"A Última Tentação de Cristo" é o apropriado título do já clássico filme realizado em 1988 por Martin Scorsese. Pois o aclamado diretor se baseou no livro do grego Níkos Kazantzákis, a fim de levar ao cinema aquela que seria a última das tentações de Cristo: viver como se fora um homem comum os seus dias na Terra. A partir disso o filme tanto desenvolve a tentação que chega na última hora da vida de Jesus, como também apresenta uma tentação que Ele não havia passado até então. Pois Jesus já fora tentado por um anjo caído maligno no objetivo de transformar uma pedra em pão, e até para que se jogasse do alto de uma igreja altíssima direto ao chão, pra que, talvez, anjos o segurassem na queda. De tal forma que a tentação do filme é tanto uma novidade pra Jesus, como também é a última mesmo pela qual passou. Mas, que tentação é essa? Qual seu aspecto espiritual fundamental? Bem, as tentações de Jesus se aproximam das nossas, às vezes, mas também são provas e lutas particulares só da história dele. Pensando um pouco nesta última tentação de Jesus, dá pra perceber que ele foi tentado com o propósito de que não fosse mais quem particularmente deveria ser, e também pra deixar de fazer o que só Ele deveria realizar - e essas são situações que só tem a ver com ele mesmo. Mas, mesmo assim, são tentações surgidas a partir da sua humanidade, iguais as que ocorrem conosco, neste aspecto de serem geradas a partir de sensações humanas. Exemplo: Fome de pão e auto estima, vaidade e até angústia em solidão. Eis algumas das experiências da vida de Jesus que lhe colocaram junto das tentações espirituais com que os seres malignos o atormentaram. São necessidades que todos podemos ter, e temos, mesmo. São sensações que aproximam qualquer ser humano das tentações vivenciadas por Jesus. E pensando na tentação de Jesus - ser um homem comum; às vezes até desejamos viver uma vida bem mais simples, até pensando em deixar de lado certas responsabilidades da nossa existência particular - mas aí, esse já é um tema complicado demais pra estas poucas linhas. Enfim, o que, bem de verdade, diferencia mesmo todas as tentações de Jesus de qualquer uma das nossas, é o fato de que Ele está sendo convidado a deixar de ser o... Messias. É isso! O Messias de Israel e das profecias judaico-cristãs. Pois como Messias, Jesus deve assumir a responsabilidade de reinar sobre as almas humanas, no exato objetivo de mudar o destino delas. No caso, um destino mais atemporal e metafísico do que somente realizar um bom governo de justiça e honestidade em alguma região e país do planeta. Ou seja, o que precisa acontecer é que o Messias deve transformar a eternidade das pessoas! Daí que Jesus precisava encarar a morte humana e o "Hades" dos espíritos mortos para retirar estas experiências da história da humanidade. A ideia é que Jesus passe por estas vivências, mas não, mais, os seres humanos. Algo que Jesus jamais iria realizar se aceitasse sua última tentação, saindo da cruz pra viver a vida como um homem comum; e deixando pra lá o seu destino de ser o Messias dos homens. Haja Espiritualidade!
Esse texto tem objetivo didático na disciplina de Símbolos de Fé no Seminário Presbiteriano do Sul extensão Curitiba. Daí a utilização de resumos e citações mais longas no interesse de oferecer aos alunos o conteúdo apropriado para o entendimento necessário aos debates e explanações em aula. CONTEÚDO de Aula: CONTEXTO HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO DOS SÍMBOLOS DE FÉ DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL. TEOLOGIA REFORMADA. "Trata-se da teologia oriunda da Reforma (calvinista) em distinção à luterana. O designativo "reformada" é preferível ao calvinista... considerando o fato de que a teologia reformada não provém estritamente de Calvino." (Maia, p. 11, 2007). OS CREDOS E A REFORMA. "Os credos da Reforma são as confissões de fé e os catecismos produzidos nesse período ou sob sua inspiração teológica. Os séculos 4 e 5 foram para a elaboração dos credos o que os séculos 16 e 17 foram para a feitura das confissões e dos catecismos. A razão parece evidente: na Reforma, as...
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