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DEVOCIONAIS. A Verdadeira Vida Cristã, João CALVINO. 2025.

“A Verdadeira Vida Cristã”. RESUMO do Livro em formato devocional. Introdução: “Calvino foi um exegeta notável, tornando-se o mais importante modelo da aplicação do método histórico-gramatical. Sua atitude de profundo respeito para com as Escrituras fez de Calvino um comentarista extremamente cuidadoso e confiável. Para Calvino, o teólogo é antes de tudo um discípulo e um servo das Escrituras." (*Ricardo Quadros Gouvêa, p 5). A ORAÇÃO DE CALVINO: “Deus e pai todo-poderoso, nesta vida temos tido muitas lutas; dá-nos a força do teu Espírito, para que possamos prosseguir em meio ao fogo e às muitas águas com valor, e assim nos submetermos às tuas normas, para irmos ao encontro da morte sem temor, com total confiança na tua assistência.” (p 19). CAPÍTULO 1: A OBEDIÊNCIA HUMILDE. VERDADEIRA IMITAÇÃO DE CRISTO. A ESCRITURA É A REGRA DA VIDA. 1. “A META DA NOVA VIDA é que os filhos de Deus exibam a melodia e harmonia de Deus em sua conduta.” A melodia da canção do Deus da justiça é a harmonia entre a justiça de Deus e a nossa obediência. A segurança da nossa adoção como filhos origina de caminharmos na lei de Deus. Somos preguiçosos e necessitamos de um princípio que nos ajude em nossos esforços, já que o arrependimento não é uma garantia que iremos nos manter no caminho reto. “A lei de Deus contém em si mesma a dinâmica da nova vida por meio da qual Deus restaura sua imagem em nós.” A Escritura é o princípio fundamental para reformar nossas vidas. (p 21). 2. “OS PAIS DA IGREJA escreveram grandes obras sobre as virtudes necessárias à vida cristã.” No entanto, a devoção pura requer tão somente que consigamos entender a regra básica da Bíblia, sendo que a brevidade de um texto sobre a conduta cristã não deve ser considerada supérflua ou sem valor. Filósofos falam de princípios gerais e regras específicas, são ambiciosos e demonstram uma estranha lucidez e hábil ingenuidade; “porém a Escritura tem uma esplêndida precisão e uma certeza que supera todos os filósofos.” (p 22). Os filósofos comovem, enquanto o Espírito Santo é direto, simples e compreensível. A SANTIDADE É O PRÍNCIPIO CHAVE. 3. AS ESCRITURAS DESTACAM dois planos para os cristãos: a instrução na lei para que amemos a retidão, e o ensino de regras simples para não nos cansarmos no caminho. A melhor recomendação é “Sede santos porque eu sou santo.” (p 22). Cristo nos chamou para sua presença quando estávamos espalhados e sem pastor, perdidos no labirinto do mundo. 4. A SANTIDADE É O ÚNICO meio capaz de nos fazer desfrutar a união mística com Cristo. A santidade não é um mérito para obter a comunhão com Deus, pois só o dom de Cristo nos une ao Senhor. “A santidade é a própria glória de Deus que não pode ter nada a ver com a iniquidade e impureza”; sendo essa uma boa razão para sermos exortados na prática da santidade. A vida cristã não está relacionada aos valores deste mundo, pois fomos resgatados da iniquidade e contaminação desta era. Para sermos o povo que vive na Jerusalém santa do Senhor é necessário acatar a exortação da santidade; pois a cidade santa não será habitada por habitantes impuros. “O salmista disse: Jeová, quem habitará em teu tabernáculo? Quem morará em teu monte santo? O que anda em integridade, faz justiça e fala a verdade em seu coração.” A SANTIDADE SIGNIFICA OBEDIÊNCIA TOTAL A CRISTO. 5. A ESCRITURA DIZ que Cristo é o caminho da santidade, sendo que o mesmo Deus que nos reconciliou consigo em Cristo, também ordena que “sejamos conformes à sua imagem.” (p 23). O plano de vida dos “filósofos é viver a vida de acordo com a natureza”, enquanto que Deus apresenta “Cristo como nosso modelo e exemplo perfeito”. Exibir o caráter de Cristo é o plano de vida mais excelente que existe, o qual dará um testemunho efetivo ao mundo e que será de grande valor para nós mesmos. 6. O SENHOR NOS ADOTOU como filhos na condição de nos tornarmos uma imitação de Cristo; “o Mediador de nossa adoção”. (p 24). Aquele que não se consagra para viver a justiça de Cristo, afasta-se do Criador e renuncia “voluntariamente ao nosso Salvador.” (p 24). 7. A EXORTAÇÃO DAS ESCRITURAS traz consigo as promessas das bênçãos de Deus e realiza a conclusão da nossa salvação. “Posto que Deus tem revelado a si mesmo como Pai”, seremos ingratos se não agirmos como seus filhos. Cristo subiu aos céus e nos uniu como membros de seu corpo, e por isso nos convoca a deixar para trás “os desejos da carne e elevar nossos corações a Ele.” (p 24). O Espírito Santo nos consagrou como templos de Deus, e por isso devemos manifestar a Sua glória, ao invés de profanar este santuário. Nossa alma e corpo irão herdar uma coroa incorruptível, e assim devemos nos manter puros até o dia do Senhor. “Estes são os melhores fundamentos para um código correto de conduta.” (p 24). UM CRISTIANISMO EXTERNO NÃO É SUFICIENTE. 8. COMO SE PODE GLORIFICAR o nome de Cristo se tudo que possuímos é sermos membros de uma igreja? O verdadeiro conhecimento de Deus dado na Palavra do Evangelho nos conduz para a comunhão com Cristo. E o verdadeiro conhecimento de Cristo requer o abandono da velha e corrupta natureza humana, sendo que conhecer a Cristo somente no exterior é “uma crença perigosa”. (p 25). 9. “O EVANGELHO NÃO É UMA DOUTRINA DA FALA, MAS DA VIDA.” A compreensão do Evangelho requer que sua mensagem esteja em nossa alma e atinja o coração, não sendo possível “assimilá-lo por meio da razão e da memória.” “Os cristãos nominais devem parar de insultar a Deus dizendo serem aquilo que não são.” A fé e religião que não muda o coração e atitudes até nos tornar novas criaturas, “não nos será de muito proveito.” (p 25). 10. OS FILÓSOFOS SE AFASTAM de todos que “ conhecer a arte de viver a vida”, e com mais razão os cristãos deveriam criticar os que levam o Evangelho nos lábios, ao invés de no coração. As convicções e afetos dos crentes não tem limites, enquanto que “as exortações dos filósofos são frias e sem vida.” (p 25). O progresso espiritual é necessário. 11. Devemos seguir adiante na busca da perfeição, sendo injusto cobrar ou requerer tal perfeição “antes de constatarmos se uma pessoa é verdadeiramente cristã.” “Se instituíssemos uma norma de perfeição total para os cristãos, não existiria nenhuma igreja”, já que todos estamos longe de sermos cristãos ideais, sendo que alguns progridem lentamente. (p 26). 12. “A perfeição deve ser a meta final a qual nos dirigir e o propósito supremo em nossas vidas.” Não é correto abraçar alguns valores de Deus em detrimento de outros, “segundo nosso gosto e capricho.” Deus deseja sinceridade no serviço e “simplicidade de coração, sem engano nem falsidade.” A vida espiritual requer uma dedicação sincera na busca da santidade e retidão, enquanto que uma mente dividida só gera conflitos. Saiba que não há ninguém que seja forte e capaz de estar sempre vigilante pra seguir adiante na caminhada cristã, sendo que a maioria dos crentes “se desviam ou se detêm em seu progresso espiritual”, alcançando avanços lentos e pequenos. (p 26). 13. Mas, “deixemos que cada um proceda de acordo com a habilidade que lhe foi dada e continue assim, a peregrinação que tem empenhado.” Não há ninguém tão infeliz que não consiga progredir de vez em quando. Façamos todo possível para seguir adiante e não vamos nos desesperar quando avançamos pouco. Estejamos felizes se o dia de hoje foi melhor que o dia que passou. (p 26). 14. “A única condição para o verdadeiro progresso espiritual é a de que permaneçamos sinceros e humildes.” (p 26). Mantenha a sua meta e avance até ela com vontade, sem cair no orgulho ou se entregar às paixões pecaminosas. Sejamos diligentes para alcançar mais santidade até atingir a nossa melhor qualidade espiritual, pois “somente chegaremos à perfeição absoluta” quando estivermos na própria presença de Deus, e separados deste corpo corruptível. (p 27). REFERÊNCIAS: CALVINO, João. A Verdadeira Vida Cristã. tradução de Daniel Costa. Editora Cristã Novo Século. São Paulo. SP. 2000. *VOCÊ PODE ACESSAR NESTE BLOG aos Estudos Devocionais para Grupos, com o conteúdo desse primeiro capítulo resumido organizado em REFLEXÕES. Ivan S. Rüppell Jr. Professor de Teologia e Ciências da Religião.

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