domingo, 18 de setembro de 2016

a ESPIRITUALIDADE no Cinema, "El Diablo", com Scott EASTWOOD

O filme "Diablo", chamado El Diablo aqui no Brasil, foi lançado nos EUA em janeiro de 2016 e está em exibição pela NET TV. Escrito e dirigido por Lawrence Roeck, aproveita o nome e rosto de Scott EASTWOOD para desenvolver um "western spaghetti" do século 21. E dá certo. Isso porque o clima e o mistério, os tiros e a ação às vezes melancólica dos western spaghetti originais bem aparece no filme. Pra quem não sabe, um dos maiores diretores do cinema americano atual, Clint Eastwood, alcançou boa fama internacional a partir da década de 1960 ao estrelar alguns dos westerns do italiano Sergio LEONE. Filmes como Por um Punhado de Dólares e Três Homens em Conflito, sendo que o melhor foi realizado sem Clint, o belíssimo Era Uma vez no Oeste. Enfim, o bom filho ao oeste volta. Não tanto quanto o pai, mas... Mas esse não é o nosso tema por aqui. Pois outra verdade do filme EL DIABLO é sua espiritualidade, que de maneira surpreendente traz ao filme um pouco do mistério dos werstens spaghetti. Algo que, com Eastwood pai e o grande Sergio Leone, surgia mais da persona e estilo do que do misticismo do personagem da história. Surpresa instigante essa, que observamos Scott Eastwood vivenciar quando assume ser um jovem bandoleiro que, mesmo anos após o fim da guerra civil, ainda carrega consigo graves dramas decorrentes das batalhas. É assim que ele surge em luta consigo mesmo, e com a selvageria que a guerra trouxe pra sua personalidade - pois aparenta ser um bom rapaz, afinal. Mas, o "espírito" da guerra ainda está lá. Firme e forte, e cruelmente violento. E assim caminha o filme, só que não. O fato é que, de verdade, amigos, o filme "Diablo" apresenta aspectos místicos muito mais graves e, porque não, realistas acerca da existência humana do que comumente notamos. Dá até pra dizer que "Diablo" leva ao cinema algo que a boa série Twin Peaks (anos 90) trouxe à TV. (Twin Peaks, seriado de David Lynch, diretor de O Homem Elefante e Veludo Azul.) Ou seja, apresenta a experiência humana de iras e confrontos como resultado de influências espirituais conscientes sobre todos nós, seres físico humanos espirituais que somos. O interessante é que essa perspectiva molda e move a trama, até seu incrível desfecho, em uma drama que vai se revelando místico de forma surpreendente, e mui inteligente. E faz isso com bom talento tanto ao descrever a personalidade humana quanto pra escrever um enredo cinematográfico. Fica até a vontade de termos (vermos) um algo mais acerca da complexa existência humana, tão instigante é a proposta e também os resultados do filme enquanto desenvolve a mística figura do personagem principal, com seus demônios interiores, e os exteriores também. Interessante...

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