Nenhum homem é uma ilha, e jamais poderá ser. Só se for pra ver os outros dele se afastando e logo chegando, como as marés que retornam à praia num convívio constante com a terra. Eis a realidade existencial e essencial pra uma boa Espiritualidade. Pois não há espiritualidade saudável sem o outro. Sem gente como a gente, e que esteja por perto. Não que seja fácil. Mas é necessário. Pois assim como saímos da atividade para o descanso, devemos também escapar do sofá até a natureza e alguém. Sim, a decisão de afastar a solidão pra encontrar o próximo é um princípio espiritual dos bons.
Não há ânimo e satisfação; a tal realização que nos faz continuar, se não for possível manter as (boas) relações com os outros humanos como nós. É simples: nossa humana espiritualidade não pode sobreviver sem... a humanidade. Pois não há vida na constante ausência, mas só na perseverança da aproximação. E não apenas para se esquentar ou amar, mas acima de tudo, pra conviver; o nosso real existir.
Existir com a família e parentes, com os colegas e até os vizinhos; e importante também, os desconhecidos sociais das ruas da cidade. Pois não há ninguém que não nos seja interessante; espiritualmente falando. Sim, difícil, mas fundamental, para o nosso aprendizado espiritual.
O esforço para não ver o outro e o desinteresse pra dele se aproximar são graves enganos espirituais da nossa vida atual, pois semeiam o vazio relacional e definem pra nós uma caminhada existencial sempre superficial. O cuidado exagerado com nós mesmos irá se revelar uma escolha fatal e egoísta, que é sempre o exato oposto das boas perspectivas do espírito, do homem e de Deus. Portanto, lembre-se: a Espiritualidade da gente só amadurece junto de gente, como a gente.
Esse texto tem objetivo didático na disciplina de Símbolos de Fé no Seminário Presbiteriano do Sul extensão Curitiba. Daí a utilização de resumos e citações mais longas no interesse de oferecer aos alunos o conteúdo apropriado para o entendimento necessário aos debates e explanações em aula. CONTEÚDO de Aula: CONTEXTO HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO DOS SÍMBOLOS DE FÉ DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL. TEOLOGIA REFORMADA. "Trata-se da teologia oriunda da Reforma (calvinista) em distinção à luterana. O designativo "reformada" é preferível ao calvinista... considerando o fato de que a teologia reformada não provém estritamente de Calvino." (Maia, p. 11, 2007). OS CREDOS E A REFORMA. "Os credos da Reforma são as confissões de fé e os catecismos produzidos nesse período ou sob sua inspiração teológica. Os séculos 4 e 5 foram para a elaboração dos credos o que os séculos 16 e 17 foram para a feitura das confissões e dos catecismos. A razão parece evidente: na Reforma, as...
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