segunda-feira, 21 de novembro de 2016

a ESPIRITUALIDADE no Cinema: O Homem que não vendeu sua alma.

"A Man for All Seasons" é um filme maravilhoso. "O Homem que não vendeu sua alma" (título nacional) foi produzido em 1966, com direção de Fred Zinnemann e ganhou dois prêmios "Oscar": melhor filme e ator. O drama ocorre no século 16 e mostra como o Rei da Inglaterra, Henrique Oitavo deu origem à Igreja Anglicana ao se separar da Igreja Católica, a fim de conseguir se divorciar pra de novo casar, agora com Ana Bolena. Mas há um "homem que não vendeu sua alma", o Chanceler Thomas More, católico fervoroso que até fica em silêncio sobre as escolhas do monarca. Mas um silêncio que ecoa na multidão britânica pois toda Inglaterra sabe que o melhor homem da nação considera pecado a decisão do Rei Henrique. Bom, parece que só pela breve resenha já deu pra saber um pouco da Espiritualidade do filme e de Sir Thomas More, certo? Errado. Pois por aqui falamos de Espiritualidade, não de ética, e tomara que não, só de religiosidades. Daí que existe a (boa) possibilidade de Thomas More ter vivenciado experiências espiritualmente relevantes em sua trajetória existencial de sofrimentos, pois quem desobedece aos reis, também não permanece passando bem por muito tempo pra contar a história. E como Sir Thomas More era católico, e então cristão, sua Espiritualidade gira ao redor da pessoa de Jesus Cristo, e também, do Espírito Santo de Deus. E daqui (pode) e deve surgir uma relação mística de Thomas More com o Espírito (Santo) de Jesus, que ocorria em sua alma assim que era por lá visitado pelo Espírito que vinha pra lhe conduzir em um relacionamento junto da pessoa de Deus. A particularidade aqui é que esse relacionamento místico acontecia ao redor da experiência do sofrimento - e pelo sofrimento é que o relacionamento fazia Sir Thomas amadurecer. O Apóstolo Paulo escreveu algo interessante sobre tudo isso, e que vai ajudar no caso em questão. Disse que desejava conhecer Jesus pessoalmente, pra ser um companheiro de seus sofrimentos. Como Jesus - desde o ano 33, só anda pelo planeta Terra em Espírito, tanto Paulo como qualquer outro cristão só o conhece assim - em espírito, e em verdade. Enfim, é provável que Thomas More também tenha encontrado Jesus, certo... Mas, que tipo de encontro foi esse? E que caminhada Espiritual fizeram juntos? Parece que foi uma caminhada parecida com a de Paulo, que desejava ser um companheiro existencial espiritual de Jesus em seus... sofrimentos. E sofrimentos não faltaram pra Sir Thomas experimentar, especialmente pra manter sua fé, e tomara, o Espírito Santo de Deus junto dele. Tá entendendo? Se alguém assume atitudes éticas, religiosas ou não, pela grandeza de suas virtudes, que bom. Eis aí um homem de valor. Mas quando alguém vivencia valores a fim de se manter junto do Espírito daquele que acredita ser seu Profeta, e Deus - aí sim, falamos de Espiritualidade, mística. E o que importa bastante por aqui, é que aquilo que chamamos de uma caminhada espiritual de sofrimento - é na verdade, uma experiência existencial de vivência do Amor. Pois o Amor tudo sofre, e tudo crê, também. E quando se Ama pra melhor conhecer Deus, ou se vive com Deus pra de verdade conhecer o seu Amor; então - falamos de Espiritualidade, sim. Das boas!

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