Lá se foram dois meses, mas, não se deve esquecer. Diante da trágica morte de 71 passageiros do avião da "Chapecoense" de todos nós, os bons terapeutas e conselheiros das situações inexplicáveis da vida estão falando (bem) da necessidade de haver o momento do "luto" dos homens nas horas da sua desgraça. Pois cada um de nós tem sua dor e ninguém pode medir e saber a do outro. Jamais. E os muitos (bons) conselhos caminham perto uns dos outros: - é necessário confortar e não negar a dor daquele que sofre; - é preciso acolher o que sofre, pra ouvir tudo que ele diz e respeitar a maneira como (só) ele sabe bem o que sente; e, ainda, - é necessário permitir o choro e apoiar o luto (recolhimento) de cada um que nos procura, ou aguarda chegarmos nele, enquanto chora. O Profeta resumiu tudo isso em uma só frase: "chorai com os que choram!" Enfim, acredito que todos conhecemos esses conselhos e, - principalmente, já necessitamos de alguém que viesse tratar (bem) conosco em nossos tempos de sofrimento. O que não significa, porém, que agimos desse jeito ou conseguimos "acolher em afeto" os que perto de nós desabam em suas perdas inexplicáveis. Temos só uma boca e dois ouvidos, mas, falar ainda é o nosso melhor (pior) negócio. E quando não há nada pra explicar, bem, eis a hora em que nosso muito falar não ajuda ninguém a sofrer melhor. Isso mesmo, sofrer. Pois da dor se faz a vida, também, da humanidade. Mas as explicações surgem sempre, e até antes do que esperamos. E a mais frequente delas é que, sim, aqueles que aqui morreram estão lá no céu, agora mesmo, neste instante. Pois a vida precisa continuar e para os céus olhamos atrás do destino de nossos queridos. Na certeza de que será o nosso também, um dia. E não há nada mais certeiro que imaginar a continuidade da vida humana nos céus, acredite. Tanto as mitologias como as religiões, e ainda os filósofos e o próprio Deus apontam pra lá, desde sempre, como o lugar aonde a história dos espíritos humanos continua. Os mitos gregos viajam dos céus pra cá e as religiosidades mais antigas reconheciam na imagem do horizonte longínquo ou na força das tempestades a morada de seus deuses. Platão e Aristóteles também apontaram pra alma humana ou até o além, quando projetaram as questões mais profundas da vida - quem somos, de onde viemos e para onde iremos... E Deus, bem, o Deus judaico-cristão proeminente no Ocidente envia Anjos dos céus desde a antiguidade e seu Profeta maior, Jesus Cristo, subiu exatamente para o céu azul após sua ressurreição. Ou seja, olhar aos céus como o lugar e o destino da vida da humanidade, é sim, um pensamento bastante lógico a partir das experiências e da cultura de todos nós. Agora, o que importa mesmo é guardar algo bem verdadeiro no coração: pois nós, que sabemos que somos pessoas espirituais, também já descobrimos, de verdade, que nossa história não acaba aqui. E os céus acima de nós ainda são uma boa e real imagem do "lugar" deste destino certo na outra dimensão que nos aguarda. De verdade. Descubra mais sobre isso tudo e chegue lá! Mas, chegue bem. Assim como sonhamos e queremos que lá estejam bem, os nossos queridos que já nos deixaram. Paz!
C. S. Lewis escreveu o livro de ficção teológica 'Cartas do Inferno' para apresentar a Batalha Espiritual pelas almas da humanidade no cotidiano comum de todos nós. Como bem esclarece o Apóstolo Paulo na Carta aos Efésios, "nós não lutamos contra inimigos de carne e sangue, mas com governantes e autoridades do mundo invisível, contra grandes poderes neste mundo de trevas e contra espíritos malignos nas esferas celestiais." (cap. 6, 12). Essa realidade da existência transcendente dos seres humanos surge no primeiro anúncio bíblico do Evangelho de Jesus, o Messias, quando Deus fala para a serpente as seguintes palavras: "Farei que haja inimizade entre você e a mulher, e entre a sua descendência e o descendente dela. Ele lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar." (Gênesis, 3.15). O site da produtora traz a seguinte sinopse ao filme "Oficina do Diabo", que se baseia no livro de Lewis: "O demônio Fausto subiu do inferno para ajudar Nata...
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