quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Meditação Semanal. JESUS, O MESSIAS. Feliz Natal!

TEXTO Bíblico. "A Palavra tornou-se carne e sangue, e veio viver perto de nós. Nós vimos a glória com nossos olhos, uma glória única: o Filho é como o Pai. (...) João (Batista) apontou para ele e disse: "Este é o Messias! O Messias que eu afirmei que viria depois de mim, mas de fato é superior a mim. Ele sempre foi maior que eu, sempre teve a primeira palavra". (Evangelho de João, cap. 1, 14-15). MEDITAÇÃO. Esse é o terceiro texto com explicações teológicas sobre Jesus de Nazaré, e temos aprendido sobre a vinda do Deus Filho ao mundo como um ser humano, a partir de seu nascimento em Belém da Judéia. Vamos meditar hoje numa mensagem essencial do Natal, pois para sermos abençoados de forma real em nossa vida de fé cristã faz-se necessário depender de Jesus em cada um dos ofícios que Deus Pai lhe deu para realizar sobre nós: "Ele é nomeado para ser nosso profeta, nosso rei e nosso sacerdote", conforme ensina o teólogo João Calvino. A lei bíblica definia que sacerdotes, reis e profetas fossem ungidos por óleo para serem nomeados e capacitados em sua missão dada por Deus, vindo daí o nome Messias e Cristo para Jesus; o Ungido. Dessa forma, para sermos abençoados por Jesus como o PROFETA, devemos lembrar que, ainda que Deus tenha enviado profetas a seu povo no decorrer da história, todos sabiam que a verdadeira luz da revelação somente chegaria na vinda do Messias. Sendo um conhecimento destacado até pelos samaritanos, conforme a declaração da mulher no poço: "Quando o Messias vier nos anunciará todas as coisas." (João 4.25). Esse ofício profético do Messias foi anunciado por Isaías, nas seguintes palavras, "o Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos quebrantados". De modo que Jesus foi ungido com o Espírito para ser pregador e testemunha da graça do Pai, vindo a encerrar as profecias devido a seu ensino ser perfeito e completo. Daí que todo aquele que busca algum conhecimento de Deus além do Evangelho de Jesus, despreza a autoridade profética do Messias de Deus. Ao falar do REINO de Cristo, devemos saber que se trata de um reino espiritual, "isto é, no que diz respeito à igreja como um todo, e no que diz respeito aos membros individuais da mesma"; sendo que foi exatamente para a Igreja que Ele prometeu que a sua posteridade duraria para sempre e seu trono seria como o sol. (Salmo 89.35-37). Neste sentido, vemos como Deus vai cumprir a sua promessa de ser guardião e defensor da Igreja diretamente através do reinado de Cristo, posto que a antiga dignidade do reino em Israel fora quebrada pela rebelião de dez, das doze tribos. E cada membro individual da Igreja e pertencente ao reino de Cristo deve se alegrar na esperança da imortalidade, que será uma vida eterna plena de graça e satisfação, pois essa bem-aventurança está descrita no fato de que o reino do Messias é espiritual, portanto eterno e completo em suas realizações. Assim, para estar com Cristo como Rei é preciso participar do "corpo de Cristo" que é a Igreja, comunidade em que o reinado de Jesus se desenvolve enquanto os cristãos se tornam discípulos servos e adoradores. Sobre Jesus, o SACERDOTE, vemos que Cristo é um mediador e sacerdote perfeitamente puro que dessa forma, pela sua santidade reconcilia Deus conosco. No entanto, a justa maldição divina sobre nossos pecados ainda impedia a nossa aproximação a Deus, havendo a necessidade de que ocorresse além da mediação pura e santa de Jesus, um sacrifício para afastar a Ira do Senhor que está sobre a humanidade: "era, portanto, necessário que Cristo, como nosso mediador, oferecesse tal sacrifício." E isto lemos na carta aos Hebreus: "Ali é declarado que a honra do sacerdócio pertence a Cristo somente, pois pelo sacrifício de Sua morte apagou a nossa culpa e ofereceu propiciação pelos nossos pecados." Essa realidade é anunciada pelo "juramento solene de Deus, do qual nunca se arrependerá: "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque." Deus aprovou o sacerdócio de Cristo num juramento, já que este sacerdócio sacrificial era o único capaz de assegurar integralmente a nossa salvação, pois nem a nossa pessoa ou as nossas orações podem chegar a Deus, "a não ser que nosso Sacerdote purifique nossas imundicías, santifique-nos e obtenha para nós aquele favor do qual fomos privados pela impureza dos nossos crimes e vícios". ORAÇÃO. Santo Deus e Pai Nosso que está nos céus. Santificado seja o teu nome e respeitada seja a Verdade messiânica das Escrituras. Ilumina o nosso coração nesse natal para que consigamos saber que Jesus é o Messias de Deus, Profeta, Rei e Sacerdote dos homens. Abençoa nossas vidas nesse conhecimento e visita a consciência e coração de nossos familiares pra que sejamos todos benditos por Deus nesse Natal de Jesus! Amém. REFERÊNCIAS: Calvino, João. As Institutas da Religião Cristã. (tradução Odayr Olivetti). São Paulo: Cultura Cristã, 2006. Wiles, Joseph Pitts. Ensino Sobre o Cristianismo. Uma edição abreviada de As Institutas da Religião Cristã. Publicações Evangélicas Selecionadas, São Paulo, SP, 1966. páginas 185-191. BÍBLIA, A Mensagem, Eugene Peterson, 2011, SP Editora Vida. Autor. Ivan Santos Rüppell Jr é professor de ciências da religião e teologia, ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil, atuando na gestão de ações sociais e evangelização.

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