"Fale o que está sentindo...!" Aos 14 minutos do último episódio da primeira temporada, o Dr. Doc (Tim Matheson) resume a essência dramática desta boa série da Netflix, que já tem disponível sua segunda temporada, desde o início de dezembro de 2020.
Os diálogos pessoais e diretos de Virgin River são comuns na série, o que faz recordar que a comunicação essencial dos seres humanos é a que se manifesta nas conversações cujo tema somos nós mesmos. O que ajuda a perceber que deveríamos desenvolver o potencial de falar mais uns com os outros sobre o que levamos no coração.
Pois a espiritualidade de "Virgin River" está relacionada à descoberta da natureza da humanidade, que se baseia nos relacionamentos conscientes que somente a nossa espécie pode expressar. O fato é que os seres humanos são semelhantes a Deus de uma maneira que nenhuma outra criatura pode ser, e por isso, deveríamos utilizar melhor a capacidade de dialogar sobre "nós mesmos", pra nos tornar pessoas mais completas.
Nessa perspectiva, vale a pena dar uma olhada na série romântica "Virgin River", baseada na saga de livros da autora Robyn Carr. A trama conta a história da enfermeira Melinda Monroe, que decide abandonar a vida na cidade grande, partindo pra residir no interior. A primeira temporada tem 10 capítulos, e vale destacar que seus dramas são desenvolvidos de maneira natural, buscando valorizar as emoções comuns das pessoas, o que nos torna participantes do convívio comunitário cotidiano do vilarejo.
Assistir Virgin River vai ajudar a refletir sobre o interesse que temos pelas pessoas ao nosso redor e suas sensações mais básicas, de dores e saudades, medos e ansiedades, fazendo um contraponto ao interesse escapista que muitas vezes nos leva a gastar emoções diante de novelões que estão sempre no limite da vida e da morte, apresentando atos desconectados da vida diária.
A temporada inicial finaliza com algumas pontas interessantes pra seguir a série, mas, não esqueça; o que vale mesmo é redescobrir diante da TV aquele interesse adormecido acerca do que realmente vai na alma das pessoas, numa reflexão espiritual que certamente vai nos ajudar a gastar mais tempo falando uns com os outros sobre as realidades existenciais de nós mesmos. Os três primeiros episódios da segunda temporada revelam que a produção investiu em imagens áreas e planos gerais da belíssima natureza da região, além de aumentar o número de figurantes e cenários. Parece que os diálogos mais pessoais e demorados estão dando lugar a cenas apressadas e dinâmicas, o que pode fazer com que a série perca alguns valores aqui destacados, para centrar no drama dos encontros e desencontros dos personagens, e nem tanto na capacidade que temos de aprender a falar mais uns com os outros, a fim de crescer como espécie humana consciente e relacional. Vamos aguardar e torcer, pois é através dos sinceros e sensíveis diálogos que iremos tornar 2021 num tempo melhor de nossa história. Feliz Ano Novo!
Esse texto tem objetivo didático na disciplina de Símbolos de Fé no Seminário Presbiteriano do Sul extensão Curitiba. Daí a utilização de resumos e citações mais longas no interesse de oferecer aos alunos o conteúdo apropriado para o entendimento necessário aos debates e explanações em aula. CONTEÚDO de Aula: CONTEXTO HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO DOS SÍMBOLOS DE FÉ DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL. TEOLOGIA REFORMADA. "Trata-se da teologia oriunda da Reforma (calvinista) em distinção à luterana. O designativo "reformada" é preferível ao calvinista... considerando o fato de que a teologia reformada não provém estritamente de Calvino." (Maia, p. 11, 2007). OS CREDOS E A REFORMA. "Os credos da Reforma são as confissões de fé e os catecismos produzidos nesse período ou sob sua inspiração teológica. Os séculos 4 e 5 foram para a elaboração dos credos o que os séculos 16 e 17 foram para a feitura das confissões e dos catecismos. A razão parece evidente: na Reforma, as...
Comentários
Postar um comentário