quarta-feira, 8 de julho de 2020

A VERDADEIRA VIDA CRISTÃ, João Calvino. RESUMO. Cap. 2, parte 1.

RESUMO do Livro, A verdadeira vida cristã, de João Calvino. Capítulo II. AUTONEGAÇÃO. Não nos pertencemos, somos do Senhor. 1. “O princípio da santidade nos leva à seguinte exortação: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade do Senhor.” (Rm 12.2). (p 29). Ao consagrar nossa personalidade para servir ao Senhor, isso significa que pensamos, falamos, meditamos ou fazemos qualquer coisa tendo como motivo principal a glória de Deus. Nisto consiste a verdadeira adoração. 2. Se não somos “donos” de nós mesmos, então devemos fugir de tudo que desagrada a Deus. Se pertencemos ao Senhor, devemos fazer tudo aquilo que Ele aprova. Quando compreendemos que não nos pertencemos, aceitamos que nem a nossa razão e nem a nossa vontade deveriam guiar nossos pensamentos e ações. Já que não somos donos de nós mesmos e nossa personalidade não nos pertence, devemos refrear os desejos da carne, até conseguir largar os interesses egoístas. Somos do Senhor e devemos viver para Ele! 3. O homem que não é governado por sua razão é um homem que avança na caminhada cristã, pois o veneno mortal que leva os homens à ruína origina de se orgulharem da própria capacidade, oriunda da sabedoria humana. 4. Para servir ao Senhor é necessário praticar uma obediência que coloca de lado os desejos pecaminosos, enquanto nos rendemos ao controle do Espírito Santo. “A transformação de nossas vidas por meio do Espírito Santo é o que Paulo chama de renovação da mente.” (p 30). Os filósofos exaltam a razão do homem pra que seja o guia de sua conduta, mas a filosofia cristã orienta que a nossa consciência e raciocínio devem estar sob o domínio do Espírito Santo. “Fui crucificado com Cristo; assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.” (Gálatas 2.20). Buscar a glória de Deus implica numa autonegação. 1. A vantagem de abandonar nossas ideias egoístas é que teremos a oportunidade de focar a atenção em Deus e seus mandamentos. “Todo crente deve ter o desejo fervoroso de contar com Deus em cada momento de sua vida.” (p 31). Logo que deixamos para trás os interesses pessoais, também abandonamos desejos de riquezas, poder e favor dos homens, além de enfraquecer na alma a busca por falsas ambições e outras maldades secretas. 2. “Se um homem tem aprendido a depender de Deus em cada empreendimento de sua vida, estará liberto de todos os seus desejos vãos.” Todo aquele que vier a negar a si mesmo, também não deixará espaço para “o orgulho, a arrogância, a vanglória, a avareza, a licenciosidade, o amor à luxúria, ao luxo, ou qualquer outra coisa nascida do amor ao “Eu”.” (p 31). Aquele que não se submete ao princípio da autonegação será conduzido “à indulgência pelos vícios mais grotescos sem um mínimo de vergonha”, posto que não é possível ser uma pessoa de virtudes sem crer na santa lei de Deus e na autonegação. 3. Quando não buscamos a autonegação e queremos praticar virtudes, o que ocorre é que realizamos obras pra alcançar o louvor dos homens. Os filósofos que valorizam esse tipo de virtude, logo demonstram que o mais importante para eles é bem exercitar o seu orgulho. “Deus não se compraz em absoluto com aqueles que são ambiciosos e altivos, cujos corações estão cheios de orgulho e presunção.” (p 31). Até as prostitutas e fariseus (arrependidos) estão mais próximos do reino dos céus do que os orgulhosos e vaidosos. 4. São “incontáveis os obstáculos do homem que deseja fazer o que é correto e, ao mesmo tempo, resiste em negar o seu “Eu”.” (p 32). A autonegação cristã é o remédio para acabar com todos os vícios escondidos da alma humana. A libertação do homem ocorre quando ele decide renunciar a seu egoísmo e escolhe agradar ao Senhor para fazer o que é bom diante de seus olhos. “Porque a graça de Deus se manifestou para todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e salvador, Jesus Cristo.” (Tito 2.11-13). REFERÊNCIAS: CALVINO, João. A Verdadeira Vida Cristã. tradução de Daniel Costa. Editora Cristã Novo Século. São Paulo. SP. 2000. *VOCÊ PODE ACESSAR NESTE BLOG ao RESUMO do Capítulo 1. Autor, Ivan S. Rüppell Jr. Professor de Teologia e Ciências da Religião.

Nenhum comentário:

Postar um comentário