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Mostrando postagens de novembro, 2016

a ESPIRITUALIDADE e as Tragédias HUMANAS. O drama da "Chape".

Lá se foram dois meses, mas, não se deve esquecer. Diante da trágica morte de 71 passageiros do avião da "Chapecoense" de todos nós, os bons terapeutas e conselheiros das situações inexplicáveis da vida estão falando (bem) da necessidade de haver o momento do "luto" dos homens nas horas da sua desgraça. Pois cada um de nós tem sua dor e ninguém pode medir e saber a do outro. Jamais. E os muitos (bons) conselhos caminham perto uns dos outros: - é necessário confortar e não negar a dor daquele que sofre; - é preciso acolher o que sofre, pra ouvir tudo que ele diz e respeitar a maneira como (só) ele sabe bem o que sente; e, ainda, - é necessário permitir o choro e apoiar o luto (recolhimento) de cada um que nos procura, ou aguarda chegarmos nele, enquanto chora. O Profeta resumiu tudo isso em uma só frase: "chorai com os que choram!" Enfim, acredito que todos conhecemos esses conselhos e, - principalmente, já necessitamos de alguém que viesse tratar (bem) con...

a ESPIRITUALIDADE no Cinema: O Homem que não vendeu sua alma.

"A Man for All Seasons" é um filme maravilhoso. "O Homem que não vendeu sua alma" (título nacional) foi produzido em 1966, com direção de Fred Zinnemann e ganhou dois prêmios "Oscar": melhor filme e ator. O drama ocorre no século 16 e mostra como o Rei da Inglaterra, Henrique Oitavo deu origem à Igreja Anglicana ao se separar da Igreja Católica, a fim de conseguir se divorciar pra de novo casar, agora com Ana Bolena. Mas há um "homem que não vendeu sua alma", o Chanceler Thomas More, católico fervoroso que até fica em silêncio sobre as escolhas do monarca. Mas um silêncio que ecoa na multidão britânica pois toda Inglaterra sabe que o melhor homem da nação considera pecado a decisão do Rei Henrique. Bom, parece que só pela breve resenha já deu pra saber um pouco da Espiritualidade do filme e de Sir Thomas More, certo? Errado. Pois por aqui falamos de Espiritualidade, não de ética, e tomara que não, só de religiosidades. Daí que existe a (boa) pos...

a ESPIRITUALIDADE no Cinema: a Última tentação de Cristo

"A Última Tentação de Cristo" é o apropriado título do já clássico filme realizado em 1988 por Martin Scorsese. Pois o aclamado diretor se baseou no livro do grego Níkos Kazantzákis, a fim de levar ao cinema aquela que seria a última das tentações de Cristo: viver como se fora um homem comum os seus dias na Terra. A partir disso o filme tanto desenvolve a tentação que chega na última hora da vida de Jesus, como também apresenta uma tentação que Ele não havia passado até então. Pois Jesus já fora tentado por um anjo caído maligno no objetivo de transformar uma pedra em pão, e até para que se jogasse do alto de uma igreja altíssima direto ao chão, pra que, talvez, anjos o segurassem na queda. De tal forma que a tentação do filme é tanto uma novidade pra Jesus, como também é a última mesmo pela qual passou. Mas, que tentação é essa? Qual seu aspecto espiritual fundamental? Bem, as tentações de Jesus se aproximam das nossas, às vezes, mas também são provas e lutas particulares só...

a ESPIRITUALIDADE no Cinema: Um Lugar ao Sol

O final de "Um Lugar ao Sol" é a mais bela cena trágica romântica da história do cinema, superando até "Casablanca" e "E o Vento levou". Os belíssimos e jovens Elizabeth Taylor e Montgomery Clift estrelam com talento excepcional este drama extraído do romance de Theodore Dreiser, com direção de George Stevens, USA, 1951. Montgomery Clift é George Eastman, que vai trabalhar na fábrica do tio e lá namora uma colega de trabalho. Até que conhece a belíssima Elizabeth Taylor (Angela Vickers) e com ela inicia outro namoro. O drama trágico está desenhado, e você deve assistir este belo filme, com certeza. Já os conflitos espirituais surgem mesmo, nas cenas finais da história. Montgomery Clift enfrenta um julgamento penal e recebe a visita de sua mãe, acompanhada de um Padre. E tudo parece normal, até que a conversa entre eles rodeia a possibilidade do pecado do assassinato. E quem assistiu o filme até ali sabe que o rapaz não o cometeu. Mas, diante do tribunal do...

SER ou não Ser ESPIRITUAL. Eis a QUESTÃO!

Não somos só espíritos. E nao somos somente corpos de carne e osso, seres físicos vagando pelo mundo. Somos mais. Somos seres humanos, pessoas bem diferentes de outros seres que existem por aí. Por isso é necessário enxergar logo quem realmente somos, pra de algum jeito aprender a viver intensamente a vida única de todos nós. Que é uma vida exemplar e distinta, pois é a vida de toda a humanidade. Ah, e também não somos deuses. Algumas limitações são importantes de ver na procura de Quem realmente somos ao viver. Tanto diante da natureza e também do desconhecido, o místico mundo espiritual. Isso sem esquecer os sonhos e enganos contínuos da mente, a partir dos mil desejos e interesses que brotam lá do nosso interior – do espírito. Bem, logo de início já deu pra ver que esse passeio simplório em busca do conhecimento de nós mesmos demonstra que não será fácil entender, e viver a vida que há em nós. De qualquer modo, vamos olhar pra tudo isso como seres espirituais que somos. Pois jamai...

SÓ a ESPIRITUALIDADE conduz da Paixão ao AMOR

Cresci assistindo na TV cenas de cinema que demonstravam o ardor do amor eterno entre um homem e uma mulher. Hoje mesmo revi um destes romances cinematográficos maravilhosos: "O Céu pode esperar", com Warren Beatty e Julie Christie, de 1978. A cena final é uma obra prima das paixões eternas, pois o casal se reencontra, mesmo já não sabendo bem quem são, e Julie lembra da "voz" de seu amado. A partir disso parte com ele para a vida eterna... que no filme inicia em um campo de futebol, onde os dois caminham juntos para viverem felizes pra sempre. E quem não iria querer viver algo assim após assistir alguns destes belos filmes de romance, não é mesmo? Pois é, eu também. Então, uma boa maneira de falar de amores eternos e paixões além da vida é utilizar palavras símbolo, como, por exemplo, "alma gêmea". E daí, surge a pergunta que antigamente se fazia: "Você já encontrou sua alma gêmea?". Como fui desde jovem um idealista romântico e sonhador, carreg...

o TEMPO e o ESPAÇO, a Espiritualidade de WESTWORLD, Parte 2

No domingo, 2 de outubro a série WESTWORLD estreou na TV (HBO), e já está fazendo história. "Westworld" é um parque temático que oferece aos visitantes pagantes a experiência de viver no Velho Oeste norte-americano junto de perfeitos personagens da época - todos androides. O drama robótico de "Westworld" inicia quando os robôs resgatam memórias antigas pra reagir a situações inesperadas de suas "vidas" no velho oeste. A inquietação de viverem "sensações" para as quais não foram criados os tornam "pessoas" existencialmente ansiosas, entre outros sentimentos perturbadores que os acometem. Sensação e sentimentos que nos aproximam de alguns dos simpáticos robôs da série. Afinal, somos todos ansiosos - desde sempre. Pois do mesmo jeito que os robôs não foram criados pra sentir, nós humanos também não teríamos sido criados para saber - todo o conhecimento do bem e do mal. Eis a ideia que vêm desde Adão até Salomão, e ainda surge de vez em qua...

a ORIGEM da RELIGIÃO. a Espiritualidade de WESTWORLD, Parte 3

"WESTWORLD, Onde Ninguém Tem Alma", estreou na TV (HBO) no início de outubro e seus robôs do Velho Oeste americano é que sofrem os primeiros dramas da série assim que os humanos visitantes lhes fazem sentir o que não foram criados para "ser". Uma certa ansiedade existencial que parece dominar os androides é parecida com aquela sensação que temos quando algo que vivenciamos parece não combinar direito com a pessoa que somos, ou queremos ser - interiormente. E se os robôs de "WESTWORLD" não foram criados para "sentir", nós - os humanos, não fomos criados para saber todo o conhecimento do Bem e do Mal que há no mundo, e Universo. Tem muita gente boa dizendo que vêm daí certa confusão existencial espiritual que faz com que eu e você não consigamos nem entender e tampouco bem existir a vida que por aqui levamos, muitas vezes. Salomão foi o Sábio de Israel que "pensou" esta quase sensação de incompetência pra viver que às vezes sentimos, e ...