A Páscoa está chegando e vale a pena dar uma olhada em bons filmes para nos auxiliar no entendimento do Evento fundamental do Cristianismo.
Assim, segue uma breve resenha e comentário da espiritualidade do filme, A PAIXÃO DE CRISTO.
A Páscoa de Jesus Cristo é o fato histórico em que Deus realiza e também explica a maneira como os pecados da humanidade são condenados na cruz, ao mesmo tempo em que os seres humanos ficam livres desta condenação maldita.
Isto porque o juízo divino é sempre um sofrimento por substituição, no contexto da Páscoa - pois um cordeiro morre no lugar dos filhos de Israel escravos no Egito. E Jesus também morre no lugar dos homens pecadores com fé em Deus Pai!
Daí surge uma dificuldade para entender como Deus detesta o pecado, já que fica difícil enxergar a sentença Justa de Deus - quando a condenação recai sobre um inocente, como foi o caso de Jesus de Nazaré.
Dessa forma, as cenas de tortura e assassinato de Jesus no filme "A Paixão" também representam o tamanho do juízo com que Deus Pai condena as maldades oriundas da corrupção do pecado dos homens, e das maldições que isto causou na humanidade e na História.
São realidades espirituais da Páscoa de Jesus que ganham no admirável filme do diretor Mel Gibson uma temporal representação nas fortes cenas de condenação e morte do Cristo de Deus, e dos homens. E sobre a produção do filme, veja que a direção de Gibson é excelente, bem digna de uma obra sobre o Messias; com algumas cenas cruciais que são significativas no seu esplendor espiritual. Como quando somos atemorizados pela cena da tentação de Jesus, que é conduzida pelo demoníaco ser espiritual Satanás, simbolizado na pessoa de uma mulher pálida como se fora um zumbi, que tudo que toca suga pra si. Ou então, na cena da recordação de Maria, que ao lembrar a queda do Jesus menino, enquanto está diante do Messias dos homens caindo sob o peso da cruz, traduz um sentimento que aquece até o mais frio coração dos homens.
Finalmente, eis que a lágrima do próprio Deus Pai se derrama como gota cortante e amplificada dos céus junto ao corpo morto de seu Filho único; pra revelar pra nós a dor e coração do próprio Deus Eterno.
Situações históricas que a obra nos faz partilhar numa sinceridade vibrante através de cenas sabiamente filmadas.
Jim Caviezel representa Jesus Cristo no filme e traz para o complexo ser do Messias da história uma humanidade existencial iluminada.
Ele preenche de sinceridade as cenas mais triviais e comuns, e torna reais algumas situações transcendentes que o Filho de Deus vivenciou junto aos homens no planeta.
Algo que vemos no olhar doloroso de Jesus, que alcança o Apóstolo Pedro em sua terceira negação, e que se torna um olhar sobre todos nós, a humanidade inteira. E ensina mais do amor de Deus do que qualquer explicação.
É um olhar carregado de dores devido ao desprezo do amigo, mas pleno de compaixão, pois origina da afeição divina para conosco, a humanidade. Sim, Jesus permanece solidário até quando é atraiçoado. Coisas de Deus, afinal.
A cena final que revela o modo como a morte de toda espécie foi superada por um ser humano aqui na Terra; na aguardada Ressurreição da nossa raça, é linda demais!
Somos conduzidos para a caverna mortuária adentro e como que guiados pela luz do dia, vemos como os panos que envolviam o morto encontram-se, agora, vazios na pedra fria do sepulcro.
De repente, quase sem perceber, partilhamos da descoberta maior da existência, ao verificar que aquele que na sexta-feira morreu, já respira de novo e vivo está no planeta Terra, logo na manhã de domingo!
Enfim, se há coisas interessantes pra se fazer nesta Páscoa, que uma delas seja assistir o filme "A Paixão de Cristo".
Feliz Páscoa!
Autor: Ivan Rüppell Jr é professor de ciências da religião, tendo publicado o livro Resenhas espirituais de meditações cinematográficas, edit. dialética, 2020.
C. S. Lewis escreveu o livro de ficção teológica 'Cartas do Inferno' para apresentar a Batalha Espiritual pelas almas da humanidade no cotidiano comum de todos nós. Como bem esclarece o Apóstolo Paulo na Carta aos Efésios, "nós não lutamos contra inimigos de carne e sangue, mas com governantes e autoridades do mundo invisível, contra grandes poderes neste mundo de trevas e contra espíritos malignos nas esferas celestiais." (cap. 6, 12). Essa realidade da existência transcendente dos seres humanos surge no primeiro anúncio bíblico do Evangelho de Jesus, o Messias, quando Deus fala para a serpente as seguintes palavras: "Farei que haja inimizade entre você e a mulher, e entre a sua descendência e o descendente dela. Ele lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar." (Gênesis, 3.15). O site da produtora traz a seguinte sinopse ao filme "Oficina do Diabo", que se baseia no livro de Lewis: "O demônio Fausto subiu do inferno para ajudar Nata...
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