sexta-feira, 8 de março de 2024

1 JOÃO. Luz e Trevas. Jesus e o Hábito dos Cristãos, a CONFISSÃO!

JESUS, A LUZ DO MUNDO. A CONFISSÃO, o Hábito dos Cristãos. Evangelho de João, 3. 16-21: "Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Deus enviou seu Filho ao mundo não para condenar o mundo, mas para salva-lo por meio dele. Não há condenação alguma para quem crê nele. Mas quem não crê nele já está condenado por não crer no Filho único de Deus. E a condenação se baseia nisto: a luz de Deus veio ao mundo, mas as pessoas amaram mais a escuridão que a luz, porque seus atos eram maus. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima dela, pois teme que seus pecados sejam expostos. Mas quem pratica a verdade se aproxima da luz, para que outros vejam que ele faz a vontade de Deus." PENSAMENTO. A história jamais seria a mesma, pois a Justiça de Deus e a injustiça da humanidade iriam se encontrar na existência, de modo que a diferença essencial entre a Luz e as Trevas seria revelada na própria espécie humana, no contraste entre o Filho de Deus e os filhos dos homens. TÓPICO 1. PENSAMENTO. A primeira vez que Deus compartilhou sua Luz com nosso mundo e dimensão foi através de sua Palavra lá no início da criação, quando agiu para transformar o caos em harmonia. Gênesis 1. 1-5. "No princípio, Deus criou os céus e a terra. A terra era sem forma e vazia, a escuridão cobria as águas profundas, e o Espírito de Deus se movia sobre a superfície das águas. Então Deus disse: "Haja luz", e houve luz. E Deus viu que a luz era boa, e separou a luz da escuridão. Deus chamou a luz de "dia" e a escuridão de "noite". A noite passou e veio a manhã, encerrando o primeiro dia." COMENTÁRIO, Bíblia de Genebra: "Este relato da criação estabelece o fundamento da cosmovisão de Israel com respeito a Deus, aos seres humanos, à criação e às leis referentes à humanidade (...) "A palavra hebraica para "Deus"... é plural para denotar sua majestade. (...) A atividade criadora de Deus... não foi a mera organização da matéria pré-existente..., porque outros textos ensinam claramente que o universo foi criado do nada, (Jo 1.3; Hb 11.3). (...) "A terra, porém, estava sem forma e vazia". Esta descrição expressa o estado da criação, ainda desordenada ou incompleta. Alguns a vêem como uma ameaça negativa do caos que é superada pelo poder criativo de Deus. (...). O ESPÍRITO DE DEUS dá vida a todos; quando Deus retira seu Espírito a vida cessa. (...) O Espírito também constrói "templos": o cosmos, o tabernáculo, Cristo, a igreja. (...) DISSE DEUS. O ato livre da criação de Deus através da Palavra divina (Sl 33.6-9, cf Jo. 1. 1,3) 1.4 LUZ. Deus é a fonte última da luz do dia que se alterna com a escuridão; o sol é introduzido mais tarde como causa imediata. A luz simboliza vida e bênção (Sl 4.7, 56.13, Is 9.2, João 1.4-5).". REPRESENTAÇÃO DA CRIAÇÃO! TÓPICO 2. PENSAMENTO. Após o estabelecimento do pecado em nossa raça e dimensão, Deus revelou o plano para compartilhar sua Luz de uma forma definitiva em nossa existência, vindo a estabelecer a sua Luz a partir de nossa própria espécie, até alcançar toda a nossa dimensão, com a sua Palavra se tornando carne entre nós. João 1.1-5. "No princípio, aquele que é a Palavra já existia. A Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. Ele existia no princípio com Deus. Por meio dele Deus criou todas as coisas, e sem ele nada foi criado. Aquele que é a Palavra possuía a vida, e sua vida trouxe luz a todos. A luz brilha na escuridão, e a escuridão nunca conseguiu apagá-la". COMENTÁRIO, Bíblia de Genebra: "O termo "verbo" (Palavra) (grego logos) designa Deus, o Filho, referindo-se à sua divindade; "Jesus" e "Cristo" referem-se à sua encarnação e obra salvífica. (...) Na filosofia neoplatônica e na heresia gnóstica (séculos II e III d.C), o Logos era visto como um dos muitos poderes intermediários entre Deus e o mundo. Tais noções estão bem longe da simplicidade do Evangelho de João. (...) 1.14. E O VERBO SE FEZ CARNE. Comentário. Genebra. "Nesta afirmação o início do Evangelho de João atinge o seu clímax... aqui um abismo é transposto: o Verbo Eterno de Deus não só parece um ser humano, mas realmente tornou-se carne. Tomou sobre si a plena e genuína natureza humana". NOTA da Bíblia de Genebra. A doutrina da Trindade declara que Cristo é verdadeiramente divino; a doutrina da Encarnação declara que o mesmo Cristo é também plenamente humano. (...) Tornando-se carne, o Logos foi revelado como o Filho de Deus e a fonte da "graça e da verdade", o "unigênito do Pai" (vs. 14,18). A HUMANIDADE DE JESUS. Conf. João Calvino, resumo e citações. Ao ler no evangelho de João 1.14, que a "Palavra se fez carne", não deve-se entender que o Verbo de Deus foi misturado com carne ou transformado em carne, mas sim "que escolheu para Si mesmo um templo formado pelo ventre de uma virgem no qual habitar." Dessa forma, o Filho de Deus se fez Filho do Homem não numa confusão de suas duas naturezas, mas pela unidade destas conforme estão juntas na pessoa do Cristo. A união da divindade com a humanidade foi tão profunda que ambas as naturezas divina e humana mantiveram tudo que lhes é próprio, enquanto se tornaram uma só pessoa, o Cristo! E numa comparação ao entendimento deste fato sobre Jesus, sabe-se que "o próprio homem consiste em duas partes distintas, corpo e alma, os quais, porém, não estão misturados a ponto de perderem aquilo que pertence à natureza de cada." Então, o fato é que as Escrituras apresentam Jesus Cristo, destacando aspectos somente de sua humanidade ou, falando de verdades acerca da sua divindade, e ainda, afirmando realidades dele que não tem relação com estas duas naturezas, quando vistas separadamente; sendo esta uma doutrina comprovada nas Escrituras. "Quando Cristo disse acerca de Si mesmo, "Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu sou!", arrogou para Si mesmo alguma coisa muito diferente da natureza humana", sendo este um aspecto da sua divindade. Quando o Apóstolo Paulo destaca que Jesus é o primogênito da criação em quem todas as coisas subsistem e quando Cristo trata da glória que vivenciava junto do Pai antes do mundo, então, temos declarações impossíveis de serem dadas acerca de qualquer outro ser humano; sendo passagens sobre a divindade de Jesus de Nazaré, o Cristo dos Homens. A DIVINDADE DE JESUS. Conf. João Calvino, resumo e citações. Agora, vamos prosseguir e pensar sobre a humanidade de Jesus e sobre o significado dele ser o Messias e Cristo da Humanidade. Nesse sentido, quando Jesus é declarado como "Servo do Pai" (Isaías 42.1), e na descrição da sua infância enquanto crescia em estatura, graça e sabedoria. E quando Jesus diz que "não procura Sua própria glória, e que não sabe quando será o último dia (da história neste mundo), e que Ele não fala pela Sua própria autoridade nem pratica a sua própria vontade", então sabemos que Jesus se refere à sua humanidade, a partir de aspectos da sua natureza humana. Já o bom conhecimento da Pessoa do Messias ocorre nas passagens bíblicas que apresentam aspectos singulares e simultâneos das duas naturezas de Jesus conjuntamente, a divina e humana. Isto ocorre quando João descreve em seu Evangelho que Jesus recebeu autoridade do Pai para perdoar pecados, vivificar a vida humana e derramar "justiça, santidade e salvação sobre a humanidade; que Ele foi nomeado Juiz dos vivos e dos mortos, a fim de que seja honrado como o Pai é honrado. Que Ele é a Luz do mundo, o Bom Pastor, a única Porta, a Videira Verdadeira." São capacidades derramadas sobre o Filho do Homem assim que Ele se manifestou para existir carnalmente em nosso mundo, "pois embora as possuísse com o Pai antes da fundação do mundo, contudo não as possuía da mesma maneira até que fosse manifestado em carne; porém elas são de tal natureza que não poderiam ser dadas a um homem que nada mais fosse do que homem," e assim somente o Filho de Deus que se tornou homem tem tais atributos. Observe que o reino de Jesus Cristo não teve começo e não terá fim, com Cristo reinando até se assentar no trono do julgamento, e também ali Ele irá reinar. "Quando, porém, formos glorificados e vermos Deus como Ele é, então Cristo, tendo cumprido o ofício de Mediador, cessará de ser o mensageiro do Pai e ficará satisfeito com a glória que tinha antes da fundação do mundo." Jesus Cristo não irá perder nada com isto, mas será visto de modo maior e mais profundo em sua Glória, pois será o momento em que sua majestade irá surgir de forma completa e integral diante dos homens; a Glória de Deus, o Filho! JESUS, O MESSIAS E LUZ DO MUNDO. SIGNIFICADO E REALIZAÇÕES. O Evangelho está pontilhado com a expressão "Eu Sou", que tem relevância especial porque "Eu Sou" era a expressão usada como nome divino, devido à tradução grega do Êx 3.14; quando João revela Jesus como "Eu Sou", a reivindicação de sua divindade está explícita. Exemplos disso temos em João 8.28,58 e em sete declarações de Jesus como: o pão da vida, alimento espiritual; a luz do mundo banindo as trevas (8.12; 9.5); a porta das ovelhas que dá acesso a Deus; o bom pastor, que protege dos perigos; a ressurreição e a vida sobrepujando a morte; o caminho, a verdade e a vida, que leva ao Pai; a videira verdadeira, em quem podemos dar frutos. (20.29-31)." (Bíblia de Genebra, p. 8/9, 1228/29, 1999. REPRESENTAÇÃO DA VINDA DA LUZ EM JESUS. TÓPICO 3. A SIMPLICIDADE dada no EVANGELHO e CARTAS de JOÃO. "E a vida se manifestou, e nós a vimos e dela damos testemunho. E anunciamos a vocês a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada." (1 Carta de João, cap. 1.2). MEDITAÇÃO. Quando o Apóstolo João viu Jesus vivo e ressurreto após a morte, em nova pesca lá na praia com os discípulos, ele soube que Jesus era o Cristo. Anos mais tarde, quando João foi levado ao terceiro céu em espírito, assim que viu Jesus sentado à direita de Deus Todo Poderoso, então a ficha que já havia caído antes, se tornou um turbilhão de conhecimento. João descobriu que Jesus era Deus! E como Deus tem vida em si mesmo, uma vida completa e eterna, então João entendeu que quando Jesus se tornou um ser humano, a qualidade da vida de Deus foi compartilhada com a nossa espécie. Sim, a partir dali, a raça humana jamais seria a mesma. A qualidade de sentimentos e atitudes dos homens mudou para sempre tendo Jesus como Messsias e Salvador. E a ressurreição do homem Jesus ainda garante que tudo de bom que pode-se viver hoje, será melhor, aperfeiçoado e integral, verdadeiro e eterno; amanhã! TÓPICO 4. O GRANDE CONSTRASTE. LUZ E TREVAS. "Esta é a mensagem que ouvimos dele e que agora lhes transmitimos: Deus é luz, e nele não há escuridão alguma." (1 Joao, cap. 1.5). MEDITAÇÃO. Deus é Luz, e por isso os cristãos precisam andar na Luz para que consigam viver com Deus, de verdade. E o apóstolo João vai explicar para nós que viver e andar junto de Deus não é tão difícil, mas é complicado. E complexo. Pois a humanidade pecaminosa é complicada e complexa. Mas, fora isto, agora já é possível andar e viver com Deus. Afinal, a Luz de Deus está no mundo e se fez homem; e aí surge um caminho para a humanidade seguir direto até Deus. Dá uma olhada: "Mas, se andarmos na luz, como o próprio Deus é luz, vamos experimentar também uma vida de comunhão uns com os outros, enquanto o sangue derramado de Jesus, o Filho de Deus, nos purifica de todo o nosso pecado." (v. 7). Observe então, que a comunhão religiosa que faz os homens viverem com Deus acontece quando os cristãos andam na Luz, que é Jesus; pois ao estar diante de Deus através de Jesus, as nossas trevas de pecados são tratadas pelo sangue derramado do Filho de Deus, que purifica sempre de todo pecado. TÓPICO 5. COMO CARREGAR AS TREVAS E ANDAR NA LUZ, QUE É JESUS. "Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Mas se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo." (1 Carta de João, cap. 2.1). MEDITAÇÃO. Um cristão não é alguém que não comete pecados. Mas sim, é uma pessoa que acredita no Evangelho de Jesus Cristo para tratar os seus pecados. Desta forma, a Religião e Religação cristã do homem para com Deus requer levar sempre em conta a vontade e os mandamentos de Deus, que apontam os nossos pecados e também anunciam a retidão de Deus. E no meio desta realidade de pecados vindos das trevas, bem, a Religião Cristã do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo vai manter a gente ligado aos céus, vivendo continuamente um relacionamento com Deus dia a dia, mesmo quando caímos em pecados. Essa benção é dada a todos que invocam Jesus como o nosso Advogado diante da Justiça de Deus. TÓPICO 6. 1 Carta de João, capítulo 3. "Todo aquele que permanece nele, não vive pecando; todo aquele que vive pecando, não o viu nem o conheceu". (1 João 3.6). MEDITAÇÃO. A diferença entre um cristão e um não cristão é o hábito do pecado, e não o fato de não pecar. Pois todo ser humano é pecador e por isso todos praticamos pecados. No entanto, Jesus Cristo está fazendo as pessoas nascerem de novo direto lá dos céus, e por isso os cristãos estão aprendendo a deixar de cometer o pecado como um hábito constante e incurável. E já são capazes de transformar atitudes malditas em benditas. Dessa forma, uma marca dos cristãos é aprender a pecar cada vez menos, sendo que alguns pecados mais graves também serão praticados de modo mais leve, pra não causar danos pra si mesmo e problemas ao próximo. Embora qualquer pecado sempre provoque o afastamento de Deus. Daí a palavra de João para que os cristãos procurem não pecar, mas se pecarem, devem saber que pela confissão de pecados, Jesus se faz nosso Advogado Salvador diante da Justiça de Deus. Em meio a todo esse conhecimento, refletimos que a dimensão do pecado é uma realidade existencial perigosa e misteriosa da humanidade e de todo nosso ambiente existencial, pois Jesus sem dar motivo para a enfermidade do paralítico que Ele a pouco havia curado em Betesda, decidiu dar a ele , no entanto, uma razão, ao orientar que não deveria voltar a pecar para que não lhe sobreviesse mal pior: "Olha, você foi curado. Não peque mais, para que não lhe aconteça coisa pior." (João 5.14). O que fazer diante disto? Nesta realidade, "Dois homens foram ao templo para orar: um era fariseu e o outro era publicano. O fariseu ficava em pé e orava de si para si mesmo, desta forma: "Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo o que ganho. O publicano, estando em pé, longe, nem mesmo ousava levantar os olhos para o céu, mas batia no peito, dizendo: "Ó Deus, tem pena de mim, que sou pecador!" Digo a vocês que este desceu justificado para a sua casa, e não aquele." (Lucas 18. 10-14). Desta forma, e renovando a nossa verdade essencial; "Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado." (1João 1.6-7). PENSAMENTO. Através da realização e estabelecimento da obra do Evangelho de Jesus de Nazaré em nossa existência, Deus transformou a Luz da perfeição de seus mandamentos na própria Pessoa humana de Jesus de Nazaré. Desta forma, os homens não precisam obedecer a todos os mandamentos para conseguir ficar na luz. Agora, basta aos homens estar em Cristo, sendo Ele a própria Luz dos homens. Assim, nós saímos das trevas não através da obediência aos mandamentos da luz, mas sim pela confiança em Jesus Cristo, o Messias, que sendo Ele a própria Luz do mundo, nos mantém na Luz. Jesus então, é a nossa comunhão, e religião, e religação, e relação única com Deus perante toda existência. Pois não há outro! Por isso, diz João: "O que vimos e ouvimos anunciamos também a vocês, para que também vocês tenham comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho, Jesus Cristo." (1 João 1.3). CONCLUSÃO. Em suma, irmãos; "A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas e as trevas não prevaleceram contra ela. (...) Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está junto do Pai, é quem o revelou." (João 1. 4-5, 17-18). Desta forma, "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." (1 João 1.9). É ISSO. O Hábito dos cristãos da Luz é a Confissão, pois Jesus Cristo levou os nossos pecados. Autor. Ivan S Rüppell Jr é professor, advogado e ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil.

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