de 1605, eles passaram a ser conhecidos como "puritanos". Durante o restante do século 17, a rainha Elizabete buscou limitar a ação e crescimento do movimento dos puritanos, até que em (1643) assumiu o Rei Tiago VI, "rei da Inglaterra e da Escócia e chefe da Igreja". O rei havia sido educado segundo valores presbiterianos na Escócia, mas decidiu valorar o sistema episcopal na organização da igreja. ( F ). F- V - F - V - F D. PERGUNTA. A Assembleia de Westminster se reuniu em meio a um conflito de parlamentares ingleses diante do Rei da Inglaterra. COMENTE A DECLARAÇÃO A SEGUIR: "Entre outras coisas, esse Parlamento puritano voltou sua atenção para a questão religiosa. Fazia quase um século que os puritanos vinham insistindo que a Igreja da Inglaterra tivesse uma forma de governo, doutrinas e culto mais puros. Assim sendo, o Parlamento convocou a "Assembléia de Teólogos de Westminster", composta de 121 dos ministros mais capazes da Inglaterra, além de 20 membros da Câmara dos Comuns e 10 membros da Câmara dos Lordes. Todos os ministros, exceto dois, eram da Igreja da Inglaterra. Praticamente todos eram puritanos, calvinistas." Comentário: COMENTÁRIO DO ALUNO E. PERGUNTA. Acerca dos Símbolos de Fé da IPB e Catecismo Maior de Westminster, assinale V para verdadeiro e F para falso: 1. "Em 1642, o mundo foi virado de cabeça para baixo (pelo menos na Grã-Bretanha). Os nobres ingleses, os barões, os cavaleiros, os cavalheiros, os cidadãos, os burgueses, os plebeus de todos os tipos, e os ministros do evangelho, pegaram todos em armas contra o Rei Carlos I." Reclamavam das condições sociais e do autoritarismo imperial do rei, sendo que "muitos eram puritanos que desejavam uma mudança no culto e na teologia", algo que o Rei Carlos I e sua esposa rainha eram contrários, de forma que perto do ano de 1643 os grupos parlamentares perceberam que estavam frágeis nas batalhas diante do Rei, e por isso pediram ajuda aos protestantes da Escócia, que aceitaram ajudar os cidadãos ingleses desde que assumissem os princípios de um documento denominado "Solene Liga e Aliança". ( V ). 2. Aspectos da Solene Liga e Aliança: "O primeiro ponto da Aliança estabelecia que as igrejas em ambos os países deveriam ser protestantes em "doutrina, culto, disciplina e governo". Para atingir essa unidade, a Assembleia do Parlamento inglês, designada no início de 1643, deveria criar uma "confissão de fé, uma forma de governo da Igreja, um diretório de culto" e eles acrescentaram um diretório de "catequese." ( V ). 3. O objetivo primordial da feitura do catecismo desenvolvido em Westminster "foi a unidade religiosa, que era também o objetivo de cada um dos seus documentos." Ainda que já existissem outros documentos religiosos à época, e de grande valor ao pensamento protestante, se fazia necessário redigir "um documento confessional para os propósitos ecumênicos", pelos quais se pretendia unir as Igrejas de todo Reino Unido. ( V ). 4. A Confissão de Fé foi concluída em 1646, sendo que no início de 1647 houve a decisão pelo preparo de dois catecismos, cada um adequado a seu propósito; confome descrito pelo teólogo Richard Vines, em proposição para que "a Comissão do Catecismo preparasse um esboço de dois catecismos baseados na Confissão de Fé, e nas questões do Catecismo já iniciado." O princípio basilar para a escrita dos catecismos é de que a Assembleia "decidiu não ter nenhum outro assunto teológico dentro (dos catecismos) além daqueles já estabelecidos na Confissão"; pois o fundamento era de que somente as doutrinas da Confissão deveriam estar descritas nos Catecismos - "Os Catecismos, portanto, seriam uma condensação da Confissão." Dessa forma, a Assembleia orientou a feitura de dois catecismos, sendo "um mais exato e abrangente", enquanto o segundo deles "seria mais fácil e breve para os iniciantes". ( V ). 5. O objetivo principal da feitura dos catecismos foi fornecer "mensagens" bíblicas prontas aos pregadores, a fim de promover "unidade de crença" e "instrução mais detalhada na fé cristã." Os teológos escoceses entendiam que os cristãos amadurecidos das igrejas iriam receber do catecismo maior o conteúdo sólido e profundo que necessitavam em sua caminhada e discipulado. ( F ). V - V - V- V - F F. PERGUNTA. HARMONIA DAS CONFISSÕES REFORMADAS. Faça somente a leitura do texto a seguir e confirme no envio das respostas da prova que realizou toda a leitura: O contexto histórico destas Confissões de Fé origina do período em que as igrejas reformadas desenvolveram Sete Confissões, as quais foram comparadas por nossos autores a fim de que seu conteúdo fosse apresentado em sua singularidade e harmonia para conhecimento dos estudantes e fiéis. "As igrejas reformadas dos séculos 16 e 17 produziram várias coleções de confissões reformadas ortodoxas que diferenciavam a fé reformada tanto do Catolicismo Romano como de outros grupos de igrejas protestantes." Conforme vimos anteriormente, as Confissões de Fé formam um terceiro grupo de anúncio e declaração da Palavra de Deus para os Cristãos protestantes, sendo que a Bíblia (Escrituras) é o documento primário, o Credo Apostólico é o documento secundário e as Confissões são o documento terceiro, sendo que as Confissões de Fé Cristãs Reformadas limitam o seu texto ao conteúdo das Escrituras, enquanto buscam fundamentar e esclarecer a interpretação bíblica estabelecida por essa vertente cristã oriunda do século 16, a partir da Reforma Protestante. Neste grupo de confissões reformadas que serão base da comparação de harmonia desenvolvida pelo livro base desse texto e aula, temos: as confissões da "família suiça", que são a Primeira Confissão Helvética (1536), a Segunda Confissão Helvética (1566), e a Fórmula de Consenso Helvética (1675). A "família anglo-escocesa", que contém a Confissão da Escócia (1560), com os Trinta e Nove Artigos (1563), a Confissão de Fé de Westminster (1646-47) e os Catecismos Maior e Breve de 1647. E ainda, a denominada "família germânico-holandesa", que apresenta três formas: a Confissão de Fé Belga (1561), o Catecismo de Heidelberg (1563) e os Cânones de Dort (1618-19). Sendo que, "as sete mais adotadas pelas várias denominações reformadas... são as Três Formas de Unidade, a Segunda Confissão Helvética e a Confissão e os Catecismos de Westminster." O propósito dos organizadores da comparação e apresentação da visão singular destas Confissões, é de que "esta harmonia permitirá fácil acesso ao conteúdo das grandes confissões reformadas e também ajudará os cristãos holandeses reformados, os húngaros reformados, os ingleses presbiterianos e outros cristãos reformados a apreciar mais profundamente as confissões desses diversos grupos (...) A beleza deste livro é que ele ressalta a harmonia entre as confissões reformadas, a despeito da diversidade de suas inúmeras tradições históricas." (citações anteriores são do autor, Joel R. Beeke). LEITURA G. PERGUNTA. Escreva um comentário sobre o conteúdo a seguir, destacando seu entendimento da importância deste Símbolo de Fé da Igreja Presbiteriana do Brasil, a partir de seu propósito e divisões doutinárias. Texto: CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER. "A confissão de fé produzida pelos teólogos de Westminster foi, sem dúvida alguma, um dos documentos mais influentes do período pós-Reforma da Igreja Cristã. (...) Sob a presidência do Dr. William Twisse, em oposição aos desejos expressos do rei, o objetivo inicial dessa reunião era promover uma maior uniformidade de fé e prática em todo o reino. A tarefa inicial dos delegados era revisar os 39 artigos da Igreja da Inglaterra, mas depois da assinatura da Solene Liga e Aliança essa tarefa se estendeu para algo mais específico e preciso, como elaborar fórmulas teológicas e eclesiásticas que levassem a Igreja da Inglaterra a se enquadrar dentro da doutrina e prática da Igreja Presbiteriana da Escócia. (...) A Confissão de Fé de Westminster representa o ponto alto no desenvolvimento da teologia, e sua dinâmica espiritual está fortemente ligada ao pacto da Aliança. Dividida em 33 capítulos, abrange todo o conjunto da doutrina cristã, començando com as Escrituras como fonte de conhecimento das coisas divinas (de acordo com a Primeira e a Segunda Confissão Helvética, a Fórmula de Concórdia e os Artigos Irlandeses). Prossegue com uma exposição sobre Deus e seus decretos, a criação, a providência e a queda (II-VI) antes de passar a explicar o pacto da graça, a obra de Cristo e finalmente a aplicação da redenção (X-XVIII)... (se fez) cada vez mais conhecida como a primeira confissão na história do Cristianismo que tem um capítulo especialmente dedicado à adoção (XII) - que talvez seja a doutrina menos escolástica de todas. Em inúmeros capítulos, é dada atenção especial à lei e à liberdade, assim como à doutrina da igreja, dos sacramentos (XXV-XXIX) e das últimas coisas (XXXII-XXXIII). Embora a confissão tenha sido elaborada por mentes teológicas disciplinadas, ela também revela a influência de homens com profunda experiência de pregação e vida pastoral. É uma expressão notável da teologia clássica reformada formulada para as necessidades do povo de Deus." (Beeke e Ferguson, 2006, p 13-14). COMENTÁRIO SOBRE IMPORTÃNCIA DA CONFISSÃO DE FÉ H. PERGUNTA. De que modo você entende ser interessante conhecer os conteúdos conjuntos das Confissões de Fé Reformadas, como vimos no estudo da Harmonia das Confissões Reformadas? RESPOSTA PESSOAL SOBRE CONTEÚDOS CONJUNTOS DAS CONFISSÕES. Autor. Ivan S Rüppell Jr é Professor de Teologia e Ciências da Religião, no Seminário Presbiteriano do Sul - extensão Curitiba e Uninter.

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