Houve uma conversa eterna antes do começo do Princípio dos tempos e dos mundos.
O Pai olhava para o nada e pensou de que jeito o Filho entraria na história levando junto dele um planeta diferente, cheio quem sabe, de gente. E tudo que se pensava, o Espírito de Deus já planejava pra mover.
- Só tem um problema; avisou o Pai... - Essa gente precisa ser gente como a gente, mesmo que não sejam quem nós somos. - Sim; disse o Filho. O Pai falou: - Eles serão pessoas, criados na nossa imagem e semelhança, com a condiçao racional de transformar a realidade e uma consciência moral pra fazer escolhas. Vão viver a história. - É esse o problema; disse o Espírito. - Pois certamente eles irão escolher ser como nós, ao invés de somente querer viver conosco. - Exato; disse o Pai. O Espírito continuou: - Daí que toda essa gente, a humanidade inteira, bem, vai acabar caindo numa desgraça sem eira nem beira. Estarão condenados a morrer em si mesmos, dia a dia para todo o sempre. O Pai então, pensou já falando: - Ah não ser que alguém muito forte e também fragíl o bastante fosse viver a vida deles num instante! Até gerar uma existência justa pra eles assim junto conosco. - Verdade; concordou o Espírito; - Então estaríamos juntos pra sempre. - É isto que deve acontecer; definiu o Pai. E seguiu falando: - Só que para trazer essa humanidade pra junto de nós de uma vez por todas, esse Representante teria antes que levar com ele, tudo tudo que vai afastar eles da gente, o pecado!
- Eu vou! Disse o Filho. - A minha vida eu a dou espontaneamente, ninguém a tira de mim. O Pai e o Espírito olharam para o Filho, e assim toda a história foi escrita num instante. - Filho? - Sim, meu Pai? - Você sabe que um dia lá na Cruz, nós não seremos "nós", pois ali você será somente "você" - um humano totalmente pecador! E todas as trevas do Universo estarão sobre você. Você entende isto, Filho? - Eu sou a Luz do mundo, e as trevas não irão me derrotar. Foi assim então, que "ao meio dia, desceu sobre toda a terra uma escuridão que durou três horas. Por volta das três da tarde, Jesus clamou em alta voz: "Eli, Eli, lamá sabactâni?", que quer dizer: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?". (Mateus 27. 45-46). Então, lá no Princípio da eternidade, Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito choraram juntos num abraço intenso que permanece apertado até hoje. Um abraço sacrificial da Trindade de Deus dado no Princípio em favor dos Seres humanos. João o Apóstolo, contou assim essa história: "No princípio, aquele que é a Palavra já existia. A Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. Ele existia no princípio com Deus... Aquele que é a Palavra possuía a vida, e sua vida trouxe luz a todos. A luz brilha na escuridão, e a escuridão nunca conseguiu apagá-la." (Evang. de João, cao. 1, versos 1 - 5.).
autor: Ivan Santos Rüppell Jr é professor de ciências da religião.
Esse texto tem objetivo didático na disciplina de Símbolos de Fé no Seminário Presbiteriano do Sul extensão Curitiba. Daí a utilização de resumos e citações mais longas no interesse de oferecer aos alunos o conteúdo apropriado para o entendimento necessário aos debates e explanações em aula. CONTEÚDO de Aula: CONTEXTO HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO DOS SÍMBOLOS DE FÉ DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL. TEOLOGIA REFORMADA. "Trata-se da teologia oriunda da Reforma (calvinista) em distinção à luterana. O designativo "reformada" é preferível ao calvinista... considerando o fato de que a teologia reformada não provém estritamente de Calvino." (Maia, p. 11, 2007). OS CREDOS E A REFORMA. "Os credos da Reforma são as confissões de fé e os catecismos produzidos nesse período ou sob sua inspiração teológica. Os séculos 4 e 5 foram para a elaboração dos credos o que os séculos 16 e 17 foram para a feitura das confissões e dos catecismos. A razão parece evidente: na Reforma, as...
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