quinta-feira, 6 de outubro de 2022

UMA SEXUALIDADE SAUDÁVEL PARA UMA VIDA SATISFATÓRIA. Outubro, 2022.

Em artigo publicado no jornal Gazeta do Povo em 05/10/22, a colunista Bruna Frascolla traz sentimentos narrados em livro pela escritora Marcia Tiburi (O que não se pode dizer). O destaque inicial é para a declaração de Marcia que foram necessários "alguns anos de análise para entender que não teria que viver com ninguém e que o desejo sexual não precisa ser obrigatório, embora a ordem simbólica e imaginária nos convide a isso." Observe que uma boa orientação psicológica, científica ou cristã do ser humano vai indicar o bom valor e a fundamental importância de um entendimento que a escritora alcançou sobre a sexualidade. No entanto, como Marcia Tiburi orienta suas análises existenciais segundo a ideologia da esquerda progressista; o que ela entendeu sobre si mesma, juntamente com Bruna Marquezine e Giovanna Ewbank - que disse que precisa de envolvimento emocional para se sentir bem na relação sexual - é que nenhuma delas é uma mulher do sexo feminino, mas são sim, pessoas "Assexuadas". E por esse motivo, a escritora Marcia entende que deve "começar uma transição para fora do gênero", até se perceber como uma pessoa completa conforme a definição do item A do movimento LGBTQIA+. Esse item descreve os seres humanos que não precisam de sexo para viver. Só que não! A necessidade de envolvimento emocional para que a relação sexual seja saudável é uma perspectiva bastante desenvolvida na psicologia, além de na própria natureza humana pelo modo em que os corpos masculino e feminino se encaixam na proximidade física e sentimental. Sendo algo bastante difundido igualmente, pelo Cristianismo. Portanto, quando mulheres como Marcia, Bruna e Giovanna, e tantas outras e também homens pelo mundo refletem que desejam praticar relações sexuais com mais sentimentos emocionais numa melhor convivência pessoal, bem; trata-se de uma evolução da vivência da sexualidade. Só (tudo) isso! Algo que jamais deverá significar uma mudança de gênero do ser humano, muito pelo contrário. No decorrer do artigo, a articulista Bruna apresenta outras declarações de Marcia Tiburi e também de Jean Wyllys, destacando o modo em que eles entendem que tem sido infelizes nas vivências emocionais, sendo algo que Bruna reflete como consequência da ideologia dos dois. É uma compreensão apropriada, pois utilizar a mudança de gênero na perspectiva de tratamento da personalidade gera enfraquecimento e desprezo da identidade humana, o que vai resultar na corrupção e ruína de suas sensações e interesses, desencadeando grande dor e vazio. Dá uma olhada na proposta que o teólogo John Stott apresenta sobre a sexualidade humana, conforme a religião cristã: "Em Gênesis 2.24 encontramos a definição bíblica para casamento; ela é ainda mais importante porque foi endossada pelo Senhor Jesus Cristo (Mc 10,7). Este é um relacionamento com cinco características especiais:... Compromisso. Quando um homem deixa a casa de seus pais para se casar, ele deve "unir-se" à sua mulher, juntar-se a ela como cola (como sugere o texto equivalente no Novo Testamento.) (...) Físico: "Eles se tornarão uma só carne"... Adão e Eva certamente não experimentaram nenhum constrangimento com relação ao sexo. "O homem e a mulher viviam nus, e não sentiam vergonha." (p 28, 2007). Tá entendendo? Uma sexualidade saudável requer uma experiência física integrada com a consciência e os sentimentos do cidadão, assim como deve ocorrer em todas as áreas da vida da gente, em qualquer situação. Mas, afinal, sobre o quê falam Marcia Tiburi e tantas outras milhões de mulheres e homens mundo afora, que de repente, sentem-se vazios em suas vivências sexuais? Bem, pra variar, Jesus Cristo foi direto ao ponto: "Os olhos são a candeia (lâmpada) do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz." (Mateus 6. 22). Essa palavra foi dita num contexto de busca de riquezas para ensinar algo maior sobre a conquista de tesouros do céu ou da terra, vindo daí a importância de bem direcionar o seu olhar para o que você deseja na vida, "pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração." (Mt 6.21). É isso! Ao invés de olhar para o traseiro da moça e a cintura do rapaz quando movemos o olhar atrás de companhia na solidão, bem, deve-se olhar para o ser humano inteiro. Se é que desejamos ter uma sexualidade saudável e uma vida satisfatória. A espiritualidade oriental ensina que devemos esconder os sentidos, ou até vive-los de forma dramática, ou ainda, regrada pelas fases da vida; o que não deixa de ser razoável. A espiritualidade da ideologia de gênero orienta a mudança mental da personalidade, entendendo que ao convencer a consciência de que nosso corpo é diferente do que nele desgostamos, então, iremos viver bem conosco mesmos. Infelizmente, só piora! Pouco vai adiantar nominar meu corpo físico-espiritual-integral em algo diferente do que sou e sinto, pra conseguir estar bem e satisfeito com a minha existência. Meus sentimentos e desejos, conquistas e decepções, satisfação e vazio vão continuar lá comigo. Dizer que você não tem sexualidade, a fim de tentar curar suas relações sexuais exageradas ou a falta de cumplicidade pessoal nelas, bem, não vai curar a sua sexualidade, só vai desconstruir a sua personalidade. A solução está nos olhos, que como lâmpadas da alma deverão apontar os seus desejos para uma pessoa inteira, tendo em mente o interesse de vivenciar uma relação integral com ela. E como Jesus é a Luz da vida, deve-se perguntar pra ele de que forma iremos nos relacionar sexualmente uns com os outros - conforme está basicamente descrito no texto citado, de John Stott. Dessa forma, vamos começar a experimentar um padrão de relacionamento iluminado. E como nosso olhar tanto preenche o coração, como também busca alcançar o que o coração quer, então, só mesmo a espiritualidade da oração do Pai Nosso irá capacitar você a receber no interior os bons desejos que seus olhos deverão procurar pela vida. E por aqui segue nosso círculo virtuoso. Por isso que se diz: "Que venha o seu Reino e seja feita a sua Vontade", e "Não me deixes cair em tentação", nessa Oração. Pois tudo inicia ao pedir a vontade de "estar" e "ser" companheiro de alguém com quem estamos, enquanto também se pede para não desejar "ser" amante de quem nada somos, afastando a tentação de arruinar a sexualidade numa multidão de insatisfações, ou na ideologia de gênero. Sendo que a Boa Oração sobre sexualidade é o pedido cotidiano pra que essa experiência não se torne paixão animal, que leva ao vício e desequilibrio, mas que seja amor humano, que conduz pra traquilidade. Felicidades! REFERÊNCIAS. Bruna Frascolla. Cartas entre Jean Wyllys e Marcia Tiburi mostram como a ideologia faz as pessoas infelizes. coluna publicada na Gazeta do Povo, on line, 05/10/2022. STOTT, John. A bíblia toda o ano todo : meditações diárias de Gênesis a Apocalipse ; tradução: Jorge Camargo. - Viçosa, MG : Ultimato, 2007. Autor. Ivan S Ruppell Jr é Ministro Presbiteriano, Professor e Advogado.

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